16°

1.3K 169 67
                                    

Maratona (3/10)
Elizabeth

Entrei na sala de espera e observei meu pai impaciente.

-Ja estava te esperando! Sua mãe pediu para ver nos dois juntos.

Eu o segui,e senti uma angústia ao entrarmos na UTI,o médico nos disse que ela havia tido um ataque cardíaco,havia sido muito grave,e ela não passaria daquela semana.

Eu segui a enfermeira chorando,meu pai estava pálido,minha mãe estava entubada,ela poderia nunca ter me dado afeto mas era minha mãe.

Me aproximei da cama e me ajoelhei,segurei sua mão e ela abriu os olhos,ela tirou o tubo e eu tentei colocá-lo de volta mas ela negou.

-Não! E-Eu preciso falar para vocês...

Eu ja estava chorando,segurei sua mão com mais força.

-Betty...por onde começar? Depois de tudo que eu te fiz...-Ela olhou no fundo dos meus olhos.-Eu não me arrependo de nada.

Eu arregalei os olhos a ponto de doer saltei sua mão no ato.

-Eu nunca te amei Elizabeth,você sempre foi um estorvo...desde o dia...desde o dia que te peguei na maternidade. Eu havia perdido minha filha,e-ela havia nascido morta,e a única coisa que me prenderia ao Hal e sua fortuna seria uma criança...fui até o berçário e a escolhi a dedo,foi fácil...

Eu cai no chão e fiquei em estado de choque,eu apenas notei alguns acontecimentos,meu pai...não ...Hal pulando em cima de Penélope...tentando estrangulá-la,alguns médicos entrando e o sedando,após isso senti uma leve dor no braço como uma agulha e a escuridão me envolveu.

---

Me mexi e ouvi um movimento,abri os olhos e senti a luz queimando minhas córneas,gemi e me virei,alguém acariciou meu braço e eu abri os olhos novamente.

Jughead estava usando uma camisa social,os cabelos estavam bagunçados. Eu me lembrei das palavras de minha mãe, Penélope,suspirei e algumas lagrimas desceram.

-Você quer me falar o que houve?

Eu ajeitei meu tronco na cabeceira da cama e respirei fundo,contei tudo,cada palavra dita por aquela mulher,quando acabei ele ficou um pouco atordoado.

-Você ja sabe o que quer fazer?

-Eu quero saber quem são meus pais.

Ele assentiu e sorriu.

-Eu posso te ajudar com isso.

-Jughead...

-O que?

-Nada...

Me testei em contar que não havia mais emprego,mas me contive.

Recebi a alta logo em seguida,cheguei em casa,e Cheryl estava lá cuidando das crianças,me despedi de Jughead,que havia me dado a carona.

Cheryl se aproximou de mim e me abraçou.

-Me desculpe mesmo Betty.

-Cheryl eu ja disse para não se preocupar,eu consigo segurar as pontas.

-Você contou ao Jughead? Ele pode te ajudar!

-Cheryl eu ja aguentei uma barra pesada hoje,não quero falar sobre Jughead,ou qualquer coisa ruim.

Ela assentiu e fomos até o quarto dos meus pequenos. Cole sorria e Lili brincava com sua bonequinha.

Meus filhos importavam para mim,eu conseguiria algum emprego para os sustentar.

ʟᴏᴠᴇ ᴀɴᴅ ʜᴀᴛᴇ彡 ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈ (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora