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Elizabeth

Acariciei o cabelo de Lili e peguei a ninei, e logo ela adormeceu, ela ainda era muito novinha, então não fazia muita coisa além de dormir, chorar, comer, e fazer cocô.

Deixei a porta aberta e a coloquei em seu bebê-conforto,deixei de frente para o banheiro e tomei meu banho sossegada,logo ela adormeceu e eu me enrolei na toalha,fui até o armário e peguei uma legging,uma regata e um blusa de moletom.

Sequei meus cabelos e Lili acordou com o som do secador e começou a chorar,eu me senti mal e a peguei no colo,a fiquei ninando,pensei que adiantaria mas não.

Então constatei que era fome,porém ela nada adiantou,eu comecei a ficar desesperada, disquei o numero da casa dos meus pais.

Alguém atendeu no terceiro toque,era uma empregada,eu pedi para passar para minha mãe,demorou um pouco mas logo ouvi sua voz.

-Fala Elizabeth.

-A Lili não para de chorar e eu não sei o que fazer.

-Eu sei lá o que fazer,eu nunca cuidei de você Elizabeth!-Eu suspirei e desliguei.

As vezes eu me pergunto se essa mulher é mesmo a minha mãe,deixei o celular de lado e peguei Lili no colo de novo,ela se debatia e chorava,eu me lembrei de uma coisa,fui até a cozinha e peguei seu remédio para cólicas,dei para Lili e fiquei fazendo massagem em sua barriguinha.

Ela logo se acalmou e eu suspirei,a aninhei e ela ficou fazendo barulhos com a boca,eu achei engraçado e beijei sua cabeça,acariciei seus finos cabelos loiros,ela adormeceu logo em seguida e eu sorri,a coloquei no bebê-conforto e eu suspirei aliviada.

Lili é um bebê bem tranquilo,quando está com fome choraminga e eu logo reconheço,ela dorme quase todo o dia,afinal é bem novinha.

Eu me deitei no sofá e fiquei no celular vendo alguns e-mails e depois as notícias,nada de mais.

A campainha tocou e eu bufei,estava exausta,me levantei e fui até a porta e olhei pelo olho-mágico,bufei de novo. Jughead ainda tem a audácia de vim para cá.

Eu abri a porta e o encarei.

-O que você quer?!

-Calma,só quero ver minha filha.

Eu rio da cara dele,eu rio muito.

-Quando tirou ela da mãe nem pensou na sua filha, não é?

-Betty...

Eu ouvi um barulho esquisito e me virei,Lili mexeu a boquinha e um líquido branco saiu. Ótimo,o primeiro vômito da minha filha.

A peguei no colo e a levei para seu quarto,tirei aquela roupinha suja e joguei no cesto de roupa suja,aproveitei para trocar sua fralda,coloquei um vestidinho amarelo com as mangas longas,uma calça branca que a deixou muito fofa.

Ela sorriu para mim e eu rio,beijo sua testa e a pego no colo me viro e me deparo com Jughead me observando. Tinha esquecido a porta aberta,merda!

Lili boceja e eu sorrio a coloquei no berço, ligo a babá eletrônica,pego o cesto com as roupinhas sujas, e apago a luz e sai do quarto.

-Diga o que você quer Jughead!

-Calma.

Eu bufei e comecei a andar até a lavanderia,ele me seguiu e começou a falar.

-Queria saber se eu posso fazer algo para me redimir.

Eu sorri carinhosamente e me virei.

-Morrer!

Voltei a andar e tirei as roupas de dentro do cesto rosado.

-Betty é sério.

-Eu não estou brincando Jughead,o que você fez não tem milagre para que eu te desculpe.

Ele assentiu e se afastou,quando ele saiu eu soltei o ar que estava segurando e nem havia me tocado.

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Lili se debatia muito enquanto eu usava a última fralda nela,suspirei terminei se trocá-la,liguei para Cheryl e pedi que ela ficasse com Lili enquanto eu comprava mais fraldas.

Cheryl chegou em 10 minutos e logo sai,a farmácia ficava perto do prédio,andei silenciosamente e entrei na farmácia comprei 3 pacotes de fraldas e sai,estava na metade do caminho quando ouvi um som estridente,entrei no beco de onde vinha o barulho e observei a caçamba cheia de entulho,havia um saco plástico jogado,eu me aproximei e o abri,ofeguei quando olhei o pequeno bebê que chorava,ele estava cheio de sangue com o cordão umbilical cortado.

O peguei no colo e observei o pequeno bebê que se debatia, peguei meu celular e disquei o número da polícia, eu precisava levar ele para algum lugar. Depois de alguns minutos uma viatura apareceu, um casal de farda se aproximou do lugar aonde eu estava.

-Eu o achei ali.-Apontei para a lixeira.

-Precisamos levá-lo, ja contatamos um assistente social, muito obrigada Senhora.

-Espere...para onde ele vai?

-Acredito que para algum orfanato.

-E como eu poderia entrar com um pedido de adoção?

-Bom...eu não sei muito bem, acho que você precisaria de um advogado para entrar com o pedido.-Ela me deixou seu telefone.

-Me ligue, eu tentarei conversar com o assistente social para ver o que podemos fazer.-Assenti e me despedi dos policiais, e do pequeno bebê.

Quando voltei para casa, contei tudo para Cher, ela me encorajou, e depois foi para a sua casa. Lili já estava dormindo a algum tempo. Mesmo no pouco tempo que tive aquele bebê nos braços, senti que precisava cuidar dele, talvez ele precisasse de uma mãe.

ʟᴏᴠᴇ ᴀɴᴅ ʜᴀᴛᴇ彡 ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈ (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora