Flores e Baunilha

Problemas

Autora POV

— Erick... não sei se consigo ir no jantar... conversar com a... tia... — disse a garota um tanto ofegante assim que o rapaz atendeu o celular.

— Helena? O que aconteceu? Você não parece bem. — perguntou realmente preocupado olhando para seu namorado com certo receio.

— Nada... ah... eu só... para Hoseok! — dito isso o ômega entendeu por que a outra estava tão ofegante.

— Por favor não me ligue quando estiver fazendo essas coisas! É desagradável!

— Não é isso! Na verdade é isso... mas nós não estamos- me larga! Ainda não estamos fazendo nada! O cio... — do outro lado da linha podia-se ouvir sons de estalos e ofegos sôfregos que fizeram Erick revirar os olhos.

— É sério que você vai me largar na mão pra conversar com esses imbecis?! Vem com cio ou sem! Não vai durar mais que dez minutos!

— Me de vinte minutos e chego aí... ah...

— Você tem meia hora! — ele desligou e suspirou olhando em volta, seu namorado já estava pronto para ir e mesmo que estivesse preparado agora teria de esperar, não conseguiria fazer algo como arruinar um contrato de casamento de mais de dez anos sozinho.

— Vamos ter que esperar... ela estava mesmo com um cheiro estranho hoje pela manhã mas eu pensei que fosse algum perfume. — abraçou o namorado e respirou fundo sentindo o aroma do alfa o inebriar.

— Você deu meia hora pra eles, por que não aproveitamos nossa meia hora? — propôs o loiro e recebeu um sorriso como resposta.

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— Até que enfim! — falou alto Helena assim que viu os namorados chegando abraçados. — Você me deu meia hora e levou quase uma hora inteira?! E ainda tá com o cabelo todo bagunçado!

— Fica quieta! Você fede!

— Só vamos logo estragar essa merda! Segundo round nos aguarda! — falou o loiro e o Hoseok sorriu apertando a garota contra si, sussurrou no ouvido dela que corou e então ambos os casais andaram até a casa onde seria o tal jantar.

Assim que foram recebidos todos pararam para olhar os quatro, os dois ômegas foram adentrando a casa puxando seus alfas junto até que chegaram a cozinha.

— Não sabia que iriam trazer amigos... — falou a mulher mais velha ali fazendo com que todas as outras prestassem atenção nos casais.

— Mãe... esse é meu namorado... — disse o rapaz menor e logo todos os olhares se voltaram para Helena, todos os presentes cobriram a boca e o nariz menos a mais velha.

— Lá fora vocês!!! — a mulher apontou para uma das portas e os quatro seguiram por ela saindo para um jardim bem cuidado. — Está louca vindo aqui no cio?! É perigoso! E você rapaz, pare de tentar suprimir os ferormonios! Só está piorando a situação!

— Desculpa tia... mas a gente precisava conversar com você. — disse a garota mordendo os lábios, apontou discretamente para o rapaz que estava consigo sem coragem de encarar a mulher. — Esse... esse é meu c-companheiro... Hoseok...

— Mãe... nós não vamos nos casar... ambos somos ômegas e temos companheiros destinados...

— Já sei disso tem mais de dez anos! Os dois idiotas vieram aqui espalhar ferormonios e atrapalhar meu jantar em família só pra me falar isso?! — ela puxou a orelha dos dois ômegas os repreendendo. — Quantas vezes eu já falei para não saírem de casa no cio?! Vocês não tem noção do perigo?!

— Mas mãe! Só ela está no cio!

— Ele me obrigou a vir tia!

— Calem a boca! Sinto o cheiro forte dos dois! Não sou idiota! Vão pra casa resolver isso e só voltem depois que estiverem normais!!! — de forma bruta ela soltou as orelhas dos dois e colocou as mãos na cintura com pose autoritária. — Eu não ligo pra esse contrato que seu pai fez em vida! Foi uma escolha errada! É óbvio pra qualquer imbecil que vocês nunca iriam consumar esse casamento!

Ela se virou e entrou fechando a porta com força mas apenas deu tempo para eles respirarem antes dela voltar a abrir a porta. — Dêem a volta na casa e vão! Eu controlo o pessoal por aqui! Tomem cuidado e usem camisinha!

— Mãe! Tia! — disseram os ômega em uníssono e a mulher entrou os ignorando.

Sem falar nada eles apenas seguiram para onde haviam deixado os carros, ao chegar lá todos suspiraram e então Helena chegou perto do Erick o cheirando descaradamente.

— Pelo jeito não é só eu que entrei no cio... — ela riu e foi para perto de seu alfa se aconchegando nos braços dele que estava encostado no carro.

— Vai cheirar outro! — virou-se para o loiro indignado e deu um tapa não muito forte no braço dele. — Você devia ter me avisado Henrique!

— Eu ouvi vocês falando no celular, pensei que o cio não ia interferir... — ele respondeu com as mãos erguidas em sinal de rendição.

— Mas interferiu! — deu outro tapa no braço do alfa e acariciou sua orelha que ainda estava quente depois do puxão.

— Erick... nós vamos deixar vocês brigarem em paz... até mais... — disse Hoseok e então o casal entrou no carro que logo deu partida.

— Amorzinho... — chamou o loiro fazendo o ômega tremer por inteiro. — Vamos pra casa... vou cuidar direitinho de você...

Começou a distribuir beijos pelo pescoço do rapaz que se arrepiou e assentiu totalmente entregue.