Skyler Sallenvite sempre foi uma garota que teve tudo de mãos beijadas em sua vida. Ou como diziam seus parentes, a garota abençoada pelos céus. Ótimos pais, ótimos amigos, ótima vida... nada nunca de fato faltou para ela desde que nascera e não pod...
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Deixe meus olhos abertos e me force enxergar a realidade. Por que você simplesmente não deixa eu fazer o que quero? Eu vivo no meu mundo de faz de contas. Sub Urban | Cradles
Kim Woosung
Dojoon fechou a porta da garagem e caminhou até a cozinha, depositando a cesta em cima do balcão após Skyler ir embora. Remexendo a fita preta, puxou e a abriu, retirando de dentro um vinho branco, enquanto o plástico fazia um barulho leve, mas que soou extremamente estridente em minha cabeça.
— Caralho, é de boa qualidade — falou, analisando-o. — Mas como eles sabiam que nós iríamos ficar?
— Também queria saber — falei.
Se aproximando, Jaehyeong tirou um doce estranho de dentro e perguntou, abrindo a embalagem:
— A garota não estava muito feliz em ver você ou é só impressão minha?
Era uma boa questão.
Eu também queria saber.
Porque seus olhos pareceram surpresos quando nos encaramos e apesar dela não sorrir ou me abraçar, eu senti algo.
— Por falar em garota — Hajoon olhou para os meninos mexendo na cesta e se sentou ao meu lado esquerdo. — Quem era ela? E que droga aconteceu ontem à noite? Alguém pode me explicar?
— Você quer que a gente comece por qual parte? — Dojoon questionou. — A parte que você apagou e te deixamos em uma mesa sozinho no bar e fomos aproveitar a festa? Ou a conhecida do Woosung, que quase se envolveu em uma puta confusão porque jogou bebida em um cara louco e embriagado, estando completamente bêbada também?
— Caralho — Hajoon murmurou.
— É, caralho — repetiu, Dojoon.
— Então ela é sua amiga? — o baterista perguntou para mim.
Eu não queria entrar em assuntos assim porque odiava expor meu passado nessa cidade, mas, mais cedo ou mais tarde eles acabariam descobrindo. Principalmente agora que havíamos "combinado" de ficar em Detroit por mais alguns dias.
Estávamos de férias, agora.
E os meninos queriam conhecer um pouco mais a cidade cujo passei alguns meses da minha vida.
— Não necessariamente — comentei.
— Sua ex namorada? — Jaehyeong encarou-me atento.
Sorri. Então neguei.
— Tente outra vez.
— Não tem motivos pra ela te odiar tanto assim se ela não for sua ex namorada.
— Tem certeza? — ergui uma sobrancelha, terminando de tragar o resto do cigarro.
Subitamente, o tecladista pareceu entender toda aquela situação.
