Skyler Sallenvite sempre foi uma garota que teve tudo de mãos beijadas em sua vida. Ou como diziam seus parentes, a garota abençoada pelos céus. Ótimos pais, ótimos amigos, ótima vida... nada nunca de fato faltou para ela desde que nascera e não pod...
E eu sei que você acha que é difícil Quando você está tentando nos consertar E eu digo: meu bem, o que é amor? Você apenas diz que eu bebo demais Sorry | Nothing But Thieves
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Kim Woosung
— Caralho, vai se foder! — ela soltou para mim, assim que seus olhos arregalados viraram para me encarar.
Sorrindo, como se estivesse acabado de pegar uma criança travessa no flagra, observei Sallenvite se afastar, soltando o ar que parecia preso em seus pulmões e afundando ambas as mãos nas madeixas escuras.
— Troca o disco, Sky. Ou vou começar a achar que esse é o seu jeito de dizer que me ama — provoquei, sendo recepcionado por um belo dedo do meio. — O que você está fazendo aqui? E que cara esquisita é essa? Parece que viu um fantasma. Você está pálida.
Não era a intenção me esbarrar com ela naquele momento, ainda mais depois de observá-la conversando durante horas com aquele garoto ruivo, e após fumar meu penúltimo cigarro, puto e extremamente incomodado, entrei na casa assombrada.
O problema foi quando algumas garotas se aproximaram, conversando e oferecendo vários líquidos diferentes para que eu pudesse experimentar.
Apesar de não estar no clima, aceitei e bebi um pouco, até mesmo conversei durante alguns minutos com elas, mas quando a oportunidade surgiu, aproveitei a multidão escandalosa dentro do local e desapareci, subindo as escadas apressado para escapar de todos os diálogos vazios.
Foi quando me deparei com um vestido reconhecível e as longas madeixas escuras próxima a uma porta, cogitando a possibilidade de abri-la ou não.
Era Sallenvite. Skyler Sallenvite. E como não seria?
Primeiro, imaginei que estivesse ali porque quisesse um lugar tranquilo para descansar. Acontecia muito no passado. Depois, estranhei quando a mesma se aproximou para supostamente ouvir algo. E me mantive afastado, analisando a situação, até observá-la se espantar com alguma coisa.
Então notei uma voz atrás da porta do desafio, masculina, abafada e baixa demais pela distância que eu me mantinha. Foi quando resolvi me aproximar, dando passos sutis, e quando ela se afastou de súbito, deparando-se com a minha presença ao suas costas se baterem em mim com força.
— O que é que você está fazendo aqui? — ela ignorou meu sarcasmo.
Parecia tão surpresa. Tão eufórica com toda aquela a situação.
— Não vai perguntar se estou seguindo você dessa vez? Caramba, Sallenvite, estamos evoluindo.
— É, estamos evoluindo. Quer caminhar comigo até a escada? Posso jogar você de lá. Isso demonstra o quanto eu adoro você.
Desejei rir, mas mantive o rosto intacto, intrigado quando a voz atrás da porta voltou a surgir, agora mais nítida para mim, tomando nossa atenção:
