Skyler Sallenvite sempre foi uma garota que teve tudo de mãos beijadas em sua vida. Ou como diziam seus parentes, a garota abençoada pelos céus. Ótimos pais, ótimos amigos, ótima vida... nada nunca de fato faltou para ela desde que nascera e não pod...
Eu não quero perder parte de mim Vou me recuperar? Aquele pedaço quebrado Deixe ir e liberte todos os sentimentos The Other Side | Ruelle
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Skyler Sallenvite
Skyler! Skyler! Skyler!
Todos gritavam meu nome com animação, enquanto eu bebia a cerveja com rapidez.
Quarenta segundos para enfiar meio litro de álcool goela a baixo era algo que ia muito além dos meus limites, mas quando se tratava de competitividade e dinheiro, tentar nunca era demais.
— Cacete! — berrei eufórica, amassando a latinha com força entre as mãos após finalmente dar meu último gole. — Eu consegui?!
Olhando-os com a respiração ofegante e o coração acelerado, Mason tinha a atenção no celular, contando o tempo com mais duas garotas, Rebeca e Vivian, que estavam ao seu lado unicamente para prevenir que meu "namorado" não roubasse no jogo.
Se o resultado fosse um sim e eu tivesse conseguido, então significava que nós havíamos ganhado. Caso a resposta fosse um não, eu seria obrigada a dar cinquenta dólares para Caleb, e ele ganhava.
E ambas as duas opções estavam totalmente fora de cogitação para mim. Tanto perder dinheiro quanto perder minha dignidade competitiva.
— E então gente? Eu consegui? — perguntei outra vez, olhando-os.
O ruivo tinha uma expressão séria nos rosto, analisando o eletrônico de um jeito que não me agradou nem um pouco.
Aquelas órbitas pacíficas pensativas, como se não quisessem me decepcionar. Como se eu tivesse perdido.
Quando ergueu a atenção para mim, estava quase rendendo-me ao fato de não ter sido boa o suficiente e enfiando a mão em minha roupa, buscando os resquício de dinheiro espalhados dentro dela, quando seus lábios cresceram de repente e ele correu em minha direção, esplendidamente orgulhoso.
— Porra, você conseguiu! — esbravejou com orgulho.
Segurando minha cintura com firmeza, Mason levantou-me para o alto, quase como uma pena, de tão fácil que pareceu para ele. Eu o abracei por impulso, feliz e um tanto bêbada por ter ganhado aquela rodada, enquanto o senti me rodopiando duas ou três vezes no ar, antes de me colocar no chão novamente, com cuidado, para que eu não perdesse o equilíbrio.
— Em quanto tempo eu bebi aquilo tudo? Caramba, quase vomitei.
— Mais alguns milésimos e perderia cinquenta dólares — Mason falou, mostrando-me a tela de seu celular logo em seguida. — Como está se sentindo?
— Agora? Bastante orgulhosa de mim mesma. Pra cacete.
— Estou orgulhoso também — seu sorriso alargou. — De verdade.
