Skyler Sallenvite sempre foi uma garota que teve tudo de mãos beijadas em sua vida. Ou como diziam seus parentes, a garota abençoada pelos céus. Ótimos pais, ótimos amigos, ótima vida... nada nunca de fato faltou para ela desde que nascera e não pod...
Seus olhos e palavras são tão frios. Ah, mas ela queima. Como rum sobre o fogo. Quente e rápido e raivosa. Como só ela pode ser Cherry Wine | Hozier
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Kim Woosung
— Ele parece fazê-la bem — Ryxon soltou, entregando-me uma garrafa de whisky.
Não sabia ao certo quando ele havia se aproximado, mas tinha consciência que meus amigos que o informaram sobre minha localização perto da árvore. Era previsível. Provavelmente queria tentar me fazer entrar no casarão ou parar de observar Sallenvite como um idiota.
— Não gosto dele — soltei, convencido.
— Mason é um cara legal, Woosung.
— Eu discordo.
— Não confia no meu julgamento?
— Não quando o assunto é esse.
— Conheço a grande maioria dos universitários dessa cidade, cara. Sei um pouco sobre ele, apesar de que apenas de vista e murmurinhos ao meu redor. Se ela merece ficar com alguém aqui em Detroit, posso garantir, esse alguém é ele.
— Nenhum cara dessa cidadezinha pacata é bom o suficiente para ela, Ryxon — resmunguei, dando um grande gole no whisky. — Na verdade, nenhum homem é bom para ela.
— Se você está tão incomodado com isso, por que não vai lá e se aproxima deles? Não é uma atitude tão complicada assim, basta começar a caminhar.
— Porque ela vai me mandar embora assim que perceber minha presença. Estamos falando de Sallenvite, esqueceu? A garota que está apenas aturando minha breve estadia aqui na cidade.
— Papo furado.
— Eu acho que não.
— Circule pelo lugar, cara. Converse com outras pessoas.
— Não estou muito afim de fazer isso agora.
— Fala sério, não acredito que veio aqui somente para ficar encostado em uma árvore idiota, carrancudo e solitário, como um bêbado ranzinza, velho e chato.
Bebendo um pouco mais, sentindo o líquido descer queimando pela minha garganta e resistindo a vontade quase incontrolável de pegar outro cigarro, soltei:
— Já perdi a noção da quantidade de turnês que passei interagindo com pessoas, cara — sorri, despreocupado, repetindo sua própria frase em seguida: — Agora que estou de férias, me deixe ser um pouco carrancudo e solitário, como um bêbado ranzinza, velho e chato.
— Vai perder a oportunidade de se aproximar dela se continuar agindo assim. Está na defensiva e sabe disso perfeitamente bem, não sabe? — ele expôs, como se soubesse exatamente meus pensamentos.