Skyler Sallenvite sempre foi uma garota que teve tudo de mãos beijadas em sua vida. Ou como diziam seus parentes, a garota abençoada pelos céus. Ótimos pais, ótimos amigos, ótima vida... nada nunca de fato faltou para ela desde que nascera e não pod...
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Quando você acha que realmente conhece alguém E você está cego pelo Sol de verão Apaixone-se por quem eles não se tornarão Alguma vez foi real? Eu te inventei? Did I Make You Up? | Half Alive
Kim Woosung
— Tem certeza que o caminho é esse? — Hajoon perguntou pela segunda vez, desconfiado.
A escuridão tomava conta da estrada de areia, sem postes ou sinais de vida, apenas florestas e mais florestas, à medida que nos aproximávamos.
Não conseguia acreditar que estava voltando para casa abandonada do lago outra vez. Não depois de tanto tempo. E tão pouco sabia que agora, o lugar que assustava crianças e adolescentes, havia se tornado um ponto de encontro para os universitários.
— Quantas vezes vou precisar repetir? Já vim aqui mais de uma vez.
— Isso há quantos séculos atrás? — Dojoon provocou.
— Não vamos nos perder, porra, relaxem.
— Lembra quando fomos pra Jeju? — recordou Jaehyeong. — Você disse a mesma ladainha também.
— Aquilo foi um erro de cálculo. E eu era estrangeiro.
— E quase nos fez caminhar cinco horas até o hotel certo porque tínhamos pego o último ônibus da noite e descido em um local totalmente diferente do planejado — Dojoon acrescentou.
— No final, deu tudo certo — resmunguei.
— Isso porque Hajoon tinha parentes por lá e eles nos ajudaram.
Suspirei, não dando bola para a encheção de saco. É verdade que normalmente, eu não tinha muito senso de direção. Quando vim para Detroit, me perdia facilmente também.
Mas na Coréia, porém, o caos era ainda maior. Com tanta informação visual, uma atrás da outra, e tantos locais escondidos em prédios e subterrâneos, era difícil realmente se encontrar.
E no dia em que tiramos três dias de férias após lançarmos nossa primeira música e decidimos ir para a ilha de Jeju, local um tanto afastado, talvez por ser mais simples, eu tenha me assegurado a isso. As possibilidades quase improváveis das coisas darem errado, o que quase aconteceu.
Agora era diferente. Simplesmente impossível de me perder, porque eu sabia que o caminho começava assim. Assustador, vazio e inabitável, como se andássemos para o fim do mundo. Até que a estrada começava a se abrir e uma casa surgia, ao lado de um lago gigantesco, dono de incontáveis histórias macabras.
— Fala sério — Dojoon começou a retrucar ao meu lado, pensativo, mexendo no tampão posto em seu olho esquerdo, ajeitando-o. Estava fantasiado de pirata. — Vocês também não acham estranho uma festa a fantasia no meio do nada? Porque eu, sim.
