Skyler Sallenvite sempre foi uma garota que teve tudo de mãos beijadas em sua vida. Ou como diziam seus parentes, a garota abençoada pelos céus. Ótimos pais, ótimos amigos, ótima vida... nada nunca de fato faltou para ela desde que nascera e não pod...
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E se eu pudesse somente tirar o seu fôlego Eu não ligo se não tiver muito o que dizer Às vezes o silêncio guia nossa mente E nos leva para um lugar distante Sweater Weather | The Neighbourhood
Skyler Sallenvite
Cedric. Só podia ser ele por trás disso.
No início, não reconheci seu nome ao ouvi-lo sendo pronunciado durante a ligação, mas ao processar um pouco melhor tudo, a memória de seu rosto veio à minha mente e as coisas, lentamente, começaram a fazer sentido.
Ninguém nesse lugar teria coragem o suficiente ao ponto de dedurar a festa de Simon para os nossos rivais, pois era quase como assinar seu próprio atestado de óbito.
A não ser uma pessoa extremamente amargurada, como o garoto recentemente expulso do time de futebol. O maldito traidor, que prometeu se vingar de Simon e toda a atlética.
Isso deixava claro que a noite de hoje era somente sobre eles dois.
Sobre a revolta que ocasionou em uma vingança mesquinha, perante um ato de justiça, e se não fossemos rápidos o suficiente, as coisas acabariam problemáticas.
Encostando minhas costas na parede velha ao lado de fora do casarão, encarei Mason um pouco mais afastado, fingindo beber com seus amigos, enquanto esperava um sinal meu.
Seus olhos pareciam perdidos, atenciosos em qualquer coisa que não fosse eu, mas às vezes ele me encarava de relance, e eu tentava não deixar tão óbvio que o conhecia, ou que tudo isso se tratava apenas de uma estratégia, ou independente da situação ser crítica, ele ainda era bastante bonito.
Baixando meu rosto com impaciência, vislumbrei o apple watch que o mesmo depositou em meu pulso, antes de nos separamos.
Apesar de saber que estava cometendo uma loucura, aquilo me mantinha um pouco mais tranquila, já que era uma forma segura dele ser capaz de me rastrear pelo local. Um GPS de bastante utilidade no momento, e um tanto discreto, pois Mason não podia ficar muito próximo sem causar suspeitas.
De repente, enquanto estou o observando, o barulho de uma notificação faz a tela clarear e soltei um sorriso ao perceber que era o ruivo perguntando se estou bem.
Digitando que sim, me forcei a não encará-lo, mantendo em mente que aquele ato era o suficiente para ele entender que sim.
Eu estava no cercadinho da lateral, afastada dos demais, porque era mais fácil me concentrar e ser notada pelos intrusos sozinha, que ao redor de tantas outras pessoas.
Porém, isso não excluía o nervosismo que explodia dentro de mim como uma bomba limitada. E suspirando, tentei afastar toda e qualquer possibilidade mental de falha.
As coisas acabariam bem. Era só continuar sendo positiva.
— Uau, é você mesmo, não é? — um arrepio se fez presente quando ouvi aquela voz. — A garota de antes, no meio da estrada, por causa daquele carro quebrado.
