Skyler Sallenvite sempre foi uma garota que teve tudo de mãos beijadas em sua vida. Ou como diziam seus parentes, a garota abençoada pelos céus. Ótimos pais, ótimos amigos, ótima vida... nada nunca de fato faltou para ela desde que nascera e não pod...
Beijos preciosos, palavras que me queimam Você não sabe que os amantes nunca te perguntaram por quê? Do you really want to hurt me? | Nessa Barrett
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Kim Woosung
Sallenvite foi a primeira a correr.
Ela me encarou assustada, o pavor explícito em seus olhos brilhantes.
Um milésimo de segundos depois, a expressão mudou e a jovem passou por mim, movendo-se com passos rápidos rumo ao estrondo.
Ciente do que ela desejava fazer, eu forcei o maxilar e fui atrás da garota, ignorando o corpo idiota apagado no chão.
Aquele babaca filho da puta merecia muito mais do que apenas alguns socos quando me aproximei, puto de raiva. Ele merecia ter cada um dos seus malditos ossos quebrados, lenta e impiedosamente. Ser torturado até não aguentar mais e implorar pela própria morte.
O medo que ele estava causando fez meu sangue ferver. E pensar em todas as atrocidades que passavam pela mente dele... Para a sorte dele, não fui capaz de me controlar.
E aquelas eram as consequências das minhas ações imprudentes, embora eu não me arrependesse nem um pouco.
Um cara apagado.
Caído duro no meio da floresta.
Um covarde filho da puta.
Mas ele não estava morto. E em breve, recobraria a própria consciência, ficando apenas com o problema de arranjar uma carona que o levasse para casa, caso seus amigos tivessem dado no pé.
Com a atenção voltada para Sallenvite, acelerei meus passos, agarrando seu braço com um pouco de força quando já estava perto o suficiente.
Eu estava tentando impedi-la de atravessar a floresta daquele jeito, para que sua atitude impensada não a machucasse. Era perigoso.
No entanto, Skyler não pareceu contente com a minha atitude. E tentando se soltar, começou a se debater contra mim.
— Me larga logo, caramba! — ela soltou, balançando o corpo ainda mais.
Não obedeci. Pelo contrário, minhas mãos circularam sua cintura e a trouxeram ainda mais para mim, imobilizando-a por completo.
Conseguia sentir a respiração de Skyler irregular, pousando sob meu peito contra sua vontade. Seus olhos vivos e expressivos, quase mortais.
O senso de justiça dela era algo que me irritava pra caramba na maior parte do tempo. A maneira como agia, quase como uma garotinha burra, sofrendo as consequências dos próprios atos.
— Você está sendo burra, Sallenvite — eu disse, observando-a.
Seus lábios estavam um pouco abertos e ela respirava com certa impaciência.
