Aurora Miller é a personificação de uma "Garota perfeita", transmite paz e alegria para todos ao redor, mas muitas vezes ela não se sente assim. Tem uma família que a ama e faz tudo para vê-la bem. Com medos e inseguranças causados por acontecimento...
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Bufo irritada, me olhando no espelho do banheiro enquanto o ogro do Rafael bate na porta impaciente. Estou me arrumando para a festa que a Kate me chamou. Ela não vai poder vir me buscar e terei que ir com o Rafael.
Não sei porquê mas confio nele, nunca confiei em nenhum homem com exceção do meu pai. Ele é o primeiro.
— Porra pequena! Vai morar nesse banheiro? — termino de secar a minha franja e deixo o secador em cima da pia. Arrumo meu vestido tubinho branco e passo meu gloss antes de sair do banheiro.
— Você é muito apressado! —resmungo, passando por ele que está estático me olhando de cima a baixo. Calço meu salto e pego minha bolsa, paro na frente do Rafael e o encaro. Ele está muito sexy nessa roupa, que droga! — Ogro? — o chamo e ele acorda do transe.
— É... você vai ficar com frio, lá fora está ventando muito. Não é melhor vestir uma calça — diz sério e reviro os olhos, indo até a porta do quarto —Aurora, nós vamos sair pela janela —fala cruzando os braços.
— O que?! — ele me ignora e abre a janela do meu quarto, passando por ela. Faço o mesmo com um pouco de dificuldade, já que estou de vestido — Não preciso de ajuda — falo tirando as mãos dele da minha cintura.
— Como quiser, princesa — diz irônico, sigo ele até o muro e encaro a escada encostada na parede. Sair escondido da mais trabalho do que eu imaginava — Sobe primeiro que depois eu vou.
— Se olhar para cima eu te mato — lhe fulmino com o olhar, tento abaixar o meu vestido que vai até o meio das coxas mas não funciona. Suspiro, tirando meu salto para subir a escada — Toma — entrego o calçado para ele.
— Cuidado — diz sério segurando a escada. Subo devagar e me sento em cima do muro. O Rafael sobe e me entrega os saltos — Eu vou pular e lá embaixo te seguro — assinto, ele chega do outro lado do muro e me preparo para pular. Respiro fundo e pulo caindo nos seus braços, ele segura na minha cintura e respiro fundo. Pela primeira vez não fico desconfortável com o toque de um cara, não entro em pânico.
Levanto meu olhar e encontro o seu, ele me encara intesamente. Sua mão vai até o meu rosto acariciando minha bochecha com o polegar, minha respiração está acelerada e meu coração bate descompassado.
Quando ele ia aproximar seu rosto do meu, me separo abruptamente assim que escuto uma buzina. Olho para o carro em que a Rachel está com o Lee que me fulmina com o olhar, eles passam com o carro por nós, em alta velocidade.
— Figlio di puttana — xinga. Será que ele é italiano? Sua voz tem o sotaque da Itália, agora que percebi.
— É... cadê o carro? — pergunto curiosa olhando ao redor, vendo apenas uma moto do outro lado da rua.
— Carro? — rir irônico, indo até a moto ligando-a e pilotando até mim. Ele para na minha frente, me entregando o capacete.
