Perdão pela falta de post essa semana. Foi muito corrido, trabalhei demais e descansei de menos, entre outras coisinhas.
Espero que gostem dos capítulos!Alfonso
Eu paro por um momento e vejo o olhar sério do meu anjo, mesmo querendo soar segura vejo uma ponta de receio, talvez porque ela não esteja acostumada a falar com um homem tão abertamente. Por toda a história que ela contou, me admira que ela tenha tido coragem para impedir meu avanço ao invés de ceder a minha vontade.
Me recosto em minha cadeira e espero que Anahi comece a falar, mas não parece ser tão fácil quanto ela imaginou.
-Certo, e sobre o quê você quer conversar? - nunca fui muito bom em desvendar pessoas, meu ponto forte são sistemas e computadores, então sempre prefiro ir direto ao ponto - O que há de errado?
-Alfonso, ontem o que nós fizemos, foi...foi incrível, mas foi errado.
Ela olha para as próprias mãos, mexendo seus dedos, entregando seu nervosismo.
-Por que errado, anjo? Não há nada que nos impeça, somos maiores de idade, solteiros e nós dois queríamos isso, certo?
-Sim, não é por isso que é errado. É que... - ela se levanta e cruza os braços na frente do corpo ao me encarar - Olha, eu não sei como funcionam as coisas por aqui, mas eu cresci sem saber absolutamente nada sobre o que nós fizemos ontem, e quando finalmente minha avó resolveu falar, ela deixou bem claro que tudo aconteceu após se casar. Eu esqueci as regras, eu falhei com tudo o que aprendi, e isso tem que ser consertado. - ela coloca as mãos nos quadris, chamando a minha atenção para sua barriga desnuda.
Meus pensamentos saem do controle, imaginando sua barriga crescendo com um filho nosso, lembrando o meu corpo que eu preciso estar dentro dela novamente, que preciso sentir seu gosto e tê-la como minha mais uma vez.
-Alfonso, você está me ouvindo?
Ela chama minha atenção de volta a realidade e me esforço para focar em suas palavras.
-Desculpa, anjo. Pode repetir, por favor?
-Eu disse que você vai ter que se casar comigo, que não é discutível. Nós fizemos algo que só se pode fazer depois do casamento. Não sei como vai funcionar com você sendo divorciado, mas se eu tivesse minha família aqui, um acordo estaria sendo selado e você deve fazer o correto.
-Anahi... - eu tento falar, mas ela ergue uma mão me silenciando.
Para uma mulher que cresceu em uma comunidade onde as mulheres não tem voz, essa pequena fala até que bastante.
Eu seguro o riso pelo fato dela simplesmente imaginar que precisa me cobrar um casamento, sendo que se eu pudesse, me casaria com ela nesse exato momento. Eu faço qualquer coisa para deixar bem explícito que Anahi é minha.
-Eu sei que você não me conhece muito bem e que ninguém pode confirmar, mas se meus pais estivessem aqui, eles diriam que estou preparada para ser uma boa esposa. Eu sei cozinhar, passar, limpar a casa, sei também permanecer em silêncio quando os homens conversam, e só estou falando agora porque não tenho um homem da familia que possa fazer isso por mim. Eu posso ser e fazer tudo o que você me pedir e quiser, você tomou o café da manhã e gostou, não é?! - eu concordo com a cabeça sem saber o que dizer - Viu, então estou apta para ser sua esposa, é só procurarmos seu líder religioso, oficializar e vai estar tudo bem.
Ela respira aliviada e se senta novamente, eu não sei se dou risada do fato do meu pequeno anjo tentar me "obrigar" a casar, ou se fico puto da vida por ela pensar que precisa vender toda uma propaganda de esposa do início do século XIX para mim.
É a minha vez de respirar fundo, mas não de alívio, senão para me tranquilizar. Eu seguro as mãos dela entre as minhas e a olho nos olhos.
-Você me contou muita coisa da sua comunidade, acho que é hora de te contar como funciona do lado de fora. - eu procuro manter minha voz tranquila e suave - Há muito, muito tempo, a mulher deixou de ter apenas o papel só de esposa, não estou dizendo que não exista casos de abusos, submissão ou escolha própria, mas hoje em dia, as mulheres tem mais autonomia e poder de decisão. Você não precisa fazer toda uma propaganda sua ou provar que pode ser uma esposa que lava, passa e cozinha, eu te disse uma vez que não procuro uma empregada, mas sim uma companheira. Você não tem mais que ficar em silêncio porque é obrigada, pode falar e opinar quando quiser. Outro ponto, é que há muito tempo, deixou-se de esperar que as mulheres se casem virgens. Do tempo da sua avó até os dias de hoje, muita coisa mudou. - acaricio seu rosto, enquanto ela me olha com atenção e absorve cada palavra - Quanto ao meu divórcio, só me casei no estado civil, que já foi desfeito, então pode ficar tranquila que posso me casar com você sem qualquer problema, só que precisamos esperar alguns dias até que os trâmites legais ocorram e que você conheça minha mãe e minha irmã. E por último, pequeno anjo, você não precisava de todo um discurso para me convencer a casar, acho que eu fui bem claro quando disse que não deixaria você ir, que você é minha.
-Então quando você diz que eu sou sua, isso significa que sou sua esposa?
-Com toda certeza sim, não pretendo deixar você livre para um babaca qualquer se aproximar e tentar levar o que é meu.
-E eu sou sua. - ela diz com um sorriso nos labios.
-Isso mesmo, você é minha.
Eu a puxo para o meu colo e tomo sua boca em um beijo sedento.
Seu corpo relaxa contra o meu e sei que ela acredita e confia em cada palavra que eu disse. Anahi tem suas pernas em torno do meu corpo, me impossibilitando de retirar sua calcinha, e eu preciso estar dentro dela agora.
Não faço o tipo paciente e com um puxão rasgo sua calcinha e os pedaços caem ao chão, minha mão entre nossos corpos me ajuda a me encaixar em seu corpo e suspiro aliviado ao sentir seu calor me envolver, eu deveria tê-la preparado para me receber, eu deveria usar todas as preliminares e ir com calma, mas quando se trata de Anahi, eu simplesmente perco os sentidos.
Encosto minha testa em seu ombro e sinto minha pequena começar a se mover para frente e para trás, lenta e tortuosamente, aprendendo a satisfazer seu desejo e anseios do seu corpo.
Anahi suspira em meu ouvido e mordisco seu ombro empurrando meu corpo para cima de encontro aos seus movimentos. Aperto sua bunda, minhas mãos ajudando no ritmo que ganha velocidade assim como sua respiração.
Abro meus olhos e encontro a visão mais erótica que já imaginei ver, Anahi tem sua cabeça jogada para trás, o colo exposto, a boca entreaberta, ofegante, o cabelo úmido pelo suor, os seios subindo e descendo, acompanhando a respiração descompassada.
Com uma mão afasto seu top e minha boca vai para seu seio quase que automaticamente, eu devoro seu mamilo em desespero por sentir seu gosto, ela ainda tem o cheiro de morangos exalando por sua pele, não vou aguentar muito mais.
Me levanto da cadeira e sento Anahi sobre a mesa sem desconectar nossos corpos, minhas investidas ficam mais profundas e mais rápidas e ela arraga meus cabelos enquanto volto a tomar seu mamilo.
Suas pernas me prendem por trás, e juro, não pensei que pudesse ir mais fundo, mas é possível, seu corpo se contrai, pedindo que eu a acompanhe no êxtase desse clímax, e como um bom garoto, eu obedeço. Posso sentir nossos orgasmos se encontrando, seu gozo se misturando ao meu, os espasmos percorrendo meu corpo antes de tudo se acalmar.
Eu a puxo para os meus braços e a beijo lentamente, como se pudesse quebrá-la.
-Vamos, nós precisamos de um banho.
Anahi apenas concorda e se aninha em meus braços sonolenta. Eu preciso cuidar da minha pequena.
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A Eleita
RomanceAnahi nasceu e foi criada dentro da Comunidade Crystal Lake, não havia contato com o mundo exterior exceto por um ou outro conselheiro tutelar que surgia muito raramente à procura de irregularidades e abusos. Mal sabiam eles das condições e regras. ...