Epílogo I

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Alfonso

-Essa menina ainda vai me deixar de cabelos brancos! - corro pelo jardim atrás de nossa filha, enquanto Anahi apenas ri - Taylor, pare de rodar assim, você vai cair!
Nossa pequena sapeca tem apenas três anos, mas a energia de um grupo de adolescentes jogadores de futebol americano.
-Alfonso, deixa a menina brincar, se cair, do chão não passa. - Anahi diz tão calma que eu quase me acalmo também.
-Como você consegue ficar tão calma? - eu suspiro e desisto voltando para a varanda ao lado da minha mulher.
Taylor continua rodopiando e rodopiando até cair sentada no chão e soltando a gargalhada mais gostosa que já ouvi em toda minha vida.
-Eu preciso me manter calma, senão não terei energia para cuidar do Mathew. - acaricio sua barriga de sete meses, onde nosso garotão está crescendo.
Assim como o nome de Taylor foi escolhido com todo o carinho e saudade que minha Anahi mantém em seu coração, Mathew foi escolhido por mim, com toda a saudade e admiração que sinto do meu pai.
Acho que essa é a melhor maneira que encontramos de homenagear pessoas que foram e sempre serão importantes para nós.
Nossa pequena Taylor corre de volta para a varanda se atirando em meus braços, o mesmo jeitinho alegre e confiante de sua mãe. Elas são tão parecidas, em tantos aspectos, que se não fosse os olhos verdes e o cabelo preto ondulado, Taylor seria uma cópia perfeita da minha Anahi.
Suspiro aliviado e isso não passa despercebido pelo meu pequeno anjo que ergue uma sobrancelha, especulando.
-Só estou aliviado que não serei o único homem para proteger duas princesas tão lindas.
-Pincesa só do papai! - Taylor grita ao se aconchegar no meu colo.
-Isso, minha princesa. Continue pensando assim até os trinta anos.
-Alfonso! - Anahi grita indignada, segurando o riso, enquanto se levanta e caminha para o seu estúdio - Vocês podem continuar brincando, eu tenho uma sessão agora.
Me levanto com Taylor sonolenta nos braços e dou um beijo rápido em Anahi.
-Eu vou colocar nossa pequena para dormir e já vou te ajudar.
Deixo Taylor no quarto, ligo a babá eletrônica e corro para o estúdio, posso não entender nada de fotografia, mas sempre que posso ajudo Anahi com os equipamentos mais pesados. O estúdio está todo em rosa, azul e muitas flores aguardando Ashley e Phill para as fotos do chá revelação.
Desde aquela explosão tudo tem sido a melhor das calmarias, Savanah e Rose se casaram no início do ano, minha mãe partiu em um cruzeiro com os pais de Anahi e Ashley e Phill estão prestes a ter seu primeiro bebê.
Eu realmente não poderia desejar uma vida melhor.

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Taylor

Olho em volta do estúdio de mamãe e encontro o álbum com as fotos do Taylor que inspirou meu nome. Durante toda minha infância e adolescência fiz mamãe e papai repetirem a história milhares de vezes, orgulhosa do significado do nome que carrego.
Tudo aqui agora está praticamente vazio, apenas as paredes ainda sustentam as fotos da boda de vinte e cinco anos de casamento dos meus pais.
-Mana. - Mathew me chama ao se aproximar - Sabia que te encontraria aqui.
-E onde mais eu estaria se nossa família está toda reunida lá embaixo comemorando a aposentadoria do papai? - ele segura meu braço e me puxa para as escadas - Espera! Ainda não consegui encontrar nosso álbum de bebês para esconder!
-Deixa de bobeira! Estão todos perguntando por você, inclusive seu namorado que já viu as três primeiras fotos do seu batizado.
-PORQUE NÃO DISSE ISSO ANTES! - desço as escadas o mais rápido possível enquanto Mathew gargalha as minhas costas.
Esse é o grande problema de se ter uma mãe fotógrafa, ela fez questão de guardar cada momento, até alguns bem constrangedores, e meu pai se diverte ao me atormentar com essas fotos.
-MÃE! - eu grito ao ver Connor folheando um álbum.
-Não precisa se preocupar. - ela me olha e sorri - Seu pai já escondeu todas as fotos proibidas.
Ok, isso é realmente estranho. Meu pai, Alfonso Herrera, está perdendo a oportunidade de atormentar meu namorado.
Sinto sua mão sobre meu ombro e me viro para abraçá-lo, às vezes eu me pego pensando que não queria crescer, para poder caber para sempre em seu colo.
-Ele é um bom rapaz, posso ver que ele te ama assim como eu amo a sua mãe.
-Se isso for verdade, vou me casar amanhã mesmo. - dou uma risada baixa  e olho para minha mãe - Ouviu isso, mamãe? Temos o selo de aprovação Herrera.
-O selo Portilla também. - o sorriso que minha mãe me devolve me aquece por dentro.
Céus, como eu amo minha família!
-Vem meu anjo, vamos deixar eles a sós. - papai estende a mão esperando por mamãe.
-Sei, você quer é aproveitar e escapar da sua festa que está no auge lá no jardim.
Mesmo sabendo das intenções dele, mamãe o segue para a varanda da frente, os dois abraçados e conversando baixo. Sem querer solto um suspiro.
-Bem que você me disse que o amor dos dois é lindo de se observar. - Connor me chama com um gesto para sentar ao seu lado.
-É mais do que lindo. - vejo meus pais através da janela, abraçados e papai deixar um beijo na testa da mamãe - O amor deles é eterno, mamãe é a Eleita do papai.

A EleitaOnde histórias criam vida. Descubra agora