Capitulo 24

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Alfonso


Anahi permanece deitada em meu peito, enquanto acaricio seus cabelos. Ela está assim silenciosa desde que acordamos após fazer amor.
Depois daquela pequena travessura com a sobremesa na casa da minha mãe, eu praticamente a arrastei de volta para nossa casa e mal fechei a porta e já estava despindo-a. Sei que algo perturba sua cabecinha e posso imaginar o que é.
Apesar de tudo ter se resolvido, ela se preocupa com o que vai ocorrer com seus pais e todos os moradores da comunidade, ainda não sei qual vai ser a decisão, mas sei qual é a vontade deles.
-Você acha que vão deixá-los voltar a viver lá? - Anahi me pergunta, como se tivesse lido meus pensamentos.
-Talvez sim, as pessoas da comunidade estão habituadas com as regras pelas quais foram criadas e, a maioria, não quer aprender a viver aqui. Phillip estava negociando uma alternativa segura, para que eles possam voltar, mas sem as regras de Joe.
-Acha que Edward e Mary voltarão com eles?
-Duvido muito. - me sento na cama e a puxo para o meu colo - Quando deixei Edward no hospital, esperando por Mary acordar, ele disse que se ela o quiser, vão recomeçar, de preferência bem longe de todos que possam trazer recordações do Joe.
-E a Lindsay? Ela não quer voltar a viver sobre aquelas regras.
-Edward não vai deixá-la, meu anjo. Na verdade, quando eu estava saindo do hospital, Ashley estava levando Lindsay para ficar com Edward.
-Que bom, fico mais tranquila sabendo que ela vai estar com pessoas que realmente a amam e vão protegê-la.
-E seus pais, meu amor? Você não falou nada sobre eles.
-É que eu não sei como agir com eles. - sem perceber, Anahi pega minha mão  e brinca com meus dedos, ela está insegura - Eu não fugi só do Joe e da comunidade, eu fugi deles e de cada castigo que sofri durante toda minha infância e adolescência. Eu fugi da família que convivia junto, mas que não demonstrava amor. - ela faz uma pausa e sorri - Tão diferente da maneira como sua família é. Vocês me mostraram como uma família deve ser, como quando Savanah te recebeu mal hoje, mesmo quando você a repreendeu, não foi duro com ela, e logo já estavam rindo e conversando depois.
-Isso porque não tivemos um Joe em nossas vidas. - acaricio seu rosto e a beijo - Não estou dizendo para fazer isso agora, mas dê a eles uma segunda chance. Assim como você está aprendendo agora, eles também vão aprender e ter a oportunidade de mudar.
-Oh, eu devo ter sido uma garota muito, muito, muito boa para merecer um homem como você! - ela se joga em meus braços me fazendo rir - Você é bom demais para ser de verdade, senhor Herrera!
-Você é que desperta o melhor em mim.
Em um movimento rápido, deito Anahi sobre a cama e a beijo. Afastando os lençóis, contemplo seu corpo, a pele mais suave que a própria seda que o rodeia.
Deslizo meu dedo entre seus seios e vagarosamente acaricio sua barriga, ouço-a suspirar, mas meus olhos estão perdidos entre suas curvas.
-Alfonso...
Anahi suspira mais uma vez, arqueando seu corpo em minha direção, buscando alívio para o calor que nos queima. Sinto minha respiração mais pesada, minha boca seca, meu corpo totalmente desperto para ela...somente para minha Anahi. Me abaixo lentamente e tomo seu sabor, é como estar em um paraíso do qual nunca quero sair.
Anahi chama por meu nome e sei que ela está perto de se libertar, aguardo ansioso por esse momento e logo sou recompensado. Levanto minha cabeça e, com um grande sorriso satisfeito, me ergo de volta para ela, enquanto a beijo, deslizo para seu interior, tão quente e receptivo que mal posso me mover sem sentir a intensa necessidade de explodir em êxtase.
Posso senti-la me prender e apertar, suas unhas cravando em meus ombros, ouço um suave suspiro e sei que ela está a ponto de subir ao clímax e sem mais forças, sigo Anahi rumo ao prazer.
Meu corpo desaba sobre o dela, nosso suor se misturando, nossos corações acelerados e, mesmo assim, batendo em um só compasso.

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Olho para as árvores ao redor e vejo os sinais do Outono se aproximando, o final do Verão fica cada vez mais nítido, mas se inicia um novo caminho para minha Anahi.
Esses últimos meses têm sido os melhores de minha vida e tudo graças a essa pequena grande mulher. Depois que libertarmos as outras eleitas, por fim conseguimos levar nossas vidas de maneira normal.
Como previsto, Edward, Mary e Lindsay resolveram abandonar a comunidade, mas se mudaram para uma cidade menos populosa, onde estão aprendendo diariamente a viver nesse mundo caótico e louco. Anahi mantém contato com eles e quase sempre fala com Mary por vídeo chamada, as outras eleitas foram para Serquim, onde recebem toda a ajuda financeira e psicológica necessárias para viver bem e tentar superar os traumas. No último relatório, Phillip até chegou a dizer que Bella estava namorando, o que deixou minha Anahi muito feliz. Os outros membros da comunidade preferiram retornar para suas casas e o Estado lhes concedeu permissão, porém com a condição de que haveria uma rigorosa vistoria para que os abusos contra mulheres e crianças não voltassem a ocorrer.
Olho para o meu lado e Anahi sorri ansiosa, hoje é seu primeiro dia na faculdade e eu não poderia deixar de trazê-la, Phillip pode tolerar um pequeno atraso meu, mas eu não perderia por nada esse momento tão especial para o meu pequeno anjo.
Anahi toca seu pescoço e me faz rir, ela insistiu em usar essa gargantilha, mesmo após eu explicar o tipo de ideias que despertaria em seus novos colegas, mas ela deu um grande "foda-se" para o mundo e eu a deixei decidir, como sempre.
-Do que está rindo? - ela ergue uma sobrancelha desconfiada.
-Nada em especial, só pensando como seus colegas vão reagir a isso. - aponto com a cabeça para o seu pescoço - Eu preciso comprar uma aliança normal para você.
Ela dá de ombros como se isso não importasse e agarra sua bolsa.
-Eu realmente não sei se mato a Savanah ou se a amo. - minha irmã transformou meu pequeno anjo em uma mulher poderosa - Você está tão...gostosa.
Anahi pisca um olho para mim e desce do carro, seu vestido não é curto e nem muito decotado, mas adere perfeitamente as curvas do seu corpo e sinto o meu corpo responder ao dela.
-Você vem me buscar ao final do dia?
-Com certeza. - ela dá a volta e me beija, não um simples beijo de até logo, mas um beijo ardente que quase me faz puxá-la de volta para o carro - Vai logo, antes que eu desista de ir trabalhar e te leve para a casa.
Ela tem a ousadia de rir e se afasta, eu fico ali acompanhando seus movimentos enquanto se mistura entre os outros alunos.
Fecho meus olhos e desejo toda sorte para ela antes de ligar o carro e partir para o meu trabalho.


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(Pesquisa rápida...depois que eu finalizar essa história, estou pensando em escrever uma aya mesmo, só que com tema vampiros rs. Vocês me acompanhariam nessa?)

A EleitaOnde histórias criam vida. Descubra agora