Dois meses se passaram, e nesses dois meses, iniciamos as vendas pra arrecadar dinheiro pro ônibus que vai nos levar até a chácara. Por enquanto, alguns líderes estão encarregados de procurar o melhor preço pro aluguel dos ônibus, enquanto outros estão fazendo a lista de quem vai e quanto vai ficar o preço pra cada um. O resto dos alunos estão ajudando a fazer alguns doces e salgados pra vender depois da aula ou até no intervalo. Como nossa escola é grande e vai desde o primeiro ano do fundamental, já arrecadamos uns 150 reais.
A minha turma também parou com os ensaios, a professora teve um imprevisto com a filha dela e teve que ir para outro estado. mas ao que tudo indica, ela volta daqui a uma semana e retornaremos com os ensaios normais. Ou seja, eu não beijei o Max.
E hoje vai ser o tão esperado campeonato de vôlei das escolas da minha cidade. Alex dormiu na minha casa, ela está bem ansiosa e passou essa ansiedade pra mim. Nós saímos da minha casa e esperamos Max pra irmos juntos, já que é sábado, não acordamos tão cedo.
E como está meu relacionamento com Max? relacionamento eu digo de amizade. Max tem sido um amigo incrível, já saímos várias vezes com Arthur e Alex. O famoso "encontro de casais" é assim que o abestado do Arthur chama. Até criamos um grupo no whatsapp e tiramos uma foto bem conceitual onde eu e Max estamos brigando por causa de comida e Arthur e Alex estão bonitinhos igual a um casal de fanfic, bem brega, e colocamos no perfil do grupo.
Descemos o condomínio e vimos Arthur brincando com o cachorrinho da Dona Maria.
- Bom dia Dona Maria - digo sorrindo e ela me olha.
- bom dia querida, aonde vão? - ela solta o regador amarelo no chão.
- estamos indo pro campeonato de vôlei - Max responde.
- ah que legal, vocês dois vão competir né? - ela pergunta olhando pro casal.
- sim, isso mesmo - Alex responde.
- então boa sorte, vão antes que se atrasem - fala e abana.
Nos despedimos da Dona Maria e seguimos o caminho até a escola. Passamos pelo estacionamento que fica na frente, e já avistamos algumas pessoas de outras escolas. Entramos e fomos até o ginásio principal. Alex e Arthur seguiram para os vestiários trocar de roupa, Já eu e Max subimos para a arquibancada que já tem bastante gente. Nos sentamos perto de alguns meninos da nossa sala. Demorou cerca de 15 minutos para que dois times de outras escolas entrassem. Eles fizeram toda aquela cerimônia antes de começar.
Alex, do nada sobe os degrais da arquibancada correndo, batendo sem querer em várias pessoas e finalmente chega até onde eu estou sentada.
- guarda pra mim? - ela fala me estendendo duas mochilas - não é seguro deixar nos vestiários.
- claro - pego as mochilas de Alex e Arthur e ponho no meus pés.
- obrigada - ela agradece sorrindo e desce correndo.
O jogo acaba e logo depois de darem os resultados, dois times femininos entram no ginásio. Um time é da minha escola, e Alex está lá, e o outro é de uma escola que competem a anos com a nossa.
Assim que os times se posicionaram, o Juiz apita e o jogo começa, e a torcida também começa a gritar.
Foram mais ou menos 20 minutos de jogo, e o time da minha escola ganhou, bom, o feminino. O próximo time é o masculino, e a torcida fica ainda mais animada.
- acha que eles ganham? - Max pergunta se referindo aos times que se posicionam na quadra.
- acho que sim. Ano passado eles perderam porque entrou e saio bastante gente do time - digo olhando pra Arthur lá em baixo - mas eles treinaram muito ano passado e esse ano, tem grandes chances de ganharem, e afinal, não queremos outra derrota.
O juiz apita e o jogo começa, e adivinhem, nosso time ganhou.
[...]
Nos despedimos de Arthur e Alex depois de mais dois times jogarem. Duas vitórias seguidas, isso é incrível, não consigo nem imaginar a felicidade dos meus amigos.
- ei, quer tomar um sorvete? - Max pergunta.
- pode ser - respondo.
Atravessamos a rua e seguimos o caminho ao contrario do condomínio. Entramos em uma sorveteria e servimos os nossos sorvetes em potinhos. Opitamos por sentar em uma mesa do lado de fora da sorveteria por ter bastante gente no lado de dentro.
- quer experimentar um pouco do meu? - Max pergunta me fazendo olhar para seu sorvete - com certeza é melhor que o seu - ele sorri.
- como pode ser tão convencido? - levo a colher até minha boca.
- porque sorvete de brigadeiro é melhor que morango, flocos e essas coisas que você colocou por cima - ele faz uma cara de nojo ao olhar pra minha linda combinação de bolinhas de chocolate com balas de gelatina.
- eu tenho uma criança dentro de mim que precisa ser alimentada com balas - digo e levo mais uma colher a minha boca.
Ele ri.
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Na Casa Ao Lado [Concluído]
Teen Fiction"Na Casa Ao Lado", um futuro dividido por menos de 2 metros de distância. Anne nunca se apaixonou por ninguém, mas isso mudou quando uma nova família se muda para o mesmo condomínio, por coincidência do destino, para a casa ao lado da sua. Alguns am...