vou sentir sua falta coisinha

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Eu estava desesperada e insegurança com a coreografia que pretendo dançar no festival. E exatamente hoje, faltam apenas um mês pro festival, um mês e duas semanas pra peça de teatro e 2 meses para a formatura. Chamei Alex e Max pra verem a coreografia que eu vinha ensaiando a meses pra apresentar no festival. Os dois estão sentados na ponta da minha cama e Alex segura Luke que já está um pouco maior. 

- tá vai começar ou não? - Alex pergunta me olhando enquanto eu ponho a música no youtube. 

- te acalma - digo a ela e dou play no vídeo. 

- só não baba Max - Alex fala olhando pra ele. 

Max ri negando com a cabeça. Eu começo a dançar conforme a coreografia ensaiada, mas não de frente pra eles, de frente pro espelho que eu consigo ver onde eu acerto e erro, mas dessa vez eu consegui completar a música inteira sem errar um passo, o que me fez sorrir quando a música parou. 

Luke desceu do colo de Alex e pulou na minha perna, o pego no colo e os olho. 

- uou - Max foi o primeiro a se pronunciar.

- tá ruim? - pergunto.

- claro que não, tá perfeito - Alex sorri.

- eu acho que me impressionei um pouco - Max diz me fazendo rir.

- mas qual o problema com a coreografia? - Alex pergunta.

- não sei, eu tava meio insegura. Mas acho que agora estou mais confiante pra dançar - digo acariciando o pelo de Luke.

- você vai arrasar - ela diz sorrindo.

- só espero que dê tudo certo.

- E vai dar - Max fala e eu sorrio para ele.

- E você não vai nos mostrar um pouco da sua música? - pergunto.

- não, é surpresa - ele responde.

- ahh só um pouquinho vai - Alex insiste.

Luke late para Max como se entendesse o que queremos que ele faça.

- até o Luke quer que você cante - digo o olhando.

- É surpresa - Max levanta e vem até mim pegando Luke do meu colo - se é surpresa, eu não posso fazer nada.

- coitado não tem medo da morte - digo e eles riem.

- quanto tempo a gente vai ficar mesmo? - Max pergunta.

- cinco dias - Alex responde mexendo em seu celular.

- hum. Já começaram a arrumar as malas? - ele diz ironicamente.

- ah se eu pudesse ficar de pijama o dia inteiro - digo olhando pro chão.

- a menina tem um armário cheio de roupas lindas e quer ficar de pijama, vê se pode uma coisa dessa - Alex diz ainda olhando pro celular.

- isso se chama preguiça - digo.

Nós já tínhamos arrecadado dinheiro o suficiente pra alugar três ônibus, então metade dos problemas já estavam resolvidos.

- eu só tô em dúvida de qual roupa usar pra dançar.

- quais são as opções? - Alex pergunta desligando o celular.

Caminho até meu armário, pego algumas roupas e as jogo na cama. Alex olha todas aquelas roupas pensativa, até que pega uma calça preta e uma blusa de manga curta que fica na metade da minha barriga e ajeita na cama.

- perfeito. Aí você coloca o único tênis que tem e tá tudo certo - ela me olha.

- você pode se considerar minha estilista - aponto pra ela e a mesma ri.

[...]

Um mês depois...

Acordo 6 horas da manhã. Caminhando igual um zumbi, consigo chegar no banheiro e ligar a luz. Faço minhas higienes e tomo um banho pra tentar acordar. Saio do banheiro enrolada na toalha e só aí eu me lembro que tenho um vizinho. Mas a persiana está fechada então tá suave.

Vesti uma calça preta e um blusão rosa pastel, calcei meu all star que todos já estão cansados de saber e ver ele nos meus pés e faço duas tranças laterais no meu cabelo deixando alguns fios soltos na frente porque é tendência e eu amo!

Coloco mais algumas coisas dentro da mochila e a fecho.

- vou sentir sua falta coisinha - digo acariciando o pelo de Luke que dorme em minha cama.

Visto uma jaqueta jeans e tiro meu celular do carregador, guardando o mesmo no bolso lateral da mochila.

- até alguns dias Luke - digo antes de fechar a porta do quarto.

Desço as escadas, deixo a mochila no sofá e vou pra cozinha onde minha mãe prepara o café da manhã que mais parece um lanche da madrugada de tão cedo que é.

- bom dia mãe - sento na cadeira de uma forma largada.

- bom dia - ela responde colocando uma xícara de café na minha frente.

Pego o potinho com açúcar e coloco duas colheres de açúcar no café. 

Assim que terminamos de tomar café, pego minha mochila e vou pro carro. Max entra na parte de trás do carro, é ele vai comigo porque seus pais estão organizando algumas coisas com o meu pai.

Nós chegamos na escola e nos despedimos da minha mãe.

- pensei que não vinham mais - Arthur diz assim que nos aproximamos dele é de Alex.

- nem estamos tão atrasados assim - digo colocando minha mochila no chão por estar muito pesada.

- é um milagre acontecendo - Alex diz debochada.

- é o nosso último ano no colégio, eu não me atrasaria pra ir em uma viagem com vocês.

Na Casa Ao Lado [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora