erro proposital

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Sábado, aniversário de Anne.

Max On

Alex criou um grupo no Whatsapp, sem a Anne obviamente, para planejar como vai ser o dia dela. Os pais de Anne vão organizar assim que ela sair de casa comigo.

Já consegui adotar um cachorro, por sorte, era o último pequeno do canil.
Deixo ele em casa e logo vou até a casa de Anne para buscá-la.

Anne On

18 anos, é isso mesmo Brasil. Eu acordei com minha mãe e meu pai entrando no meu quarto e cantando parabéns pra mim, eu amo esses dois de um jeito.

Marquei de sair com Max hoje, aliás eles estão bem estranhos esses dias. Tanto meus pais, quanto meus amigos, eu estranhei mas não liguei já que eles não são muito normais mesmo.

Tomei um banho e sequei meu cabelo, acabei por alisar ele com a chapinha da minha mãe, meses que eu não faço isso, é bom mudar. Abro o armário e decido ir de vestido, mais especificamente esse vestido:

Coloco um brinco de argola e logo faço uma maquiagem, só exagerando na máscara de cílios que eu sou apaixonada

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Coloco um brinco de argola e logo faço uma maquiagem, só exagerando na máscara de cílios que eu sou apaixonada. Passo um perfume e calço meu all star preto. Max me manda uma mensagem dizendo que está me esperando lá em baixo. Ignoro a mensagem e pego uma pequena bolsa de ombro rosa claro, colocando dentro minha carteira e meu celular. Desço as escadas vendo Max sentado no sofá, dessa vez conversando com meu pai. 

- oi meninos - digo assim que chego na sala - posso roubar o Max rapidinho pai? - rio. 

- claro que pode - meu pai levanta do sofá e me olha - eu fiz uma filha linda não fiz? - ele sorri e olha pra Max. 

Max sorri olhando pra baixo e concorda com a cabeça mexendo em seu cabelo. O mesmo veste uma calça preta, um vans tradicional e uma blusa de manga curta branca. Tão bonito que eu fiquei até com vergonha de dizer isso pra ele. 

- podemos ir? o filme começa daqui a pouco. 

- claro, tchau pai - caminho até o mesmo e beijo sua bochecha. 

- tchau filha, aproveitem e se cuidem - meu pai fala colocando as mãos no bolso da calça - demorem bastante.

- ué - sorrio confusa. 

Saímos da minha casa e eu olho pra Max sorrindo.

- feliz? - ele pergunta e pega minha mão entrelaçando nossos dedos.

- muito - sorrio olhando para as nossas mãos. 

 Depois de uns 20 minutos caminhando, chegamos ao shopping da cidade, subimos pela escada rolante e em nenhum momento soltamos nossas mãos, eu me sinto naqueles filmes americanos ou em livros clichês que lia quando era mais nova. 

Chegamos no segundo andar e caminhamos até o cinema, eu não faço ideia dos filmes que estão em cartaz, mas assistiria qualquer coisa só por estar na companhia de Max. 

- qual filme vamos ver? - pergunto quando entramos na fila dos ingressos. 

- que tal aquele? - Max aponta pra parede onde os filmes em cartaz ficam. 

- eu vi o teaser desse filme, parece ser bom, e o casal principal é bem fofinho. 

- podia ser a gente né - ele fala e eu o olho - mas você não colabora - eu rio negando com a cabeça. 

- eu tô brincando bobinha - ele ri. 

Bem que essa brincadeira podia ser verdade.

Mas o que eu tô pensando? 

Compramos dois ingressos e fomos rapidamente pra fila da pipoca. Pegamos um pacote de pipoca salgada, dois copos de refrigerante e entramos na sala do cinema onde o filme está quase começando. Sentamos em nossos devidos lugares e não demora muito pro filme começar. 

Eu nunca pensei viver isso com alguém, mesmo Max e eu sermos só amigos, o jeito que ele me faz bem é diferente. Eu gosto dele, não apenas como amigo, mais que isso. Sinto vontades absurdas de beija-lo ou de apenas segurar sua mão. Mas eu simplesmente não consigo abrir minha boca e falar que gosto dele, não é o momento, ainda.

Estendi minha mão para pegar meu copo e sinto a mão de Max em cima da minha mão. O olhei arqueando minha sobrancelha, ele me olha fazendo o mesmo. 

- esse é o meu copo - digo e ele olha pro outro lado vendo o copo dele na cadeira. 

- erro proposital - fala tirando a mão de cima da minha e pega seu copo. 

Max me olha bebendo o refri e eu ri pegando o meu também.

- ta mas, agora fazendo outro erro proposital - ele passa o braço pelo meu pescoço e me puxa fazendo eu encostar minha cabeça em seu ombro - assim é melhor. 

Eu sorri olhando pro telão e senti ele beijando o topo da minha cabeça. Sorri ainda mais com isso.

Na Casa Ao Lado [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora