- Bom dia Alunos - o diretor entra na sala - vim comunica-los que vamos fazer uma viagem - ele sorri.
A turma comemora.
- mas pra isso, a turma de vocês, junto com as outras, irão arrecadar dinheiro de algum jeito que vocês terão que pensar para alugar no mínimo dois ônibus, a chácara que ficaremos vai ser responsabilidade da escola. Mas não é só isso que eu quero falar - ele olha atentamente pra turma - na chácara, vai rolar um festival de arte, onde os alunos vão poder apresentar sua habilidades na dança e na música, além do campeonato de vôlei feminino e masculino.
- uou isso vai ser incrível - Alex fala.
- vou imprimir os bilhetes com tudo que eu disse, e mais um pouco e já venho aqui para entregar, fechado turma? - concordamos - então tá, conto com vocês.
Ele sai da sala.
- eu com certeza não vou ficar de fora desse campeonato de vôlei - Alex fala toda feliz e eu a olho rindo.
- você faz parte do time Alex, não tem como você ficar fora do time, nem se o treinador quisesse - ela ri.
Alex é uma das melhores do time.
- você deveria participar do festival também - ela fala.
- E eu vou fazer o que lá? Passar vergonha?
- não boba - ela passa a mão no cabelo - você poderia escolher alguma música e dançar.
- dançar? - gargalho - Alex, vai ter cinco turmas de terceiros anos lá, não vou passar essa vergonha.
- não é vergonha Anne - Max diz do nada e arrasta sua cadeira até nós - você dança muito bem, eu concordo com Alex que você deveria dançar.
- ai gente, sei lá - cruzo meus braços - que música eu iria dançar? - olho pra eles.
- Acho que até lá você consegue se decidir - Max fala.
Decisões e mais decisões. Isso é tão sufocante.
Mas pensando por outro lado, vai ser legal mostrar um talento meu pra outras pessoas.
- Tá bom, eu vou escolher uma música e falar com o diretor pra me inscrever - eles sorriem e batem a mão uma na outra.
- missão cumprida - Alex sorri.
[...]
- eu acho que você também deveria participar do festival - digo pra Max.
- Eu? Não - ele ri - nunca me apresentei pra tanta gente.
- essa seria sua primeira vez então - o olho.
- você acha? - me olha e eu concordo - então você acha que eu canto bem - ele sorri me cutucando com o cotovelo.
- ah... sei lá, nunca te vi cantar sabe? Apenas te ouvi através de uma janela - falo meio perdida com as palavras.
Ele ri.
- por que você não escreve uma música? - digo e ele me olha.
- escrever uma música minha? - concordo e ele fica em silêncio - não é uma má ideia.
- que? Sério? É a primeira vez que eu do uma ideia e alguém concorda sem me julgar - ele ri.
- É uma ótima ideia, acho que até já sei um trecho da música.
- Humm, me conta então - sorrio.
- não. só vai ouvir no dia do festival - ele me olha sério e eu cruzo os braços.
- então não conte comigo pra mais nada - abro o portão e espero ele entrar pra fecha-lo.
- mas nós temos que ensaiar pra peça - Ele fala.
- apenas isso - digo fazendo cara brava.
De algum jeito, a companhia de Max me faz bem. Não sei direito como é esse negócio, senti isso poucas vezes quando ainda tinha um melhor amigo. Sinto apenas com Alex e Arthur que são como irmãos pra mim. Mas com Max é diferente, um diferente bom, e que eu nunca senti antes.
- Anne? Ei Anne - Max passa o braço na frente dos meus olhos.
- Oi, o que foi? - digo voltando pra terra.
- chegamos - ele aponta com a cabeça para minha casa.
- ah... Tá - olho pro portão branco - até amanhã então - digo por fim e abro o portão - tchau - sorrio sem mostrar os dentes o olhando.
- tchau - ele sorri e vai em direção a sua casa.
Fecho o portão assim que ele fecha o dele. Esse diferente é muito estranho, o que está acontecendo comigo?
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Na Casa Ao Lado [Concluído]
Genç Kurgu"Na Casa Ao Lado", um futuro dividido por menos de 2 metros de distância. Anne nunca se apaixonou por ninguém, mas isso mudou quando uma nova família se muda para o mesmo condomínio, por coincidência do destino, para a casa ao lado da sua. Alguns am...