× CAPÍTULO SETE

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Eu havia perdido a noção do dia e da noite

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Eu havia perdido a noção do dia e da noite. Havia perdido a noção de quanto tempo eu havia ficado aqui. Nem mesmo dava para saber atravéz da gororoba que chamavam de refeição.
As vezes eu dormia sem comer. Acho que era de propósito que eles faziam isso.

Bando de filhos da puta.

Um dia eu irei sair dessa merda de vida. Um dia eu serei livre e estarei longe dessa merda.
Já paguei tudo o que tinha que pagar um por um pedaço de ferro.

Um lindo pedaço de ferro.

Minha cabeça tendia sempre a pensar nela.
Quanto tempo eu estava aqui?
O que será que havia acontecido com ela? Despedida? Mesmo com Jonh a gabando como ótima médica? Ele não poderia ter um pingo de bondade naquela cara medíocre e não a prejudicar?

Eu escutei os guardas comentarem há o que me pareciam dias atrás. Eles sabiam que nós fomos pegos transando.
Suas vozes eram carregados de escárnio. Eram sujos e cheios de malícia. A mim, apenas me dirigiam olhares de desprezo, mas sabia que com Silver tudo seria pior.

Talvez meu tempo lá fora não fosse tão longo.
Talvez quando eu sair, eu os procuraria um a um acabando com seus sorrisos de filhos da puta.
Talvez eu metesse os pés pelas mãos.

Ninguém podia falar dela assim.
Como se fosse uma vadia qualquer que havia transado com um qualquer.
A doutora era uma das melhores mulheres que eu havia conhecido. Ou então era minha cabeça de homem condenado há anos.

Sentir o perfume feminino fora como tocar o céu depois de tantos anos no inferno. E tocá-la foi o melhor.
Quente, safada e gostosa. Suas coxas grossas me envolvendo e seus seios fartos sendo cobertos da forma mais sexy possível pelas rendas que usava apenas para me seduzir.

Sylver Blythe.
Um nome estranho, mas uma mulher impressionante.

Eu estava delirando.
Minha mão infiltrou na minha calça começando a se mexer para cima e para baixo.
Eu estava elouquecendo, sim.
Me masturbar na solitária era o auge, mas minha cabeça apenas fazia o que queria ecoando sua voz dizendo que precisava de mim. Precisava de me ter a fodendo como nunca. Entrando em sua carne com adoração e repetindo o processo praticamente em desespero.
Ela era perfeita.

Meu corpo se contorceu e o líquido branco voou em direção a parede. Forte e rápido me dando o mínimo vislumbre dela e sua boca coberta por batom nude. Preferia sempre quando eu o tirava e então apenas o restava rosa de sua boca.

Eu estava delirando.

Houve uma movimentação e a porta foi aberta.

— seu jantar.

Kieran sorriu e saiu.
Pelo menos agora eu sabia que era noite, mas eu havia acordado a pouco tempo.

Encarei o prato com a gosma de cor escura.
Que merda essas pessoas pensam que somos? Temos pelo menos o direito de ter uma refeição direito.

— não sei o que ela viu em você.

Sua voz era carregada de desprezo.

— quer saber agora que não tem ninguém aqui?

— é por isso que você vai apodrecer aqui. Não sabe abaixar a cabeça quando um superior ordena.

— e quem é o superior? Você?

Ele se aproximou de mim e chutou minha barriga me fazendo contorcer no chão sem ar.
Outro chute foi deferido e ele me levantou socando meu rosto.

— você não é nada, McCarthy. Nada.

Ele então saiu e eu cuspi o sangue no chão daquela cela imunda.

...

— vinte e um dias na solitária cara. Você bateu o recorde!

Me joguei na cama.
Finalmente havia tomado um banho e comido algo minimamente tragável.

— eu quero quebrar a cara do Kieran antes de sair daqui.— rosnei.

— EM FILA!— gritaram.

Eu queria dormir, mas teria que ir para o pátio.

— ANDANDO!

O sol havia machucado meus olhos quando o vi a primeira vez saindo daquela cela minúscula, mas agora me agradava um pouco.
O ar fresco invadiu meus pulmões e eu os senti agradecer por aquele vislumbre de felicidade. Estar preso é um saco, mas a solitária conseguia ser pior.

— ora bem se não é Tayler McCarthy o comedor de doutoras.— Ryan debochou.

— então era isso que fazia indo sempre para a enfermaria, huh? O filho da puta fodia a doutora patricinha enquanto nós nos virávamos aqui.

— você é muito egoísta, McCarthy.

Quando eles me cercaram eu sabia o que aconteceria ali.
Não precisava de motivos para começarem uma briga naquele local. Mesmo o mais santo, aqui dentro tinha de se virar. Aqui a lei da selva reina, como se fossemos um bando de animais.

E então veio o primeiro soco e minha única certeza era que ela não estaria a minha espera.
Veio o segundo...o terceiro.. e a única pessoa que eu conseguia pensar era ela.

— conta para nós como foi comer aquela bunda gostosa, huh?

— sonhem!— falei e eles socaram minha barriga.

— você pensa que tem o rei na barriga? Aqui nós somos iguais, McCarty. Todos carregados de podridão e sem cura. Então não pensa que sairá daqui e ela estará pronta para dar para você novamente. Ou que terão uma vida feliz.

— você não é nada, McCarthy.


× Postarei o outro capítulo a seguir. Sei lá, deu vontade kkk
Bjos
Mars

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