√ COMPLETO
Silver Blythe odiava muitas coisas.
Odiava café, gatos, bananas, dias quentes e até seu próprio nome. Aos doze ela perguntou aos seus pais o porque dela ter nome de metal e desde então isso entrou na sua lista de mais odiados.
Mas aos 26...
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Dessa vez demorou um pouco mais para obter algum cliente. O território era totalmente novo então quase ninguém sabia ou tinha total confiança. Entretanto, mesmo assim, eu consegui a primeira. Uma garota loira que parecia me querer tanto quanto a droga. Porém eu não estava tão interessado naquele momento. Queria vender e sair dali porque minha mulher havia saído com algumas amigas com a porra de um vestido sexy e aquilo parecia mais atrativo do que um bando de drogados e álcool.
Silver era a melhor droga, a melhor festa, o melhor sexo. Ela reunia todos esse em um só e ainda havia bônus.
Ela era uma mulher linda e inteligente. Muito inteligente. Tão inteligente que ela me enganou muito bem indo atrás de mim.
Veja bem, eu não acredito em coicidências.
Ou então definitivamente, a porra do universo estava conspirando contra mim.
Eu não a notei até que ela quase foi ao chão derrubada por um cara. Um cara que sem dúvida nenhuma eu reconheceria em qualquer lugar do mundo mesmo de costas, se meu olhar não estivesse tão focado nela e sua cara de brava.
Pela primeira vez eu realmente senti o medo das consequências. Eu senti medo de a perder e perder tudo o que viemos tendo.
Engoli em seco e eu a vi andar até o meio das pessoas. Quando o cara encarou precisamente em minha direção, meu maxilar trancou.
— filho da puta.
— o quê?!— a garota franziu o cenho.
Eu apenas a deixei para trás indo até eles parando quando fui atingido pelo seu olhar mortal. Um olhar que vindo de uma pessoa tão pequena e linda que eu poderia facilmente ignorar e continuar. Sem qualquer sentimento comparado ao medo.
Mas Silver conseguia ser muito assustadora quando queria. Muito empenhada e sempre perfeita em obter resultados.
Ela se esfregou nele na minha cara fazendo meu sangue começar a borbulhar como nunca. A vontade animal que eu tinha de quebrar a sua cara como fazia muito na prisão voltou. Eu perderia o controle. Eu a arrancaria dali porque ela era minha e apenas isso.
Tranquei o maxilar e dei o primeiro pass, contudo eu fui recebido com um tapa árdido.
— não ouse se aproximar de mim, seu filho da puta.
— doutora..
— cala a porra da boca, Tayler. Eu não tenho mais nada para escutar aqui.
Ela estava brava. Realmente brava. Ela estava puta. E eu queria saber realmente o porquê. Se ela havia me visto dar droga para a garota era o meu fim.
— não fica com ele..
— eu fico com quem eu quiser, Tayler. Se eu quiser eu dou para ele aqui no meio de todos só para você ver. Seu filho da puta, crápula!! Mentiroso!
