× CAPÍTULO VINTE E TRÊS

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× eu sou mesmo desatenta. Gente isso é o último capítulo, só que eu esqueci de avisar.

Some mistakes get made
That's alright, that's okay
You can think that you’re in love
When you're really just in pain— Moral of the story; Ashe

Some mistakes get madeThat's alright, that's okayYou can think that you’re in loveWhen you're really just in pain— Moral of the story; Ashe

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Eu tinha vinte e seis anos. Era formada em medicina e aquilo foi uma vitória que eu pensei nunca alcançar. Foi a coisa mais difícil que eu havia feito na minha vida, até agora.
Até olhar na cara da pessoa que eu amo e não o reconhecer. Até enxergar alguém que eu pensei amar, nunca existiu.

Eu sou a porra de uma mulher forte. Já passei por muito e ainda passo. Já passei por diversas fases e já senti a amargura de um coração partido. Mas nunca, nunca, dilacerado.

A raiva que eu sentia, era maioritariamente minha. Raiva por ter notado algo de errado e nem sequer importar com aquilo. Raiva por ignorar completamente meus sentidos, minhas emoções e minha intuição.
Eu fechei os olhos e me permiti viver uma mentira. Uma tremenda armadilha contra o meu próprio ser o obrigando a viver e conviver em meio a algo completamente tóxico.

Porque era isso. Aquilo era tóxico.

Um desvio de conduta que me fez perder muito de mim.

Tayler mentia todos os dias. Mentia na minha cara, mentia sobre as mentiras acrescentando mais e agora eu já não conseguia mais não ver aquilo.

Doía pensar que eu tive o que chamava de noites de amor com algo tão falso. Entreguei meu corpo e minha mente. Entreguei meus sentimentos a alguém que não pensa para além dos seus. Um egocêntrico narcisista. Um sem noção, irresponsável.

Eu perdi meu primeiro emprego por causa daquilo. Me ridicularizei a aquele ponto e pus em prova minha própria dignidade e fui contra meus valores e ensinamentos.
Mesmo depois de me estabilizar o diabo bateu na minha porta e eu o deixei entrar. De todas as maneiras possíveis. Na minha casa, na minha vida e em mim.

E agora eu chorava de pura frustração e raiva por isso. Não o queria ver porque as várias máscaras haviam caído e ele era verdadeiramente horrível.

— Silver fala alguma coisa, por favor.

— eu deveria ter deixado o diretor te internar. — foi a primeira coisa que eu disse depois de minutos — Tayler você não é alguém são. Você não é saudável, você deve ter algum problema para alem da minha percepção. Você precisa se tratar.

Não quis ver sua reação.

— você machuca as pessoas a sua volta. Você não pensa em alguém ou algo antes de você, nunca. Não tem humanidade em você, Tayler. Não tem amor, não tem empatia e isso são características de um— ele me interrompeu.

Desvio De Conduta Onde histórias criam vida. Descubra agora