Especial: Sasuke e "Emi"

2.3K 192 100
                                    


Narradora:


Dia 1


Sasuke estava sendo encarado fixamente. 

Desviava o olhar para tudo que era possível. Seja a parede, o chão, ou até mesmo as próprias mãos.

Ele estava completamente desconfortável. Não sabia o que tinha na cabeça quando aceitou cuidar daquele bicho por um mês inteiro.

Eu não sei nem cuidar de mim mesmo! Pensava, desesperado.

Óbvio, também tinha a questão de não saber lidar com um gato. 

Yoki havia dito tudo que ele precisava saber, isso era um fato. Mas lidar ele mesmo com essa situação era, no mínimo impossível.

A gata, sentada na cama que Yoki havia deixado em sua casa, ainda o fitava quando ele emergiu de seus pensamentos.

Qual é a melhor forma de matá-lo enquanto ele dorme?  Era isso que Sasuke pensava passar na cabeça de Emi.

Involuntariamente encolheu os ombros.

Já Emi, ela se perguntava o porquê dele não dar logo sua comida. Estava com fome, afinal.

Emi não tinha culpa de estar ali, e não queria estar ali. 

Yoki definitivamente teve uma ideia horrível quando a deixou na casa dele. Ela se vingaria, com certeza!

Por que esse humano está me encarando tanto? Será que estou suja? Pensou, e viu ele encolher os ombros.

Sasuke suspirou.

Sasuke: Vai ser um longo mês...


Dia 3


Qual é o problema dela afinal? 

Sasuke segurava a gata pelo tronco, logo abaixo dos braços. 

Ora olhava para ela. Ora olhava para o tapete e cortina de sua sala-de-estar. Completamente destruídos.

Havia saído somente por algumas horas para treinar com Kakashi e, quando voltou, acabou encontrando sua casa em um estado deplorável.

Sasuke respirou fundo para não acabar enforcando aquele bicho.

Yoki me mataria depois... 

Pensou, resignado.

Sasuke: Olha, eu não gosto disso tanto quanto imagino que você não goste. Mas isso não está dando certo! Precisamos entrar em sintonia, tá? Precisamos fazer isso funcionar. Porém, preciso que você coopere, certo? 

Estava se sentindo ridículo. 

Conversando com um gato. Quem diria...

Levou o silêncio dela como um sim, e a colocou de volta no chão.


Dia 5


Naquele noite, Emi resolveu não sair. 

Como um ser sensitivo, sentia que algo daria errado. Só não sabia se era perigoso ou não.

Depois de meia hora esperando, e não notando absolutamente nada de estranho, acabou adormecendo.


Lá pelas três horas da manhã, ela acordou com os gritos aterrorizados de seu dono temporário.

YokiOnde histórias criam vida. Descubra agora