Lover of Mine - Muke

Não era um beijo de verdade

Já passava das 02h30pm quando Calum, Ashton e eu saimos daquela pequena floresta ao lado do colégio. No caminho para casa Ashton resolveu nos acompanhar, disse que sua casa era ali no mesmo bairro em que morávamos. Na caminhada para casa, ele resolveu nos contar um pouco sobre o garoto que agora poderia chama-lo de Michael. Ashton estava com semblante triste e me parecia preocupado, começou a falar sobre Michael.
- Bom meninos, vou contar o porque de Michael se esconder tanto de sua própria família[...]
Ele começou dizendo " Michael apesar do que aparenta ser é um bom menino, muito gentil e humilde como pudemos ver há alguns instantes. O que lhe deixa mais triste é saber que não pode contar com as pessoas de sua família e muito menos com as pessoas que o rodeia, primeiramente por ele ser muito inseguro e em segundo pela familía não apoia-lo em qualquer que seja a situação. Não sei porque eles não tentam sair dessa vida, pois o não apoiamento vem do egoísmo da família. Os pais de Michael herdaram de seu avô uma grande furtuna em terras, mas essas terras haviam sido interditadas por conter uma estalação de petróleo pertencente ao governo, então foi dado uma certa quantia aos pais dele que não souberam administrar e acabaram só acumulando dívidas e mais dívidas. Logo, os dois não tiham como pagar as contas e tiveram a casa tomada pelo banco, os nomes negativados e sem poder de compra para qualuqer coisa que seja. Michael esta estudando na nossa escola porque os professores 'tomaram conta dele' para que pelo menos o estudo não fosse tirado dele, mas aqui na escola quase ninguém é respeitado e alguns meninos mais velhos faziam e fazem bullyng com ele. Seus pais hoje vivem usando drogas e ingerindo muito álcool, as brigas da casinha onde eles estão morando de favor é quase impossivel de não ouvir, lembro uma vez no final do ano passado que Michael chegou todo roxo na escola e eu sabia que eram seus pais, mas ele foi obrigado a dizer que havia caído de uma árvore. Coisas horríveis aconteceram com aquele garoto, até abusos ele sofreu durante essa crise interna na familia e..."

Não vi a hora em que disse:

- Basta!

- ...

- O que foi Luke? eu queria saber o que Ashton ainda sabia do Michael.

Eu já estava tremendo de chorar e com os olhos vermelhos de raiva, tanto mal que fizeram a ele e tanta indignação que eu só queria sair correndo e foi o que eu fiz.

- ONDE VOCÊ TA INDO LUKE!?? - Gritou Calum apavorado por não me levar para casa.

- DIGA PARA MINHA MÃE QUE FUI AJUDAR UM AMIGO E QUE VOLTO MAIS TARDE!

Naquele momento só passava coisas ruins acontecendo com ele, como eu pude deixar ele sozinho naquele lugar? Preciso ver se ele está bem! Correndo o máximo que pude me adentrei naquela floresta e segui em direção a casa, lá estava ele e... me parecia tão inocente juntando aqueles pedaços de madeira no chão e concertando aquele lugar que chamava de lar. Só não consigo entender porque uma pessoa tão pura e inocente merecia sofrer tanto assim? Eu só queria ajuda-lo e foi o que fiz ou tentei fazer.

- Olá, Michael?

Estava eu todo nervoso e preocupado com ele, não pude esconder a dor que estava sentindo por ele naquele momento. Toda dor e indignação em um só momento. Quando percebeu minha presensa ele olhou para mim e sorriu, sorriu de um jeito tão puro.

- Olá, Luke.

- Eu vim te ajudar! Desculpa a cara de choro, mas quando fiquei sabendo da sua histó...

- Sshhh, silêncio... Não diga mais nada, só me ajuda então. Estava precisando mesmo para arrumar isso aqui ainda antes do anoitecer.

Não pensei duas vezes e ja fui ajudando ele mesmo sem saber a arrumar aquele enorme defeito no teto do porão. Mais de uma hora se passou e acabamos aquele serviço e até da limpeza decidimos cuidar, o lugar estava pronto para uma boa noite de sono. Michael olhou para mim ao final de tudo e se aproximou dizendo "obrigado Luke, ninguém faria isso por mim", apenas fiz um gesto com a cabeça que sim, como um tipo de agadecimento também. Fui me despedindo dele e então senti que me puxou pelos ombros e me deu um beijo!
Não era um beijo de verdade e sim um celinho no qual nossos lábios e viam juntos e pressionados, eu fiquei com os olhos abertos e finalmente fui fechando-os de vagar. Alguns segundos depois eu abri os olhos ao mesmo tempo que ele e nossos lábios se desprendiam de vagar, naquele instante eu estava intacto sem nenhum tipo de movimento. Só disse adeus, peguei minha mochila e sai correndo. Cheguei em casa e ja subi para o meu quarto escondendo minha indignação.

- MALDITO GAROTO, ISSO É TUDO CULPA DELE.