O Consolo de um Estranho

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Os três ali, eu estava com Michael deitado a cama, Calum estava um pouco a frente do lado sentado sobre o tapete preto no chão com as pernas cruzadas.

Eu estava para descobrir que Calum e Michael haviam se conhecido à sete anos atrás.

- Muitas coisas se passaram desde então, eu morava aqui mesmo em Sydney, só que na parte Norte. - Introduziu Calum sobre a história dos dois.

- Eu me lembro de tudo! - Disse Michael

Eu apenas me apoiei no ombro de Michael e atentei meus ouvidos. Calum continuou dizendo:

- Era uma parte bem mais agitada do que hoje se encontra, tudo era...

*A mãe de Luke interrompe abrindo a porta*

- Querido, seu amigo Ashton está aqui em baixo esperando, diz ele que vocês o convidaram para dormir aqui.

- Mas eu nao dis...

- Foi eu!

Nao sabia que Calum tinha chamado Ashton para dormir aqui, surpreso novamente, porem feliz... Ashton é uma pessoa maravilhosa e está sempre procurando um jeito de nos animar.

- Só um momento, vou falar pra ele subir.

- Mas Calum, ele vai ouvir a sua historia também? Se quiser eu explico para o Luke depois.

- Quero que Ashton também participe dessa nossa "reunião", pois uma vez quando Luke seguiu você até floresta, foi ele quem refresco minha memória sobre você, mas ainda sim não tinha me tocado de quem era. Ele conhece muito bem a sua história e então pude entender o porquê de ter fugido naquela época.

Eu sem entender nada:

- Fugido?

Calum sai e trás Ashton para o quarto, ele estava diferente e muito engraçado. Até Michael se assustou quando viu:

- Que roupa é essa cara?

- Longa história, hoje minha tia teria que lavar roupas na lavanderia, eu não tinha o dinheiro pra pagar a minha roupa separada... e, então ela colocou todas as roupas juntas com a dela, e algumas peças de roupa vieram assim. Sorte dela que não tenho masculinidade abalada por qualquer coisa.

Estava Ashton todo de rosa

   - O pior é que eu pensei que esse tipo de tecido não pegava cor de outra roupa, mas sim ela conseguiu fazer com que minhas roupas ficassem dessa cor, enfim

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   - O pior é que eu pensei que esse tipo de tecido não pegava cor de outra roupa, mas sim ela conseguiu fazer com que minhas roupas ficassem dessa cor, enfim... VAMOS PARA O QUE INTERESSA!

Estavam todos segurando o riso naquele momento (Ashton era o símbolo de humor no nosso squad de amigos)

Ashton sentou ao lado de Calum e começamos a ouvir o menino Cal:

- Naquela época minha mãe estava estável, recuperando da morte de meu pai, e eu também. Naquela semana eu, por mais que fosse uma criança de 8 anos estava sofrendo muito, o recreio não era mais o mesmo, eu conseguia ver tanta felicidade no rosto de outras crianças, meu coração pesava e eu queria que aquelas pessoas se sentissem mal também, porque eu estava sofrendo e as vezes me perguntava "como alguém consegue ser feliz com outras pessoas destruídas e arruinada por dentro?" Perder meu pai foi uma das piores coisas, se não a pior que já me aconteceu. Como era triste chegar em casa, no silêncio, olhando para minha mãe... E dessa vez ela não me mandava ficar quieto, pois meu pai não estava lá para se incomodar com a bagunça feita por mim. Os dias na escola começaram sem um propósito. O fundamento era estudar e ajudar meu pai nos negócios. Agora, somente mais uma obrigação. Teve um dia que eu estava tão triste e lembrava muito de como ele era comigo, das brincadeiras, dos afetos e das risadas sem motivo. Meu pai era minha inspiração para tudo, hoje posso ver o espelho dele em minha mãe, mas nem sempre foi assim. As palavras de ódio de uma criança sempre saíram com um peso e culpa. Um pouco antes das férias de verão, eu já estava 50% recuperado da minha perda. Eu ainda estava incompleto e queria acabar com isso, eu pensava " se eu tirar minha própria vida talvez possa encontrar meu pai?" Eu sempre me perguntava isso, pois eu era uma criança indignada.

- Ah, Calum você ainda é uma criança...

- CALA BOCA ASHTON ELE TA CONTANDO A HISTÓRIA!!

- Tá bom Michael, calei.

Depois da intromissão, Calum continua:

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Depois da intromissão, Calum continua:

- Em uma sexta-feira, teriamos que ir em um acampamento pré verão, tínhamos que levar os pais, no caso eu queria levar o meu pai, todos estavam empolgados porque era um acampamento que ensinava técnicas de sobrevivência. Só comecei a chorar no canto escuro da sala, bem do lado onde ficava os armários. Chorava sem cessar, todos estavam lá fora, menos um que não percebi mas estava ao meu lado com um pequeno papel nas mãos, não fazia ideia de quem era aquele menino, parecia tímido e chorava também. Aquela foi a primeira vez que não me senti sozinho, ele olhou para mim e me perguntou o porquê do choro, logo disse que já não aguentava ver as pessoas felizes com sua família e eu tinha a minha incompleta. Logo ele olhou para mim e sorriu, me perguntou o que eu tinha feito semana passada no domingo no mesmo horário que estávamos, eu nao entendi, mesmo assim respondi " eu estava brincando com meu melhor amigo Luke, ele é de Melbourne e a gente se encontra todos os finais de semana, a casa dele é bem grande e adoramos fazer tudo juntos. O menino que chorava conseguiu rir e me perguntar mais sobre coisas que me faziam bem. Conversamos até minha irmã mais velha vir me buscar, aquela conversa tirou toda a raiva de mim, pois a cada intervalo um riso sincero escapava do seu rosto e parecia que nem tudo estava perdido, o motivo do meu ódio havia passado em apenas alguns minutos de conversa com um desconhecido. Depois de conversarmos sobre tudo sobre mim, chegou a vez de perguntar da vida dele, quem ele era e o porque de estar chorando, mas minha irmã havia chegado, de longe só pude ouvir seu nome, Michael Clifford.

 Depois de conversarmos sobre tudo sobre mim, chegou a vez de perguntar da vida dele, quem ele era e o porque de estar chorando, mas minha irmã havia chegado, de longe só pude ouvir seu nome, Michael Clifford

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Lover of Mine - MukeOnde histórias criam vida. Descubra agora