Eu sempre amei as férias... Quando eu estava em Pittsburgh. Eu achei esse período com o meu pai um verdadeiro porre. Eu não conhecia ninguém, não sabia aonde ir... ou seja:
Um porre.
Após uma semana em Los Angeles eu voltei a me exercitar por total influência de Rebecca. O quanto ela insistiu que "se eu aparecesse totalmente fora de forma na nova escola, nem o clube de xadrez me aceitaria" não está escrito. Estávamos no meio do verão já que, como é da ciência da maioria, o ano letivo por aqui se inicia em setembro.
Para a minha sorte, o condomínio em que eu morava tinha diversas áreas super úteis, mas pra mim o que realmente interessava era a academia e a quadra, onde eu poderia repassar os passos mais comuns de torcedora.
Infelizmente, um dos ônus que eu desenvolvi por conta do uso abusivo de drogas foi um sono totalmente desregulado. De início, eu dormia mais de doze horas por dia, contudo desde que cheguei em Los Angeles não conseguia dormir mais do que seis horas.
O ruim é que nem sempre era um sono direto. As vezes eu dormia duas horas e acordava, ficava uma hora desperta e dormia mais três ou quatro horas. Todos os dias acordava com as galinhas, mas pelo menos agora eu tinha uma ocupação que não consistia em chocolate e assistir Friends.
Ao raiar do dia eu corria por todo o condomínio. Voltava e esperava o horário da maioria das pessoas saírem para trabalhar para então eu fazer academia sossegada e usar a quadra.
Esqueci de falar que, graças a minha rotina sedentária, eu engordei facilmente, então eu realmente precisava de exercícios. Pra me abster de cair na tentação de procurar algum traficante durante meus momentos de ansiedade, eu me exercitava o dobro. As vezes até o triplo. Mas esses surtos estavam diminuindo gradativamente. Graças ao BOM DEUS.
Anthony sempre almoçava comigo. Ele dizia que nem sempre poderia garantir estar comigo no jantar devido o seu trabalho, porém no almoço sim. Aos poucos abaixei a guarda. Óbvio que não virei a filha do ano, mas eu refreava noventa porcento das respostas debochadas contra ele. Minha mãe me ligava quase todos os dias, assim como Rebecca, o que fazia eu não me sentir TÃO sozinha.
Também tínhamos uma governanta chamada Sylver, que era uma mulher que exalava maternidade. Assumo que, por estar longe da minha mãe, eu me apeguei muito a ela. Tínhamos outros funcionários na casa, mas não me identifiquei tanto quanto com Sylver.
Fiquei nessa rotina pacata cerca de três semanas até algo realmente interessante acontecer. Naquela época eu estava tão focada em voltar a ter minha resistência física e não procurar nenhum alucinógeno que eu particularmente não me preocupei em ter alguma interação social com quem não conhecia.
Eu já tinha minha habilitação provisória e iria pegar a definitiva em breve. Portanto, em uma segunda-feira mais que ensolarada, eu finalmente decidi estrear meu carro. Tinha acabado de terminar meu treino na academia, então vestia um short preto de ginástica que era de cintura alta, um top igualmente preto e uma blusa de frio verde limão amarrada na cintura.
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ME QUEIME DEPOIS DE LER
Teen Fiction+18 | Anne era a garota que tinha tudo que queria, isso ia desde ser a líder de torcida mais desejada, até mesmo ter todos os garotos na palma da sua mão. Só que nunca tinha se visto tão desafiada depois que conheceu Richard, o latino que roubava su...