Vinte e quatro

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Heroína ou a verdade?

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Heroína ou a verdade?

A verdade ou a heroína?

Era tudo o que se passava na minha mente. Eu não aguentava mais guardar tantas coisas dentro de mim, tantas frustrações. Eu estava a beira de um surto, mas um surto daqueles que fazem você ir parar na camisa de força.

Dois dias após a conversa com o Mike, o furacão Rebecca apareceu na minha porta. A Sylver, obviamente, não sabia de nada e a deixou sem me avisar. Eu adiantava a matéria escolar que havia perdido quando ouvi a porta do meu quarto abrir.

— Sylver, você sabe me dizer se a enfermeira vem hoje? Eu estou com muita dor de cabeça, mas não quero ficar me automedicando — eu escrevia no meu caderno em cima da minha escrivaninha, de costas pra porta.

Quando não ouvi resposta eu me virei. Encontrei uma Rebecca bem diferente da que eu conhecia. Estava sem maquiagem, seus olhos inchados indicavam que havia chorado e suas mãos estavam levemente trêmulas. Nos encaramos um bom tempo. Por fim, ela fechou a porta do quarto.

— Eu posso explicar — ela disse em um fio de voz, enquanto segurava o choro.

— Feche a porta ao sair — voltei a ficar de costas pra ela e a escrever no meu caderno escolar. Fingi escrever na verdade, porque eu já tremia de tanto ódio que sentia. Ver a Rebecca fez a minha raiva ir de zero a cem em questão de segundos.

— Anne, eu juro que...

— Pode explicar como vendeu a virgindade, a saúde mental e a saúde física da melhor amiga por cem mil dólares? — falei ainda de costas — essa explicação eu dispenso. Para o seu próprio bem, vá embora — eu já sentia todo o meu corpo pedir pra eu voar na garganta da Rebecca e enfiar minha caneta na sua jugular. Minha mente ecoava todos os tipos de xingamentos possíveis. Estava muito difícil me manter no mesmo ambiente que ela.

— Se você ouviu o Richard, então você também pode me ouvir. Eu não vou embora — isso foi demais.

Eu me arrependo de ter agido da forma que agi com ela, mas se fosse você em meu lugar, o que você faria?

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