Vocês sabiam que tem diferença entre as palavras Mãe, Mamãe e Maternidade?
Mãe é a mulher que deu à luz e/ou que cria um ou mais filhos. Mamãe é uma das inúmeras formas que os filhos se dirigem a suas mães. Já maternidade, que sinceramente é a palavra que mais me assusta, é o laço que conecta a mãe a um filho. Maternidade é o sentimento, o amor, o zelo. É calmaria em meio a tempestade, é cuidado perante assolações, é compreensão em meio a rebelião.
Eu posso resumir tudo isso que eu expliquei a vocês em um nome: Angeline.
Minha mãe, mais conhecida pelo nome Angeline, é um verdadeiro anjo pra mim. Nesse período, ela trabalhava em um hospital como médica pediatra, então sua rotina era bem diferente das demais mães. Infelizmente eu me assemelho muito pouco a ela, puxei apenas algumas de suas curvas.
A senhora minha mãe é de um tom de pele levemente moreno, cabelos pretos e olhos igualmente escuros. Sua pele emite um tom que as vezes parece ser dourada. Ela é a mulher mais linda que eu conheço. Morávamos em uma casa muito boa perto do centro da cidade.
A relação com a minha mãe se deteriorou a cada final de semana desde que Richard entrou em minha vida. Assumo que eu era a "filhinha da mamãe" não exclusivamente no sentido de mimada, mas porque tudo o que eu fazia era de acordo com a minha mãe. Sempre que havia alguma festa na casa dos meus amigos, eu passava o endereço, falava o horário de sair e voltar. Nunca havíamos tido problemas de confiança, porque acima de tudo havia respeito entre nós duas, além de sermos melhores amigas, éramos nós contra o mundo.
Infelizmente, esse caos me tirou isso.
Pouco a pouco eu fui me afastando dela. Deixei de contar meu dia a dia, deixei de compartilhar minhas angústias e o principal: deixei de ouvi-la. Ela me aconselhou acerca do Richard por diversas vezes, mas na minha mente imatura era porque "ela não queria me ver feliz".
Passamos a brigar horrores e o tal respeito começou a se esvair. Comecei a notar que ela não me olhava mais com admiração, mas com decepção.
O dia da morte do Brian foi o estopim pra muita coisa e eu conseguia sentir isso durante a minha caminhada da escola até a minha casa. Quando entrei na minha rua, eu sabia que não conseguiria encarar o olhar de nojo que ela lançaria pra mim e já estava pronta para soltar diversas frases como "não enche, não é da sua conta, me deixa em paz", mas quando cheguei na porta de casa e olhei nos olhos da minha mãe não havia nojo, desprezo ou decepção.
Apenas medo.
O olhar dela me acalentou de um jeito que a minha única ação foi correr para os seus braços como uma criança.
Ela prontamente me abraçou, me puxou pra dentro de casa e trancou a porta atrás de si. Com aquele abraço ela conseguiu me transmitir todo o significado do que é maternidade. Não haviam julgamentos, não havia ódio.
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ME QUEIME DEPOIS DE LER
Ficção Adolescente+18 | Anne era a garota que tinha tudo que queria, isso ia desde ser a líder de torcida mais desejada, até mesmo ter todos os garotos na palma da sua mão. Só que nunca tinha se visto tão desafiada depois que conheceu Richard, o latino que roubava su...