+18 | Anne era a garota que tinha tudo que queria, isso ia desde ser a líder de torcida mais desejada, até mesmo ter todos os garotos na palma da sua mão. Só que nunca tinha se visto tão desafiada depois que conheceu Richard, o latino que roubava su...
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Quem diria? Annelise Steinfeld, em Los Angeles, animada pra sua festa de 17 anos.
Eu nunca fui uma pessoa que gosta de comemorar aniversário e sinceramente pensei que só ficaria ansiosa pra a minha maior idade, porém eu fiz tantos amigos em tão pouco tempo que eu não conseguia imaginar comemorar essa data sem uma baita festa.
Mas enfim, vamos voltar a ordem cronológica da minha vida. Comparada a primeira semana, o resto do mês que se seguiu foi monótono.
Percebi que Michael e Margot não sentavam mais juntos na escola. Na verdade, mal se falavam. Ele sentava na mesa atrás de mim para ficar ao lado do Danny, porém era como se não nos conhecêssemos.
Desde a nossa última conversa, Michael fez questão cumprir o que eu havia pedido: sumir da minha vida. Obviamente que eu tinha que vê-lo todos os dias durante as aulas, mas ele me ignorava tão bem, que era como se ele realmente tivesse sido abduzido. Minha atitude não era muito diferente da dele, já que eu também fingia que ele não existia.
Nos intervalos e aulas vagas ele sumia e eu ouvia o pessoal comentar que ele estava enfiado em alguma sala vazia, enquanto pegava alguma garota aleatória. O que, mais uma vez, facilitou a minha missão em fingir que ele nunca passou de algo puramente carnal e sexual.
Nesse mês eu iniciei meu acompanhamento psicológico. De início, eu só falava e a Dra. Amélia me analisava, mas uma semana antes do meu aniversário ela me jogou uma bomba.
"Enquanto você não se desprender dos eventos passados, você será um ser humano incapaz de amar sem ferir"
Aquilo soou como um absurdo naquele momento. Me confrontou e reabriu uma parte da ferida que eu lutava a muito tempo pra fechar (e fingir que ela não existia). Naquele momento, foi inconcebível fazer o que eu estou fazendo aqui com vocês.
Também iniciei o trabalho voluntário aos sábados de manhã. Eu optei por um hospital de tratamento de câncer infantil. Me deixava lúcida o suficiente pra não querer ter uma recaída e valorizar a vida que eu tenho. Eu sei... ok? Trabalho voluntário é pra você ajudar, mas eu também precisava ser ajudada! Nós brincávamos, nos fantasiávamos, eu lia história de forma dramática a elas e pouco a pouco encheram o meu coração de amor. Toma essa, Dra. Amélia! Estou amando sem machucar ninguém.
Anne 1. Dra. Amélia 0.
Outro fato que aconteceu nesse mês foi que eu comecei a ficar esporadicamente com o Ethan. Ele era atencioso e tudo o mais, mas sinceramente? Eu não tinha desejo por ele o suficiente pra transar. Era mais pegação e das leves. Não tínhamos nenhum acordo de exclusividade também, sem contar que ele fumava comigo e de viciado em nicotina já basta eu.
Fui a algumas festas do Danny acompanhada do Ethan. Sentia o olhar do Michael em mim, mas sempre que eu o olhava ele estava se atracando com uma menina diferente.
