Vinte e três

726 189 127
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sexta-feira

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sexta-feira.

Sete dias.

Esse foi o tempo exato em que eu me droguei enlouquecidamente no flat do Richard.

Comi e bebi algumas vezes porque ele me forçou. No sétimo dia, quando acordei, Richard falou que não aguentava mais ver aquilo e que iria atrás do meu pai se eu não parasse.

Vocês acreditam que ele jogou fora o que eu ainda tinha de droga? Quem diria, ein? O cara que arruinou minha vida, agora estava me ajudando.

Me dirigi ao seu banheiro, nem lembrando quando tinha sido a última vez que eu tinha tomado banho. Levei um breve susto ao me encarar no espelho. Meu rosto havia assumido um formato mais esquelético, minhas bochechas não tinham mais um tom rosado, olheiras roxas estavam abaixo dos meus olhos e meus lábios estavam rachados e sem cor.

Tomei mais um choque quando olhei a extensão do meu corpo embaixo do chuveiro. Tinham marcas arroxeadas do furo da agulha por todo o meu braço e eu também conseguia ver nitidamente os ossos do meu tórax.

Ao me observar comecei a chorar incontrolavelmente. Estava tudo tão confuso... por que eu não me sinto melhor? Eu usei! Usei muita droga! Mas a dor não passava. Muito pelo contrário, parecia que eu tinha intensificado ainda mais toda aquela situação.

O que eu estava fazendo? Por que eu tinha me entregado? Da última vez eu me sentia sozinha, mas agora? Eu tinha amigos, tinha um pai que me amava da forma dele, tinha um namorado perfeito... mas eu deixei minha parte sombria me dominar novamente. E dessa vez foi por tão pouco...

Anne 2.
Dra. Amélia 3.

Richard me emprestou (deu na verdade, porque eu não vou procurá-lo pra devolver) um short e uma camiseta dele, já que eu não tinha sequer levado uma troca de roupa pra lá. Sussurrei um "adeus", peguei as chaves do meu carro, meu celular descarregado e fui rumo ao meu carro.

Quando cheguei em casa, Sylver me recepcionou com a cara mais assustada do mundo. Realmente, eu não devia estar em um dos meus melhores dias. Tomei outro banho, mais como um refúgio do que pra me limpar. Ao sair, sequei as lágrimas dos meus olhos e religuei meu celular. Haviam diversas mensagens dos meus amigos da escola, do Mike, dos meus pais e... da Rebecca. Mandei uma mensagem pra Anthony e o avisei que já estava em casa.

ME QUEIME DEPOIS DE LER Onde histórias criam vida. Descubra agora