Sydney Parker nunca ficou no topo do mundo. Sempre com suas roupas largas, o cabelo escondendo o rosto e a língua afiada afastando qualquer contato. A única coisa que a faz feliz é patinar.
Mudar de escola não vai ser exatamente sua grande chance. V...
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As bolhas sobem e desaparecem no topo do liquido dourado. A banda com seus violinos e violoncelos entediando minha mente já morrendo de tédio. Eu sempre ouvi a música clássica, mas para quem é obrigado a ouvi-la, pode se transformar em apenas sons monótomos.
Infelizmente a festa é obrigatória, tão obrigatória quanto aos cumprimentos de Christian a qualquer homem com um charuto entre os dentes e o terno de oito mil dólares. Uma festa para patrocinadores. Me imagino nos Jogos Vorazes, procurando o que vai me deixar sobreviver.
Com os passos lentos e orgulhosos a forma bruta em um terno vem em minha direção imitando os homens que ele tanto quer impressionar.
—Essa é a sua segunda garrafa, tem certeza de que vai aguentar até o final da noite?—Ele diz pegando a garrafa de champanhe na mão e balançando suas ultimas gotas.
Eu pego minha taça dourada a bebo tudo em um gole sem dificuldade nenhuma.
—É sem álcool. Você realmente pensou que eles iriam arriscar que um de seus atletas ficasse bêbado e estrague a imagem da CINAI?
Com uma risada baixa, Christian coloca a garrafa novamente na mesa e se senta na cadeira ao meu lado.
—Não seria tão ruim, pelo menos iriamos nos divertir um pouco—Ele pega a garrafa colocando mais liquido dourado em minha taça e com um movimento rápido, derrama um liquido marrom—Um presentinho.
Eu sorrio com a piscada que ele mandou imediatamente após o ato criminoso.
—Não acredito, que até em uma festa formal você arranja algum jeito de usar calça.
O meu macacão preto foi o mais confortável que eu consegui ficar e mesmo assim formalmente seguindo as ordens de vestimenta.
—Você não tem bilionários para impressionar?—Uma tentativa de mudar o assunto da conversa.
—Eles são fáceis de impressionar, eu prefiro um desafio—ele me empurra levemente com o ombro indicando o tão chamado desafio.
—Você não precisa me impressionar—tomo um gole da falsa champanhe misturada com o whiskey barato colocado alguns segundos antes. O gosto amargo me faz formar uma careta feia com a queimadura em minha garganta e o garoto ao meu lado apenas adiciona mais.
—Claro que preciso.
Com um sorriso leve ele me encara. Sem parar de me olhar, apenas apreciando os pequenos detalhes de minha pele. Do exato jeito que me analiso no espelho, vendo cada pedaço, mas ao contrário de mim, ele não procura por falhas.
Depois de um tempo, pela a porta entra os cabelos loiros perfeitamente alinhados para trás com alguns quilos de gel causando os olhos verdes revirarem imediatamente. Chrisitian se levanta empurrando propositalmente os ombros de meu namorado.
—O que ele estava procurando?—Jackson chega com um leve selinho.
—Apenas alguém para irritar—uma mentira parcial. Ele realmente estava procurando me irritar, mas por algum motivo eu não sinto nem um pingo de irritação.