Sydney Parker nunca ficou no topo do mundo. Sempre com suas roupas largas, o cabelo escondendo o rosto e a língua afiada afastando qualquer contato. A única coisa que a faz feliz é patinar.
Mudar de escola não vai ser exatamente sua grande chance. V...
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Eu paro para descansar em uma árvore enquanto praticamente me encharco de água e sinto minha respiração desregulada, a música se repete pela décima vez em meus ouvidos.
—Eu não sabia que você conseguia correr tão rápido—eu escuto a voz ofegante de Jacob—Suas pernas curtas não fazem jus a sua velocidade.
Com o meu pulmão ainda precisando de oxigênio eu olho desacreditada para meu irmão dando um tapa em seu ombro.
—Eu não sou rápida, você que é lerdo—com essa frase eu continuo a correr.
—Eu jogo futebol americano, eu não sou lerdo—eu o ouço gritar quando já estou a alguns metros dele me fazendo rir.
Diz o garoto que está perdendo para a irmã mais nova. Eu geralmente corro sem companhia, mas com a viagem chegando Jacob implorou que fosse comigo.
Meus irmãos nunca gostaram de despedidas emocionais, sempre apenas algumas palavras e abraços. O máximo de emoção que eu já recebi foi Dean demorar alguns segundos a mais me abraçando.
Eu já viajei para várias competições, a diferença é que desta vez minha mãe não conseguiu se infiltrar em meu avião. Me manter em forma é extremamente importante, minha mãe sempre disse que atleta engorda três vezes mais rápido do que alguém "normal". As fontes são duvidáveis, mas no geral acredito em suas palavras.
Ao chegar em casa vou imediatamente para a escola sentando na cadeira de química enquanto sinto cada célula do meu corpo doer e se aliviar com o ar condicionado diretamente em minha pele.
Ao sentir aquele doce vento gelado eu suspiro de prazer, eu sempre gostei de gelo.
Mas de repente a minha pele para de ser refrescada quando um corpo musculoso entra na minha frente. Eu sei quem é mesmo sem abrir os olhos, o perfume forte pode ser reconhecido em qualquer lugar.
Meu rosto deve ter se tornado uma careta de decepção pois logo em seguida sinto o vento em meu rosto novamente.
Abro metade de um olho para encontrar Christian em uma bela posição contorcida a minha frente.
Ao ver minha espiada ele volta a se sentar corretamente e eu rio de sua tentativa de fingir não querer me agradar.
Eu retiro os fones de ouvido e as mãos fortes imediatamente os pegam escutando a música clássica, nesse movimento simples nossos dedos se tocam por uma pequena fração de tempo, mas que parece ter sido muito mais longo.
—Sério isso? —ele retira a música de seu cérebro e faz uma careta de nojo.
—Eu preciso treinar—eu falo guardando meu celular na mochila.
—Eu acho que você já treinou o suficiente, daqui a pouco você vai criar penas—com isso ele dá um peteleco em meu ombro como se estivesse afastando uma sujeira e mesmo com aquele pequeno incomodo de um peteleco eu espero que mais alguma poeira caia em meu ombro.