Sydney Parker nunca ficou no topo do mundo. Sempre com suas roupas largas, o cabelo escondendo o rosto e a língua afiada afastando qualquer contato. A única coisa que a faz feliz é patinar.
Mudar de escola não vai ser exatamente sua grande chance. V...
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Eu juro que está é a décima vez seguida que pegamos o sinal vermelho, é como se o mundo não estivesse me deixando chegar em paz. As ruas não estão cheias, mesmo assim os semáforos decidem fechar bem na nossa hora, isso está cansando Bryan e o quanto mais nervoso ele fica, mais tensa eu fico.
O aeroporto não é muito longe da minha casa, o caminho está demorando muito mais do que o normal. Geralmente chegaríamos em dez minutos, mas o tempo está sendo multiplicado por três.
—Cacete, Syd. Que horário ótimo para viajar, hein? —Bryan diz no volante e esfrega os olhos com sono.
—Olha a boca! —minha mãe bate em seu ombro com a mão livre e na outra traga mais uma vez de seu cigarro, saindo aquela fumaça branca toxica da nicotina e das palavras de minha mãe.
—Querida, tem certeza de que pegou tudo? — minha mãe fala comigo e atrás dela eu percebo Jacob fazendo uma imitação de seu "mimo"
—Sim, mãe—eu apenas sorrio para minha mãe e mandou o dedo do meio com os olhos para o meu irmão, uma arte que aprendi com os anos sendo torturada por meus irmãos.
Depois de praticamente todos os semáforos fechados finalmente chegamos no aeroporto com uma hora adiantados.
Entro na fila para despachar minhas bagagens e mando uma mensagem para a treinadora dizendo que cheguei , sua resposta vem praticamente imediatamente:
Estamos na sala de embarque, amor.
Eu olho para trás encontrando meus irmãos todos deitados nos bancos e praticamente babando de sono. O Logan é o único acordando e ele acena em minha direção com um sorriso acolhedor no rosto.
Depois de tirar o peso de minhas mãos eu vou na direção deles e decido tirar um peso das costas de minha família.
—Vocês não precisam ficar aqui. Sei que está tarde—os olhos de meus irmãos se abrem lentamente e eles acordam como zumbis—A gente se despede aqui e eu faço o resto sozinha.
Meus irmãos não gostaram muito da ideia, mas minha mãe não pensou duas vezes.
—Ótimo, querida. A gente te ama muito, ok? —ela pega suas bolsas e me abraça com uma mão só. O cheiro de cigarro em seu casaco é tão forte que mal consigo respirar—Quando chegar na sala come alguma coisa light, sem calorias, ok? Mamãe te ama.
Depois dessas palavras ela deixa um beijo estalado em minha testa e se afasta dando espaço para o resto de minha familia. Mesmo meus irmãos não gostando de despedidas emocionais, sei que eles sentirão minha falta, ao contrário de minha mãe que sinto como se estivesse sendo forçada a fazer isso.
Ás vezes seu amor materno que deveria ser involuntário, parece ser totalmente voluntário.
—Jack Frost, congele seus adversários por mim—Logan me da um longo abraço e beija o topo de minha cabeça.