Capítulo 11

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Comando de Operações e Defesa Aeroespacial (C.O.D.A.)

Tempo transcorrido após o primeiro contato: 72h

- Boa noite, Dra. Barnett. Até amanhã!

- Boa noite, Carol. Bom descanso.

- Tô indo nessa, Erika. Vai ficar?

- Vou ficar mais um pouco, Janet. Em seguida estou indo.

- Ok. Nos falamos amanhã então. – E as portas do elevador se fecham, dando finalmente a chefe do setor a privacidade que ela queria.

Ao certificar-se de que ninguém mais estava presente, ela acessa o programa de monitoramento do satélite observatório CICLOPE. Após logar e passar por algumas etapas de verificação de segurança, a engenheira acessa o sistema do equipamento.

"Acessar histórico de gravação de CICLOPE. Coordenadas inseridas. Vamos ver o que nosso alien invasor estava procurando."

Em instantes o monitor exibe a imagem correspondente às coordenadas informadas. Um terreno deserto e árido, com algumas poucas plantas rasteiras e alguns arbustos secos e espinhosos crescendo aqui e ali. Alguns caminhões e escavadeiras abandonadas, uma longa esteira que corta todo o terreno e some no interior de uma rocha. Duas construções de madeira de dois pisos já destelhadas. Definitivamente uma mina abandonada.

Erika digita as mesmas coordenadas em uma janela diferente e aperta ENTER. Milhares de informações brotam em sua tela.

"UR-39. Uma área de extração de urânio. Funcionou de 1967 até 2009. Após seus recursos se esgotarem, a mina foi fechada. O governo adquiriu todo o terreno quatro meses depois"

"- Um campo de testes talvez?"

- Mas não faz sentido. Por que ele viria de tão longe atrás de uma mina abandonada...? – A doutora se joga para trás, afundando na cadeira. Seus olhos fitando o monitor. – Vamos tentar isso.

Após alterar a configuração da pesquisa, o espectro das imagens reproduzidas muda. Emissões de energia de todos os tipos passam a ser detalhadas no monitor. Um gráfico em especial chama a atenção da doutora.

- Altas concentrações de temblórium. - Um sorriso jocoso se abre nos lábios de Erika. - Parece que descobrimos o local onde o meteoro está escondido! Muito inteligente, Sr. Presidente.

Abrindo uma terceira janela em sua tela, ela faz com que o programa exiba todas as gravações realizadas pelo satélite no último ano daquelas coordenadas.

- Trinta horas de gravações?! Erika joga sua cabeça contra o teclado. - Lá se vão meus planos para hoje. - Desanimada, a engenheira toma um gole de seu café e se afunda ainda mais em sua cadeira, finalmente iniciando a reprodução das gravações.

Duas longas horas se passam e, após inúmeras canecas de café, quando Erika já achava que sua investigação não daria em nada, em uma imagem à noite, um caminhão militar deixa o interior da mina abandonada junto de um comboio de carros de combate.

"- Achei! Então temos atividade militar nas minas! Definitivamente é aqui que é feita toda a extração de temblórium."

A cientista se levanta e com as pernas joga a cadeira para trás, que desliza até encostar na parede. Erika imprime a foto e acelera a reprodução das imagens, sempre parando as gravações e imprimindo uma fotografia quando o mesmo comboio de carros e caminhões entravam e saiam da mina. Em três anos, o mesmo comboio entrou e saiu das profundezas das minas quatro vezes.

"- Um comboio desse tamanho, com veículos de combates pesados é coisa séria... Um pouco demais apenas para extrair e extrair nosso tão valioso metal? O que será que estão protegendo?"

Armacell - Primeiro ImpactoOnde histórias criam vida. Descubra agora