New Chances - SaiDa. 2ª temporada

45.

"Dizem que numa relação um sempre ama mais que o outro... Ah, meu Deus! Quem dera não fosse eu"
— Antes que termine o dia
.
música do fim do capítulo:
Heart like yours — Willamette Stone

[...]

POV DAHYUN

— Chaeyoung, por favor, para com essa merda! – tentei pegar o copo da mão da garota, que fez questão de desviar e continuar andando pelo quarto, sorvendo mais um pouco de bebida alcoólica.

— Não, Dubs. Não vou parar! – ela deu um gole maior e quase caiu pro lado.

Chaeyoung havia acabado com uma garrafa de vinho meia hora atrás.

— Olha pra você! Se acabando de beber em dia de semana por causa de uma garota! Sinceramen-

— Não é qualquer garota! – veio pra perto de mim e me calou com seu dedo indicador — Eu até acabei de fazer poema pra ela. Quer ouvir?

Empurrei sua mão da minha boca e fiquei quieta afim que ela falasse o poema.

— Rosas são vermelhas, violetas são azuis, a Mina é uma filha da puta, eu tomei no cu.

— Credo, isso foi horrível! – dei uma breve risada e a fiz sentar na cama assim que a vi tropeçar no nada.

— Bebe comigo! – gritou e puxou a garrafa quase vazia do chão, passou o braço pelo meu pescoço e colocou o gargalo da garrafa perto da minha boca.

— Não, dessa vez eu passo – afastei a garrafa cuidadosamente.

— Ok, você é uma falsa bro, comprovado! – me empurrou da cama me fazendo ficar de pé outra vez.

— Acho que já ouvi isso em algum lugar... Chae, precisa parar de beber, 'ta legal? – suspirei observando o estado da garota.

Chae deitou na cama de forma desajeitada, soltou a garrafa no chão que caiu e começou a derramar o líquido no chão. Corri rapidamente pra levantar a garrafa tentando salvar um pouco do tapete, enquanto bufava sem paciência. Com certeza é assim que minha amiga se sente quando cuida das minhas bebedeiras.

Ela estava de barriga pra cima e cantando a música que colocou no rádio bluetooth.

— Você precisa sair desse quarto e respirar um pouco.

— Não! Eu juro, Dahyun, eu quero me enterrar na areia do gato da Sana! – rolou na cama como uma criança — Odeio toda essa merda de amor!

— Tem certeza que quer terminar? Vocês podem conversar quando se acalmar e tirar esse álcool todo...

— Não! – falou como uma criança.

— Não seja teimosa... Te deixo sem mingau hoje – brinquei e sentei na beira da cama — Não cogitou a ideia de relacionamento a distância?

— E você acha que isso funciona? Acha que posso ficar com alguém que mente pra mim? – levantou desengonçada na cama, e sentou se apoiando em mim.

— São duas perguntas diferentes – dei de ombros — Você teria aceitado melhor se ela tivesse te contado antes?

— Eu faria ela ter os melhores últimos meses aqui no Japão se ela tivesse contado! – fez cara de bobona apaixonada e pareceu viajar — Mas não! Preferiu me enganar – arrumou seus cabelos bagunçados sem coordenação direito — Sana não te contou nada?

— Não. Como eu te disse é uma lembrança vaga...

— Cuidado! – me alertou como se estivesse vendo algo, me assustando um pouco — Talvez ela vá embora com a Mina.