09.

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"As nossas digitais não se apagam na vida das pessoas que nós tocamos."
— Lembranças.

[...]

Demorei pra pegar no sono depois da conversa com Dahyun. Não aconteceu nada de tão importante, fomos apenas duas pessoas estranhas conversando... Mas o fato dela ter quase me beijado, ou só me provocado pra que eu pensasse isso, tinha deixado meu corpo em transe e em alerta ao mesmo tempo.

Eu estava queimando. Eu estava agoniada. Eu estava com medo outra vez do que senti.

Eu não deveria ter ficado a noite inteira pensando nisso, mas foi exatamente o que aconteceu.

Pela manhã fui acordada pelos barulhos nos quartos do lado e nos corredores. Fazia tanto tempo que eu não dormia com elas e na casa delas que até esqueci o quanto elas eram barulhentas.

De repente Momo entrou afoita no quarto.

— Sana, bom dia! – ela foi direto na direção do guarda-roupa e começou a vasculhar as roupas — Estou atrasada!

Verifiquei meu celular e arqueei a sobrancelha.

— Não, não está. Falta mais ou menos trinta minutos ainda.

— Eu sei, mas não importa o que acontece eu sempre me atraso pra tudo!

Não consegui deixar de sorrir, levantei, fui em sua direção e baguncei seus cabelos o que a fez sorrir pra mim. Logo segui pro banheiro para os afazeres matinais de sempre e para trocar de roupa. Na saída do mesmo encontrei com Chaeyoung. Sua feição de sono era uma das coisas mas fofas que eu já tinha visto.

— Bom dia, Saninha – falou preguiçosa, se apoiou no meu corpo e me deu um abraço.

— Acordou carente? – retribuí o abraço, sem jeito.

— Culpa da sua melhor amiga – me largou e entrou no banheiro — Me lembre de nunca mais beijá-la – gritou lá de dentro.

Mina tinha se encontrado com Chaeyeong as escondidas então? Porque ela não havia me contado nada sobre isso? Na verdade ela nem tinha falado comigo no dia anterior.

Tentei ignorar os pensamentos e as perguntas até então sem resposta. Assim que entrei na cozinha Somi empurrou o sucrilhos na minha direção.

— Sirva-se! – falou de boca cheia.

Me sentei, mas não estava com fome, eu nem queria ter que ir para a aula (de novo).

— Dormiu bem? – perguntou ainda comendo.

— Como um bebê – menti — E vocês?

— Vocês? – ela quis rir.

— É, ou você acha que eu não consegui escutar? – arqueei a sobrancelha.

— É que a Momo odeia quando eu sou desobediente...

— Me poupe, estamos apenas no café da manhã! – fiz uma careta enquanto ela dava uma gargalhada.

Momo desceu e nos encontrou na cozinha.

— O que eu perdi? – ela sorriu quando observou Somi rindo.

— Que você pune a Somi quando ela não te obedece – segurei o riso quando o rosto da Momo ficou totalmente vermelho.

— V-Vamos logo pra aula! – ela ajeitou a mochila no ombro e saiu.

— Nós vamos como? – levantei e Somi também, então seguimos para fora da casa.

— Dahyun vai nos levar.

New Chances - SaiDa. 2ª temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora