New Chances - SaiDa. 2ª temporada

51.

"Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."
— Orgulho e Preconceito
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música do capítulo:
IDK you yet — Alexander 23

[...]

Eu não respondi nada, mas Dahyun se levantou animada, pegou uma mochila e abriu o guarda-roupa jogando as roupas lá. O que me convenceu a fazer o mesmo, sem nem saber o porquê.

Quando vi já estava do lado de fora, com Dahyun jogando minha mochila no porta-malas.

— Você pegou aquela lanterna grande que pedi? – Dahyun perguntou quando entramos no carro.

— Peguei. Coloquei no banco de trás – coloquei o cinto.

— Ótimo – ela deu um sorriso gigante e deu a partida no carro.

O que será que ela ia aprontar dessa vez?

Por causa da nossa discussão da manhã eu não falei nada pela estrada e Dahyun também não, mas quando começamos a passar por um caminho estreito cheio de árvores arqueei uma sobrancelha pra ela.

— O que? – me olhou rapidamente e depois voltou com sua atenção pra estrada.

— 'Ta perdida?

— Não? – riu — Você nem me perguntou pra onde estamos indo.

— E preciso? Não importa o lugar pra onde eu vou, se estou com você sei que vai ser bom.

Seu sorriso ficou doce e a vi suspirar. Era impossível ficar brigada com ela por muito tempo.

— Olha me desculpa pela forma como falei com você... – toquei sua perna — Apesar de achar sua atitude infantil, eu sou a merda de uma viciada, eu fiquei nervosa por isso, por não ter mais remédios. Não sei como vai ser...

— Eu entendo, amor. Nós vamos dar um jeito nisso. Juntas... – segurou minha mão e a outra continuou no volante — Mas, e se fosse um sequestro?

— O que?

— Se eu estiver te sequestrando agora, ainda assim não vai perguntar onde estamos indo? Pra poder passar a rota pra polícia?

— Quem disse que você me sequestrar seria ruim? – dei risada fazendo com ela desse risada também.

— Então considere um sequestro.

Demoramos mais alguns minutos e Dahyun finalmente estacionou. Eu não conseguia ver nada ao redor porque já estava meio escuro, devia ser umas seis e meia da tarde.

Ela esticou o braço e pegou a tal lanterna que me pediu. Saiu do carro, foi até um portão com cadeado, abriu e voltou pro carro.

Depois que entramos no terreno cheio de árvores e pouco iluminado, Dahyun segurou minha mão, e começou a falar.

— Bem vinda a casa de campo do meu pai. Ele pensava em mudar pra cá com a gente, mas depois do acidente de anos atrás, desistiu.

Andávamos devagar com a luz forte da lanterna.

— É um péssimo horário de te apresentar a casa, mas é aquela – ela sorriu e apontou a lanterna pra um pouco longe, e eu consegui ver a casa grande — O andar de cima não está totalmente terminado e tal, mas prometo que de manhã te levo lá, o meu objetivo hoje é aqui fora mesmo. Vamos acampar.

— Hoje?! No meio da semana?

— Não existe dia pra eu fazer as coisas.

— Claro que não. Você é Kim Dahyun – dei uma risada baixa — Mas por que me trouxe exatamente aqui?