RAINHA DO JOGO

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LAUREN

Cheguei pontualmente no horário em que havia combinado com Taylor, sendo recepcionada por ela com abraços longos e calorosos, estes que logo foram direcionados a outro convidado. Em sua sala de estar já estavam algumas outras pessoas, todos conhecidos, estes nos quais eu cumprimentei brevemente por não possuir intimidade suficiente com nenhum deles.

- Onde eu posso deixar isso aqui? – Elevei meu braço, balançando ao ar a garrafa de bebida que eu havia trago para aquela pequena festa.

- Pode deixar que eu fico responsável por isso. – As mãos de Austin envolveram o objeto, o puxando de mim, sorrindo em simpatia.

Minha melhor amiga aparentava estar ocupada conversando com as outras visitas, afobada em sua distribuição de atenção entre elas, me deixando um pouco mais afastada por saber que eu já sou de casa e não preciso me sentir amuada ou tímida por não estar devidamente acompanhada. Não me importo de ficar um pouco sozinha.

- Aqui está, uma dose de sua própria bebida. – Austin se aproximou, me oferecendo um copo descartável com uma dose do liquido alcoólico que eu havia trago. – Saúde. - Sorriu antes de beber, virando uma quantidade considerável de uma única vez. Acompanhei seu movimento, mas degustando apenas de um pequeno gole.

Como Taylor ainda parecia entretida demais em sua conversa com um casal de amigos que estudam junto de nós na faculdade, me permiti aproveitar da companhia agradável de seu primo que sempre foi muito simpático e atencioso comigo. Conversávamos entretidos sobre um assunto completamente aleatório referente a um caso engraçado que foi noticiado no dia anterior, desviando minha atenção dele, elevando meu olhar por cima de seu ombro apenas quando a vi adentrando o ambiente, prendendo, instantânea e surpreendentemente, meu olhar em seus profundos olhos castanhos que cintilavam fixos aos meus.

Nunca havia a visto antes, mas sua fisionomia não me era estranha.

Algo externamente a mim, como uma força maior que me impossibilitava de agir de maneira contrária a que eu estava fazendo naquele exato momento, me obrigava a observar, muito sem jeito, passar as mão em seus cabelos, aparentemente nervosa, como se estivesse se arrumando. Em vão, pois se era essa sua intenção, não tinha como ela ficar ainda mais linda.

A mulher aparentava estar desconcertada com a maneira que eu a encarava, mas eu era incapaz de desviar, sentindo uma ânsia, avassaladoramente curiosa e necessitada, me preencher. Algo em seu jeito tímido, inexplicavelmente, me instigava.

Havia me desligado o suficiente para me esquecer completamente da presença do homem ao meu lado, este que dava continuidade em uma conversa que eu já nem sei mais do que se tratava. Lhe lancei um olhar extremamente rápido, soltando uma risada forçada, seguida de algumas palavras que não mais condiziam com o assunto que ele balbuciava, já que minha atenção estava voltava exclusivamente naquela mulher. Me sentia estupidamente impossibilitada de desgrudar o olhar dela. A observava confusa, presa em seu jeito encantador, tentando adivinhar da onde surgia o poder que dela emanava e que me fazia ficar tão hipnotizada em seus movimentos.

Algo nela me intrigava e despertava em mim uma necessidade incomum de me aproximar, de ter algum contato, de saber mais sobre ela.

Austin, dessa vez, se tocou que eu já não lhe dava a mínima atenção, e seguiu meu olhar para entender o porquê de minha desatenção momentânea.

O encarei para ter certeza de que ela não era uma miragem minha e de que ele estava vendo exatamente o mesmo que eu. Percebi que sim, quando em seus lábios se formou um grande sorriso. O homem a olhou de cima a baixo, a deixando visivelmente constrangida, e eu tive que me segurar para não murmurar xingamentos contra ele por aquele ato indecente. Não que eu não estivesse fazendo o mesmo.

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