Destiny Choices

PRIMEIRA VEZ

LAUREN

Confusa.

Me sentia completamente confusa.

Olhava fixamente para Camila parada em minha frente e não conseguia decifrar o seu olhar, por mais que tentasse. Suas pupilas estavam dilatadas de uma maneira que eu nunca vi antes e seu corpo, mesmo que imóvel, evidenciava sua pele em extremo fervor ao se tornar avermelhada.

- Está brava comigo? – Arqueei as sobrancelhas ao perguntar, sentindo meu corpo formigar por baixo de seu olhar demasiado intenso.

- Lauren, cala a boca. – Foi totalmente ríspida em sua resposta, o que me deixava ainda mais perdida em suas intenções. Está se tornando tão comum minha necessidade de ser capaz de a ler, de a entender, mas quanto mais eu tento tal feitio, mais falho miseravelmente.

Se aproximou um pouco mais de mim, repousando uma de suas mãos firmemente em meu ombro, me empurrando para trás. Minhas costas foram obrigadas a procurar o encosto do sofá, se chocando contra ele. Franzi o cenho ao a olhar parar em minha frente, tentando decifrar o que estava acontecendo e reagir de alguma maneira ao inexplicável de suas ações. Sem eu esperar, Camila passou cada uma de suas pernas pela lateral do meu corpo, se sentando em meu colo.

Não consegui me mover e por mais que eu quisesse a tocar, minhas mãos não encostaram em seu corpo. Eu estava supresa demais para conseguir ter alguma reação.

- Camila, eu... – Fui impedida de falar por seu indicador que pairou sobre minha boca entreaberta. Não relutei ao seu pedido, sentindo seu toque se tornar mais intenso, puxando meu lábio inferior com seu movimento lento.

- Lauren. – Ofeguei um pouco mais pesado do que deveria sentindo sua respiração extasiada soprar contra o meu rosto. – Me beija. - Meu coração errou as batidas ao ouvir aquelas palavras saindo de sua boca.

Não sei o que causou esse querer repentino e incontrolável nela, mas com certeza, irei descobrir para fazer de novo, em breve.

A olhei diretamente nos olhos, encontrando nos seus, de pupilas dilatadas, um o desejo totalmente reciproco, enquanto os meus a demonstravam meu entendimento tardio. Assimilação suficiente para me fazer recobrar o controle de meu próprio corpo, passeando minhas mãos por cima de sua roupa, apertando meus dedos em sua cintura, a puxando para mais perto de mim.

- Não precisa pedir duas vezes. – Sussurrei, permitindo meus olhos caírem fixos em sua boca.

Enlacei um de meus braços em volta de seu quadril, a abraçando, chocando seu corpo contra meu. A mão de meu braço livre deslizou por suas costas, acompanhando todo a extensão de sua coluna até meus dedos alcançarem seus fios, se enroscando em seus cabelos.

Sem nenhuma demora mais, empurrei sua cabeça suavemente, apertando suas mechas em minha mão com mais propriedade, colando seus lábios avidamente nos meus. Não precisei permitir permissão e nem ir com calma, suas reações correspondiam aos meus movimentos automaticamente, como se ela soubesse exatamente tudo o que eu faria e desejasse tais atitudes vindas de mim.

Senti seu corpo estremecer envolto de meu abraço quando minha língua encontrou a sua.

Nunca conseguirei entender o efeito que essa mulher tem sobre mim.

Quanto mais ela estremecia em meio a seus ofegos com nosso contato, mais meu coração acelerava, pulsando insanamente, fazendo meu sangue ferver alucinado em minhas veias. Cada movimento meu, mesmo que já tão intenso, parecia se tornar cada vez mais insuficiente, como se nosso toque demandasse mais de nós, como se sua pele ardente na minha ainda fosse pouco em meio ao nosso eloquente desejo.