Thomas esperava Camila sair do vestiário feminino com os braços cruzados em frente ao peito encostado na moto. Já fazia quase uma hora que ela estava lá dentro com Leona e desconfiava que as duas estivessem aprontando alguma coisa contra ele, porque sabia que tanto Leona quanto Camila conseguiam ser travessas quando queriam.
Essa nova amizade era uma verdadeira novidade para ele, mas se sentia aliviado das duas se darem bem. Leona era a melhor amiga de Thomas, depois de Amanda e Dulce, e saber que a relação dela com Camila estava evoluindo era muito importante.
Holland já estava quase indo até o vestiário feminino quando ouviu risadas vindo de dentro dele, fazendo com que concluísse que as duas finalmente estavam saindo.
— Ele te fez colocar o gatinho para fora? —Escutou a voz de Camila um pouco esganiçada pelo o que deduziu ser riso.
— Inclusive trancar a porta para não ter perigo da Tequila entrar. — Leona respondeu rindo também.
Thomas semicerrou os olhos desconfiado do assunto, mas sentiu dentro de si o que poderia ser.
— Do que vocês duas estão falando? — Perguntou com os olhos ainda semicerrados, torcendo para estar enganado.
— Um filhote de gato cego, baby, você ficou com medo de um filhote de gato cego? — Camila questionou tampando a boca para despistar o riso.
— Eles são traiçoeiros baby, ninguém nunca sabe o que vão fazer. — Thomas tentou se justificar se injuriando.
— Aí meu Deus, você ultrapassa os limites do ridículo. — Leona debochou rindo, encerrando o assunto. — As motos já estão aí, Tontom já conhece as regras e normas, se divirtam.
Ela saiu sem esperar que o casal respondesse afim de dar mais privacidade a eles, já que a pista estava vazia naquele dia.
— Vem, baby, vamos pilotar. — Thomas chamou a namorada batendo no banco da moto, e ela caminhou sorridente com o capacete na mão, exibindo a covinha que fazia o coração daquele homem acelerar dentro do peito.
Camila montou na moto e colocou o capacete na cabeça um pouco empolgada, Holland sorriu quando a viu erguer as mãos para alcançar os punhos do guidão da moto tentada a já iniciar.
— Antes de pilotar, baby, você precisa estar paramentada da forma correta. — Thomas disse virando o rosto da namorada para si. — Essa cordinha aqui precisa estar bem presa para que o capacete não saia da sua cabeça. — Prendeu a jugular, ajustando-a do tamanho correto.
— Não é como se eu fosse cair... — Camila resmungou cruzando os braços em frente ao peito.
— Baby, todo cuidado é pouco, tudo bem? — Disse calmo, sorrindo ao ver aquele biquinho emburrado que ela sempre fazia ao ser contrariada. — Você se lembra de como ligar?
— Nesse botãozinho aqui. — Ela apontou simples.
— Freios? — Thomas perguntou e Camila apontou para os freios do guidão e no pedal. — Lembra de como dar a partida? — Ela apenas assentiu como resposta. — Eu vou segurar aqui só por precaução... — Com uma mão Holland apertou a cintura da garota, fazendo-a engolir a seco pela corrente elétrica que subiu pelo corpo, enquanto a outra estava sobre a mão dela pousando em cima do freio dianteiro. — Dê partida bem devagar.
Camila então ligou a moto e segurou o freio dianteiro, ignorando o incômodo que sentia entre as pernas pelo simples toque na cintura mesmo por cima da camada de roupa tão grossa. O calor que subia por todo seu corpo chegava a ser ridículo, o efeito que Thomas tinha sobre ela era avassalador, mas Camila decidiu se convencer que era apenas o calor devido à alta temperatura daquele dia e a todas aquelas roupas grossas que usava.
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Lealdade (CONCLUÍDA)
AçãoQuando Camila Azablanca completou 10 anos, Germano, seu pai e o líder de todo um império mafioso, foi assassinado em uma missão. Desde então, a garota passou a receber treinamentos árduos para que seja a sucessora de tudo o que sua família havia con...