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Regina
Eu estava ali sentada na varanda acendendo mais um cigarro e admirando a chuva que começava cair, hoje em especial elas pareciam cair lentamente assim como meus pensamento que me lembravam da pessoa que estava longe de mim. Há três anos que minha mãe não estava mas comigo, Cora não era a melhor mãe do mundo, mas não me saia da cabeça ... continuei olhando a chuva enquanto pensava, pensamento esses vagos, olhei para o cinzeiro, o cheiro denso de fumaça ali me envolvia em tantas lembranças, o cigarro solitário que queimava pela metade sobre a mesa velha de café do meu pai Henry.
Lembro me de estar naquela sala quando aquele homem chegou, totalmente desconfortável, e se sentou ao lado da mesa de café, ele me encarou por alguns minutos e se dirigiu a minha mãe.-Se tens companhia, talvez eu não deve estar aqui. – Ele falou incomodado.
-Ela não é uma companhia, é minha filha Regina. – Ela disse sorrindo, e me fez levantar para cumprimentar o homem. – Este é o senhor Jones. – Já era obvio quem ele era, seria meu primeiro cliente que ela tanto falava, o rico senhor Jones, advogado que a ajudaria a ter seus terrenos de volta. De fato ele ajudou realmente, afinal eu tinha minha casa, tinha a boate, e mais duas casa alugadas fora dali. Eu poderia ter saído dessa vida, mas acho que me acostumei a isso, e nem sabia como ter uma vida que não fosse aquela. Assim que minha mãe faleceu minha tia Ingrid tomou conta do negocio principal de acompanhantes, e eu continuava sendo a galinha dos ovos de ouro a dez anos, desde os treze sempre fui a mais requisitada, talvez minha mãe tivesse me ensinado certo, ou talvez eu tivesse nascido para isso. A triste historia da garota que nasceu para as esquinas da vida.
Eu já havia tentando parar, tentei algumas vezes, em uma delas porque engravidei, foi quando todas aquelas memorias voltaram, peguei mais um cigarro e a caixa dentro de meu guarda roupas. Aquele tempo bom que não voltaria jamais. Aqueles poucos meses que pude sonhar com um garotinho só meu, olhei as fotos, os ultrassons, de inicio eu me assustei, mas depois eu desejava aquele filho, aquela criança. Mas o tempo passou, as coisas ficaram complicadas, e infelizmente ele escolheu brilhar no céu, ele se foi e me deixou, eu não podia reclamar aquele era o caminho, o destino dele. Mas o que me consolava é que pude ver aquele lindo sorriso inocente, aquele pedacinho de paraíso que ficou comigo algumas horas. Foi perfeito. Mas mesmo assim eu tinha aquela sensação de arrependimento, eu tinha aquela culpa de que talvez se eu tivesse feito algo diferente ele ainda estivesse aqui correndo pela casa, me chamando de mãe até me enlouquecer. Juro que não queria ter deixado ele ir embora mas não tive escolha. Abri a janela, e como todas as vezes eu respirava fundo e juro que sentia aquele cheirinho que ele tinha, o cheiro de vida, vida nova, inocente. E o que me consolava era saber que de algum lugar ele cuidava de mim. O som estridente do telefone me tirou de todos aqueles pensamentos, apaguei meu cigarro e fui atender.
- Oi! – falei sem muita cerimonia, afinal poucas pessoas me ligavam ali
-Senhor Jones quer te ver hoje no mesmo local de sempre.
-Estarei lá no horário. - falei já pronta para desligar.
-Ele pediu o vestido vermelho.
- Ok. - Jones era meu cliente mais antigo, e a maioria dos meus clientes eram como ele, homens casados, com suas vidas perfeitas, mulher e filhos que queria mais do que o que eles já tinham, queriam mulheres com as unhas sempre feitas, cabelos e pele impecáveis, virilhas bem depiladas. Mas eu nem sempre era assim, eu tinha meus momentos de cabelo bagunçado em casa, meus dias de apenas querer dormir. Mas pra eles, eu era o sinônimo de perfeição sempre pronta para o sexo, sempre pronta para gemer a cada estocada dentro de mim os fazendo sentir como os fodões do sexo. Eu nesses anos todos aprendi a fingir melhor do que ninguém, eu nem sabia mais o que era ter prazer, na cama de todos os meus clientes, era o fingimento do inicio ao fim, e namoros com essa vida era impossível, afinal quem aceitaria tranquilamente que meu trabalho para pagar as contas é o sexo por sexo.
Killian tinha gostos bem definidos, sempre que eu ia ver ele, eu tinha que tomar banho com um sabonete especifico, e assim era também com hidratantes, shampoo, condicionar e perfumes. A roupa sempre um vestido vermelho, justo e extremamente curto, sandálias pretas de salto agulha, um apequena tornozeleira dourada em meu tornozelo esquerdo, nada de bolsas, apenas meu celular na mão, ele não gostava que eu usasse calcinhas ou sutiãs, e o ponto chave era sempre eu esperar ele na mesma esquina, apoiada em um maldito poste preto com um cigarro acesso...
... mas eu não devia fumar agora, eu apenas devia segurar ele. Fiz todo o ritual e o esperei, e não demorou logo apareceu em seu Mercedes importado, como sempre, ele abria o vidro do passageiro e fazia um vem com o dedo indicador, e eu ia sensualmente até sua janela e me apoiava deixando meu seios bem expostos para ele.
-Está perdido? - nossos diálogos eram sempre idiotas, juro que chegava a me dar asco.
-Acredito que encontrei me exatamente em você. - Sempre as mesmas cantadas baratas, e destrava a porta, sentei em seu carro e joguei o cigarro, e ele deu partida, e no caminho para o hotel pousou sua mão em minha perna calmamente e me acariciou. - Sua pele é tão gostosa. - Apenas sorri, e ele foi subindo a mão até alcançar minha intimidade, ele adorava me tocar enquanto dirigia, e eu como uma boa acompanhante, arfava e gemia como se aqueles toques fossem as coisas que eu mais desejei em toda minha vida. Ele era diferente de muitos dos clientes, ele gostava de estar sempre com sua aliança, não era do tipo que a escondia no bolso, adorava inclusive que eu passassem a linguá por ela quando me penetrava com os dedos. Subimos para o quarto, e ele apenas me fez sinal para sentar. - Hoje apenas quero que me faça massagem nos ombros e me ouça. - Eu quase chegava a sorrir quando eu não precisava ir para cama com ele.
- Qual o problema ? - perguntei tirando seu terno e desabotoando sua camisa para que eu tivesse espaço para uma massagem.
- Não aguento mais meu casamento, Em.. - ele nunca havia falado o nome de sua esposa, mas sempre quase saia de sua boca no automático. - Ela é muito complicada, parece que só se importa com o garoto e suas telas.
- Ela pinta? - perguntei sem me ater ao que eu devia e não devia me interessar, mas eu sempre gostei de desenhar, e ele não dava muitos detalhes dela.
-Pinta. - ele respondeu após bufar. - E parece que é a unica coisa que ela gosta, parece que a unica coisa rígida que ela gosta de ter nas mãos são aqueles malditos pinceis. E eu sou homem, eu preciso dela como mulher, e do jeito que está a solução mais correta seria trocar de mulher. - Ele era um babaca como todos os meus clientes, a justificativa para traírem suas esposas" sou homem", ser homem não deveria ser justificativa para ser cafajeste. - Tudo que eu queria quando chegasse em casa era isso, uma boa massagem em meus ombros, e porque não depois ela se ajoelhar em minha frente e me aliviar de minhas tensões. - droga, tudo que é bom dura pouco. Deixei seus ombros e alcancei um travesseiro sobre a cama e coloquei na frente dele entre suas pernas no chão, me ajoelhei ali, e apertava com certa força suas coxas, subi minhas mãos até seu ziper e o abri, puxei sua cueca revelando seu pau, o peguei delicadamente e comecei a mover minha mão nele, e com poucos movimentos ele ia ficando totalmente duro em minha mão, então me aproximei dele e o olhei diretamente nos olhos e sorri, passei minha lingua calmamente sobre a cabeça do seu pau, e ele apenas se ajeitou para poder segurar meu cabelo, eu ia com calma, do jeito que ele gostava, passando minha lingua sem presa por todo seu pau, até começar a chupar ele lentamente.
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Closer - Swanqueen
RomantizmO mundo a presenteou com mais dores do que muitos poderiam suportar, mas ela sempre se manteve de pé, apesar de sua pouca idade, ela tinha muita bagagem, e as coisas que ela nunca esquecia eram que sexo por amor era uma coisa e por trabalho era out...