Conversa civilizada

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P.o.v Hope

Durante o percurso do Bayo até o Quartel Marcel acordou e ele ficou bravo por eu o ter apagado, mas logo ficou normal novamente me fazendo perguntas do tipo "Você está bem?" "Como está a criança?".
Chegamos em casa e corri pra ver minha mãe.

—Ah meu Deus, você tá bem?—Abracei ela bem forte e ela retribuiu.

—Estou sim meu amor, fiquei preocupada com você.—Nos separamos e ela me analisou com o olhar.

—Eu estou bem mãe, na verdade...eu acabei matando ele.—Falei me sentindo um pouco culpada.

—Não fique desse jeito filha, ele era o cara mau.—Ela acariciou minha bochecha sorrindo.—Você só estava protegendo nossa família.

—Falando nisso, onde está o Kai?—Perguntei preocupada.

—Ele está no seu quarto, Davina e Freya estão testando alguns feitiços pra livrar ele da mordida.—Minha mãe falou e me deu passagem para a escada.

Corri para o andar de cima e parei na porta do quarto, a cena que eu via cortava meu coração em pedaços. Kai estava muito mal e aquilo era culpa minha, ele foi um efeito colateral da minha família assim como todos que se aproximam.
Entrei no quarto e todos me olharam, Kai estava alucinando e parecia desesperado.

—Só me deixe em paz!—Ele gritava em minha direção.

—Kai sou eu...—Falei deixando lágrimas invadirem meus olhos.—Eu tô aqui, sua lobinha tá aqui com você.—Me aproximei dele segurando sua mão.

—Eu te odeio Joshua! Eu nunca faria isso!—Ele continuava alucinando.

—Quanto tempo isso vai durar?!—Perguntei a minha tia desesperada.

—Estamos quase conseguindo querida, encontramos algo que pode nos ajudar.—Tia Freya olhou para mim passando confiança.

—Só precisamos juntar mais poder...—Davina soltou folheando um grimório.

—Podem canalizar de mim, eu não me importo.—Estendi as mãos para elas.

—Nem pensar, isso pode ser perigoso pro bebê.—Tia Freya negou.

—Vamos achar outra saída Hope, só precisamos de tempo.—Davina veio até mim.—Vou dar um jeito.

—Eu agradeço a dedicação das duas, mas nó não temos tempo.—Falei deixando lágrimas rolarem pelo meu rosto.—Se querem salvar ele tem que canalizar meu poder, eu imploro.—Ofereci minhas mãos novamente.

—Tudo bem querida.—Tia Freya cedeu segurando minha mão e Davina fez o mesmo.

veneno tollere tolle vulnera.—Recitamos nós três juntas.

Aos poucos a ferida foi se fechando no pescoço de Kai, sua expressão apavorada e seu rosto pálido sumiram. Ele abriu os olhos com dificuldade e eu apertei sua mão sorrindo com lágrimas nos olhos.

—Vamos deixar vocês a sós.—Tia Freya e Davina saíram do quarto fechando a porta.

—Graças a Deus você tá bem!—Falei sentando na cama e acariciando o rosto de Kai.

—Você sempre me salvando lobinha...—Ele sorriu fraco.—Eu te amo.

—Eu te amo

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Double Evil | 1° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora