Trilha de corpos no Quartel

605 62 116
                                    

Aviso: A partir de agora os capítulos terão somente mil palavras, duas mil (Como eu fazia) estava sendo muito puxado pra escrever e eu estava com bloqueio criativo por causa dessa meta exagerada de palavras!

P.o.v Hope

Minhas amigas vieram me abraçar bem forte.

—Como eu senti sua falta!—Lizzie disse esganiçada me abraçando apertado.

—Eu também Lizzie, eu também.—Falei rindo tentando recuperar o fôlego.

—Espero que possamos deixar tudo no passado, eu realmente quero recomeçar Hope.—Recebi um sorriso tímido de Josie.

—Foi uma besteira a gente acabar com nossa amizade por um garoto ridículo...—Olhei séria para ela que engoliu seco, mas logo um sorriso surgiu um meu rosto.—É óbvio que vamos recomeçar.

—Ah graças a Deus!—Josie me puxou repentinamente para um abraço apertado.

—Ei, ei...—Kai afrouxou um pouco o abraço de Josie me olhando preocupado.—Cuidado pra não machucar meu filho.

—É mesmo, me desculpa.—Ela olhou pra minha barriga desconcertada e eu sorri para Kai.

—Essa criança nem nasceu e você já está sendo superprotetor? Eu mereço, viu!—Eu ri, Kai me abraçou por trás e beijou meu rosto rindo.

—Eu tenho culpa de querer proteger as únicas pessoas que me trazem pra perto da minha humanidade?—Ele riu, mas logo seu olhar com pesar pousou nas gêmeas Saltzman.—Eu realmente...me desculpa.

—Tudo bem Kai, nós entendemos.—Josie disse com as lágrimas quase transbordando nos olhos e um sorriso triste no rosto.—Você pagou pelo seu erro...duas vezes, é justo que você tenha o mínimo de felicidade que não teve durante esses vinte e dois anos de vida.

—Josie, eu...—Kai deixou sua frase incompleta, perplexo demais para formular uma resposta.

—Não.—Lizzie atraiu nossa atenção com o olhar perdido e com rancor.

—O que você tá dizendo Lizzie?—Josie lançou um olhar surpreendido para a irmã.

—Malachai Parker matou os próprios irmãos, a própria família...ENTENDE?—Lizzie alterou a voz com lágrimas nos olhos.—Ele pode ter se arrependido, mas isso não traz a vida daquelas pessoas de volta.

—Eu sei, me desculpa.—Kai soltou com a voz embargada e fitou o chão.

—Você sabe que não é pra mim que você deve desculpas.—Lizzie disse ríspida.

—Eu sei, mesmo assim, me desculpa.—Kai olhou pra ela com o rosto banhado em lágrimas.—Só me desculpa, pelo amor de Deus!

—Lizzie já chega, tá legal?—Josie disse repreendendo a irmã.

—Eu acho melhor pedir pra mamãe buscar a gente.—Lizzie suspirou encarando o chão.—Vir pra Nova Orleans com a Caroline foi uma péssima ideia.

—Finalmente você disse algo sensato, mas eu não vou voltar para casa.—Todos olhamos surpresos para Josie e Lizzie a olhava assustada.

—O-o que?—Ela gaguejou franzindo o cenho.

—Isso mesmo Lizzie, eu cansei. Cansei das suas birras, cansei dos seus dramas, cansei de ser sua guardacostas vinte e quatro horas por dia.—Josie suspirou.—Quero recuperar minha amizade com a Hope e se isso significa ficar alguns dias longe de você, eu não me importo.

—Tá me dizendo que prefere a Hope e não sua própria irmã?—Lizzie nos olhou indignada.

—Eu tô dizendo que ultimamente você está sendo...—Josie engoliu seco.—Tóxica.

—Por favor meninas, não briguem.—Supliquei por ver minhas amigas de infância nesse tumulto todo.—Não precisamos nos estressar, vamos simplesmente deixar tudo no passado, certo?

—Foi mal Hope, mas eu não sei se consigo ficar debaixo do mesmo teto que esses dois.—Lizzie apontou para Josie e Kai com a cabeça e saiu pela porta que acabara de entrar.

—Me desculpa por ela Hope, eu não sabia que Lizzie iria surtar desse jeito.—Uma lágrima escorreu pelo rosto de Josie que estava vermelho queimando de vergonha.

—Tudo bem Jôjô, fica calma.—Puxei ela pra um abraço.

Dois meses depois

Faz dois meses que Caroline veio morar conosco, ela e meu pai se entenderam finalmente e estamos até planejando um possível casamento com tudo que tem direito.
Josie e Lizzie fizeram as pazes e Kai está tentando conquistar a confiança delas. Por mais que a cordialidade não seja o forte dele, ainda assim Kai tenta. Pelo nosso filho, diz ele.
Falando em filho, descobrimos que estamos lidando com mini-bruxos Gemini. De início ficamos em alerta, mas agora estamos procurando uma maneira de que a fusão não aconteça, ou pelo menos não mate nenhum dos dois. Tirando o fato de que eu não ponho o pé para fora de casa a meses estou muito animada pra saber qual é a carinha deles, Kai faz todas as minhas vontades e fica conversando o dia todo com os bebês. Eu já disse pra ele que nossos filhos não podem nos escutar, mas ele simplesmente ignorou e voltou a falar com a minha barriga.
A

té agora não houve nada suspeito sobre a tal pessoa que Carter tinha falado antes de morrer, provavelmente ele estava blefando para evitar a morte.

—Bom diaaa!—Kai entrou no quarto com uma bandeja nas mãos.

—Ah meu Deus, você fez isso tudo pra mim?—Eu disse me sentando na cama com a ajuda dele.

—Não é muita coisa, mas mesmo assim é de coração.—Ele falou envergonhado e colocou a bandeja na minha frente.

Estava lotada de coisas como frutas, sucos, doces e Beignets. Eu olhei para ele provavelmente com os olhos brilhando já que ele sorriu para mim com ternura.

—Eu não posso acreditar!—Soltei atacando a bandeja e mordendo com tudo um Beignet.—Huumm, eu não como essa delícia desde quando era uma criança!

—Eu sei, agradeça ao seu pai...ele que me contou.—Olhei pra ele sorrindo e Kai limpou minha bochecha que estava suja.

—Obrigada.—Sorri abaixando o olhar com timidez.—Eu te amo.

—Ta falando comigo, ou com o beignet?—Kai riu e eu levantei meu olhar para ele rindo incrédula.

—Mas é claro que...foi pro beignet.—Ri e ele me olhou com um biquinho chateado falso.—Deixa de ser bobo, é claro que foi pra você.

—Hum, também te amo.—Ele se aproximou e me beijou.

Alguns minutos depois

Estava sentada no sofá da sala enquanto Kai, tio Elijah, mamãe e Caroline conversavam animadamente. De repente a porta foi aberta me fazendo pular de susto no sofá, papai chegou acompanhado de Vincent e se serviu de Bourbon com uma expressão nada boa.

—Alguém vai dizer o que tá acontecendo?—Caroline fez a mesma pergunta que todos queriam fazer a meu pai.

—Diga o que você viu Vincent.—Meu pai deu um gole com fúria no olhar.

—Algum vampiro com a fome de um Original...temos uma trilha de corpos no Quartel...no Caldeirão e no Bayo.—Vincent dizia perdido em suas próprias lembranças que pareciam o aterrorizar a julgar pelo seu olhar.

—Vocês acham que pode ser um novo estripador, ou então um vampiro novato?—Tio Elijah sugeriu.

—Não, não é.—Minha mãe deduziu o mesmo que todos naquela sala.

—Parece que o irmãozinho da Hayley não estava blefando.—Meu pai disse com um sorriso contrariado no rosto e deu mais um gole no Bourbon.

Double Evil | 1° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora