Cap- 5

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*Singto

Primeiro dia de aula e tenho certeza de que será um verdadeiro tédio, boa parte do conteúdo eu já sabia, pois passei quase todo meu tempo nos últimos anos estudando sobre isso. Como sei disso? Consegui a grade curricular para ver quais as matérias entrariam.

Quando cheguei lá posso dizer que admirei o lugar, ele parecia transmitir paz, já fui com meu carro, como disse eu tinha tudo antecipado já era habilitado e tinha pelo menos três carros que usava com frequência, eu gostava de variar no caso de ser seguido por algum louco que quisesse atentar contra minha vida.

Pensei que o ambiente deveria ser no mínimo agradável, pois passaria todo meu tempo ali até finalmente me formar, não voltaria para a casa nem mesmo aos finais de semana, vou aproveitar o tempo livre para estudar ainda mais, para quando assumir mesmo os negócios não me falte nenhum tipo de conhecimento.

Para isso eu precisava de duas coisas, a primeira seria aulas extras de conteúdos que não compõe a grade, e isso eu já havia resolvido anteriormente. A outra bem diferente era um lugar reservado no meio do campus para quando quisesse ficar sozinho e respirar ar puro, em casa eu tinha o jardim da minha mãe  com as flores que ela mais amava, aqui é algo novo, preciso encontrar um lugar onde me sentiria em paz.

Já na portaria, me receberam com muita reverencia o que é bom, como já tinha as chaves do  dormitório de acordo com o que Sotus escolheu,  elas foram entregues juntamente com o broche e agora eu só precisava saber onde ficaria meu lugar.

- Senhor Prachaya, seu quarto é o de número 210, é o melhor que temos, esperamos que goste, foi selecionado especialmente para o senhor.

Posso dizer que até entendo a intensão dos líderes de Sotus, até porque quem não gostaria de adular o futuro dona do maior banco da cidade, aquele que tem poder sobre o rabo de seus pais e do destino de todos. Todos sabiam que bastava uma palavra minha para  que suas vidas fossem destruídas, pois nenhuma empresa funcionaria ou lucraria se não tivesse meu apoio, e esse era um dos pesos que eu carregava, ninguém queria estar ao meu lado se isso não trouxesse algum tipo de benéfico, ninguém queria saber sobre os pesadelos de uma pessoa como eu que nunca soube o que era dormir novamente sem que estivesse literalmente dopado por remédios. Ninguém aguentaria acordar com gritos de desespero em meio a pesadelos que ou eram pela morte de meus pais, ou pelo quase afogamento que sofri.

Mas a pior de todas as coisas que alguém poderia sentir por mim, era pena e isso eu não suportava. Viver a falsidade dos outros era uma coisa pela qual eu estava acostumado, mas seus olhares de pena pelo menino órfão, era muito para se acostumar.

Sabendo e vivendo tudo, deu ainda mais força para o que eu sentia por ele, Krist era diferente de todos, sei que não o conheço bem, mas o que sei é que ele me salvou quando nem sabia quem eu era, pois nunca veio pedir recompensa por ter salvado minha vida.

E porque não lembrar do soco na cara que ele me deu? sorri a lembrar desse fato, esse garoto é realmente louco pois encostar no meu corpo como ele fez, poderia significar morte ou falência de seus negócios  e de sua família, e ainda assim ele fez. Me sinto fascinado pela sua autoconfiança e ousadia.

Então lembrei que além do meu diploma, havia outra coisa pela qual eu estava realmente interessado e era sobre ele, queria conhecê-lo, saber tudo sobre ele, queria estar com ele.

Para que  isso acontecesse, eu não poderia simplesmente me trancar no meu reino no meio de um lugar tão grande como esse, isso só afastaria minhas chances de tê-lo só para mim. Então tive uma ideia genial.

- Ok, obrigado, mas poderia me responder uma dúvida, por gentileza (perguntei para o moço da portaria que estava assustado)

- Claro senhor, o que quiser.

Enfim te encontreiOnde histórias criam vida. Descubra agora