Cap- 24

86 19 20
                                    

*Krist

Assim que aquela porta se fechou, junto com o som estrondoso que se emitiu, transmitiram o vazio do local, como o que se formou em meu coração. Tudo que aconteceu entre nós, seja bom ou ruim, havia acabado no instante em que implorei para que ele fosse embora.

-O que acha que está fazendo garoto? (ouço a voz do meu pai que agora me causam náuseas).

Por um instante, esqueci completamente de que um ser repleto de amarguras, aquele que havia causado todos os eventos atuais. Uma pessoa que até onde me lembro, pensou apenas em si mesmo, arquitetando seus planos baseados em seus interesses egoístas, que me contemplava como um boneco manipulável para seus jogos.

E eu, inocente ou imaturo, abracei suas ideias com o intuito de obter reconhecimento por sua parte, agindo como uma pessoa baixa, envolvendo e manipulando os sentimentos de outra pessoa, com o único intuído de alcançar meus objetivos. Se analisarmos bem, eu não era diferente dele, pois no final, meus ideais também eram egoístas.

E por essa razão, minha melhor escolha era implorar para que talvez, o que pudesse ter existido dos sentimentos de Singto por mim, o fizesse ir embora. Não era justo que ele estivesse ali, muito menos que o motivo de suas ações fosse para defender ou reivindicar por uma pessoa como eu, um traidor barato e obediente ao seu pai, que não hesitou em brincar com seus sentimentos.

Demorou para que eu tomasse a consciência dos meus verdadeiros sentimentos por ele, e por um minuto imaginei que isso tudo poderia ter um final em que estivéssemos juntos, e ainda por cima, que eu completasse os planos do meu pai, eu teria tudo.

Foi loucura, pensar que essa realidade existiria,  que minhas ações  não teriam consequências  desastrosas. Na verdade, sei que não há a menor possibilidade de existir um universo onde possamos estar em relacionamento verdadeiro, quando tudo não passou de uma mentira, quando eu era essa mentira.

Estou movido pelos meus erros, que de certa forma preciso consertar, e a primeira coisa a ser feita é cumprir minha promessa de não voltar a incomodar a pessoa que me deu um voto de confiança.

- JÁ CHEGA!!!!! (gritei bruscamente com meu pai).

- Você enlouqueceu em falar assim comigo? ( ele questionou)

- Não, eu só estou cansado dos seus jogos, cansado de fazer coisas sem moral alguma para completar seus planos dos quais nem mesmo sei do que se tratam, uma vez que você nunca os revelou a mim. Estou exausto de renunciar a mim para fazer suas vontades.

- Você precisa de mim garoto, do contrário, você nunca terá um futuro!

- NÃO!!!!!...... É VOCÊ QUEM PRECISA DE MIM!!!!!(naquele momento meu pai congelou sem fazer um movimento se quer, como se tivesse sido pego em suas próprias falhas)

- Você depende de mim, não sei por qual motivo, mas se não fosse isso porque me manteria por perto, já que está claro que a última coisa com que se importa são com meus sentimentos ou com minha felicidade? Eu só fui um objeto para você, uma peça-chave da qual você acreditou que teria total controle, não  é?

- Eu investi muito em você, fiz isso para seu bem.

- Haahahahahahaha. Meu bem? (minha gargalhada saiu um tanto quanto maléfica ao ouvir aquele absurdo).

- É certo que você investiu em mim, mas quer saber de uma coisa, eu cansei disso, cansei de agir como um idiota, além disso, sem saber o porquê? Você sempre joga palavras de ódio, principalmente no que se refere ao Singto e sua família, e nunca se deu ao trabalho de me explicar.

- A única coisa que você precisa saber é que ele tem o que nos pertence e jurei pegar de volta o que é meu, para seu futuro. Agora saia da minha frente pois tenho muito que fazer ao invés de ficar ouvindo suas reclamações como uma criança, se quiser desabafar fale com um psicólogo. Se recomponha e vamos pensar em outra forma de manipular Singto, já que acabou jogando tudo para o alto quando o deixou sair.

Enfim te encontreiOnde histórias criam vida. Descubra agora