Mentalidade

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Peço aos poucos que lerem este texto, que venham me salvar, antes que minha loucura tome o controle, e a sanidade venha a se apagar.

Meus sorrisos se abriram em momentos de agonia, como às lágrimas se derramam nas lembranças de alegria, me pergunto o que via, opositora monotonia.

O branco entre meus lábios tenta se firmar, com sua teimosia o fazendo, apesar da tristeza a se infiltrar, nas brechas da incerteza se forçar a mostrar uma falsa epifania, verdadeira perda de vida.

Os muros de minha mente, brancos como a nulidade, lembram-me, infelizmente, de minha insensível felicidade, que agora jaz sobre as paredes, apagada sem vontade, pelas minhas ações atuais, horrível realidade com finais pontuais.

O doloroso fim que me espera, presa nesse corpo inerte, aguarda chegar até mim, o destino condizente, com meus terríveis lamentos e forçados desapegos.

O sangue branco escorre por meus dedos, o jovem manco pelos medos, que chega a pingar pelo chão, responsáveis por fazê-lo perder a razão.

Nuvens de algodão doce de formam sobre o céu, mortífera glicose, arranjos de flores se criam no esmero meu, venenosa intenção, minha realidade se baseia em alegorias, que simbiose, eu sei, não tem nenhuma relação.

Não importa o quanto tente, esses muros estarão fechados para outros olhos que não os meus, uma alma que mente para o mundo ao redor criando o mundo mais falso que o seu.

Completa loucura é sobre o que se baseia minha mente, e uma mudança nunca ocorrerá, uma leitura lhe diz que hajo como lente, para um enxergar de lugar que você nunca irá tomar.

Um lugar só meu, o meu palácio de cinzas, distante da sua insistente padronização, um mundo que se espelhe apenas nos pensamentos de minha mente e nos afetos do meu coração.

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Espero que tenham gostado!!!
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