Felicidade

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Me diga o que seria felicidade, uma tentativa de consolo, ao saber de nossa morte iminente, ou um valor inato, uma verdade equivalente, da tristeza que pode vir?

Uma forma de bem viver, irreverente ao mal perecer, que tenta em tudo encontrar, uma razão para se festejar, sem se importar com o que outros vão falar.

Uma xícara de chá ao final da tarde, um livro para ler, ter na imaginação um estandarte, com a bandeira da alegria, que sem motivo aparente, repentinamente lhe contagia.

Entender que não virá da admiração de outras pessoas, e reconhecer que a aceitação mais importante é a que você mesmo dá às coisas.

Trabalhar incansavelmente, sem ligar para a perda de tempo, mas para se sentir útil apesar do tormento, de compreender que não levará á nada, a felicidade que se leva para casa.

Uma completa indiferença às dificuldades, uma mentira para si mesmo, a qual torce para que seja verdade, que se pode mudar, o destino ao qual se está fadado a se tornar.

Uma hipocrisia, pergunto eu, mas logo vejo, quem não se perdeu, ao enfrentar o mundo logicamente, sem considerar que estava sendo indulgente á felicidade errada que estava em sua frente.

Sem razão, não precisa de emoção, talvez só um sentimento, que lhe permite sair por um momento desse espancamento, que a realidade lhe traz, uma maneira de deixar a tristeza sempre para trás.

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