Prólogo

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Mary Narrando

Todos os dias tudo recomeça na natureza e, a cada amanhecer, surge uma nova chance para recomeçar um caminho que possa nos conduzir a destinos melhores.

Venho de uma longa linhagem de uma família de vampiros. Vampiros importantes, que querem o bem para seus filhos e que seus filhos vivem uma vida com amor, tal como eles viveram. E isso com a minha família não seria diferente. Estou neste exato momento vendo meus pais discutindo sobre o meu futuro bem diante de mim.

Eles estão falando com um original, penso que seu nome é Viktor Bartholy. Ele procura uma esposa para seu "filho" mais velho. Meus pais disseram que ele é uma grande influência e que transborda de poder. O que mais poderia agradar meus pais? O que eles mais querem é sua única filha com alguém que tenha fortuna e poder... e isso os Bartholy têm de sobra.

Pelo que eu entendi da conversa até agora, seu filho (que nem é mesmo filho) já começa a levantar boatos em Mistery Spell. Pois nunca foi visto com uma mulher de seu lado. Ele aparentemente está com 30 anos (aparentemente) e as pessoas já começam a se perguntar se ele tem algum prolema.

Sou tirada dos meus devaneios pela voz da minha mãe, me chamando.

- O que achas filha? - Pisco várias vezes.

- O que os pais decidirem está ótimo para mim. - Assim como assim, eu sei que esse casamento pode dar tão certo quanto errado.

- A menina verá, meu filho é incrível.

- Claro. - Sorrio tímida.

- Ele é prefeito filha, tem aproximadamente a tua idade. Apesar de ser um pouco mais velho. - sorrio. - Tem uma beleza encantadora também, melhor impossivel... - Poder também, mas claro que ela não comentaria essa parte.

- Então Viktor, já falas-te com o miúdo? - Meu pai pergunta entregando mais um copo de sangue. (Já lá vão três, não que eu esteja contando.)

- Não, ele nem sonha. - Gargalha como se tivesse dito a piada do século e os meus pais logo o acompanham, como tolos. - Mas ele não precisa exatamente aceitar algo.

- Disseste que ele não é mesmo seu filho, certo? - Minha mãe pergunta. (ele acena) - E que tinha mais três, que também não eram mesmo seus filhos, correto? - Ele acena novamente. - Nunca pensou em ter algum só seu?

- Eu prefiro assim. Salvo a vida das pessoas, e com eles não foi diferente. Então, eu atribuo parentesco familiar, a todos os que eu salvo. Eles caiaram como meus filhos.

- É um gesto muito bonito da sua parte. - Ele sorri. - Mas eu quero ter netos de sangue. Por isso, espero que esse casamento gere frutos. - Quase engasgo o pouco do sangue que estava engerindo.

- Certamente dará. - Meu pai encoraja.

- Pois claro. - Viktor fala se levantando. - Bom, terei que ir. Meu filho ficará radiante com a notícia, assim como a menina Mary ficou. - (Super)

- Claro, depois discutimos os próximos detalhes. - Ele acena.

- Acompanhamos-te até à porta. - Meu pai fala. - Mary, querida!

- Sim, pai?

- Vai para seu quarto. - Aceno. - Sua mãe já irá ter com você.

Obedeço e subo as escadas, indo para meu quarto.  Esse casamento não será nada mais que apenas um tipo de contrato. Eu não estou com ideias de nenhum tipo de afeto por entre ele. Não irei ser como uma boba apaixonada que nem conhece seu futuro marido. Nem morta me entregarei a esse casamento. (Até porque eu não morro)

Nicolae Narrando

Viktor chegou em casa meio estranho, mandou nós todos irmos para a sala, porque ele iria ter uma conversa séria. E assim foi, estamos todos sentados, esperando sua presença.

- Bom, estou aqui já. - Acenamos. - Eu vou ser breve .

- O que o grande Viktor, tem a nos dizer. - O Drogo fiz interesse.

- Ah, nada demais, apenas que vais ter uma cunhada.

- Como assim? - Pergunta rindo. - Transformas-te outra vítima?

- Não, por enquanto não.

- Então do que se trata? - Pergunto.

- Bem, eu tenho uma família amiga minha, que é bastante poderosa. E eles estão procurando um marido para sua filha. - Levanto uma sobrancelha.

- E o que isso tem haver conosco? - Peter pergunta indiferente.

- Ela irá se casar com um de vocês! - Sorri. Drogo se levanta da cadeira com raiva e olha sem entender.

- Como assim? - Pergunto indo em direção do Drogo.

- Você irá se casar, Nicolae! - Paraliso.

- Como?

- Isso mesmo que você ouviu. - Sorri. - Irás formar uma família com uma moça muito bela. - Fechos os olhos com raiva.

- Eu não vou.

- Ah... não me fiz entender ainda, mas isso não foi uma pergunta. Isso foi uma notícia que não tem recusa. - Fico em silêncio.

- Tu estás a dizer que para além de colocares a gente nesse inferno, ainda irás querer mandar na vida amorosa da gente? - Drogo fala exaltado.

- Não sei do que falas. - Sorri. - Eu nem coloquei teu nome no barulho. Quem se casará é ele e não tu.

- Mas isso não te dá o direito de mandares na vida dele. - Peter intervém.

- Chega. - Falo por fim e respiro fundo. - Tudo bem, eu me caso. - Ele olha-me satisfeito. - Mas fica a saber que esse casamento porderá ter tudo, menos afeto compartilhado da minha parte! - Pego no meu livro que deixei pousado no sofá e saio disparado da sala.

Subo as escadas e bato com a porta do meu quarto, trancando ela logo em seguida. Essa mulher pode esperar tudo desse casamento, mas meu amor ela não terá. Vou conviver os meus dias com uma completa estranha, que se deixa ser casada com o primeiro que lhe aparece. Não lhe faltarei ao respeito, mas muito menos corresponderei a tais sentimentos.

Então foi isso, gente!
Espero que tenham gostado, beijo 😘

Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora