Capítulo 30

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Loan Narrando

Entro dentro do laboratório vendo tudo distruido e me forço para não rir. (Sabia que a minha professora tinha garra.)

Eu ainda me pergunto como fui capaz de trair o meu pai, mas a Mary é uma pessoa boa. É boa professora e nunca fez mal para ninguém. Acho que foi por isso que ajudei ela.

Olho para o Carl, que está abalando seu corpo e logo em seguida meu pai volta para dentro pelo outro lado acompanhado pelo Mattson, que carrega a sua arma.

- Ela não está em lugar nenhum! Mattson fala com raiva e meu pai me olha. (Desgosto predomina seu olhar.)

- Conte-nos com calma o que aconteceu, Carl. - O mesmo se arrasta pelo chão tremendo e aponta para a mesa.

- F-foi... e-ela soltou-se e fugiu. - Ele engole em seco. - Vocês não imaginam a força que aquilo tem. - Olho para ele.

- Mas ela não estava sob o efeito da prata líquida? - Meu pai fala furioso.

- E-e-ela passou por cima de mim... - Aponta para a entrada. - Ela podia me ter morto. - Ele solta um soluço assustado.

- Concentra-te! - Mattson se aproxima. - Ela já não está aqui. Não pode te fazer mal. - Ele joga a arma na mesa. - COMO É QUE ELA ESCAPOU!

- N-não sei. - Ele passa as mãos tremendo no rosto.

- E tu? - Meu pai fala para mim, furioso. - Onde porra estavas?

- Estava apenas por ai! - Dou de ombros. - Como ia saber que aquela criatura ia se soltar?

Meu pai suspira e acena, olhando para o nada.

- Acho que não vai dar para caçar mais eles pai. - Ele me olha. - Se ela já chegou lá, então eles agora já estão mais do que preparados para tudo... devemos ir para outro lado, pelo menos até isso ficar esquecido.

Ele acena e passa a mão no rosto.

- Estás certo. - Ele olha para o Mattson. - Sua filha Já era, cara. - Ele dá de ombros. - Eu avisei para você.

Todos acenamos e o Mattson sai disparado do laboratório.

Nicolae Narrando

Encaro a minha noiva deitada na cama e sinto a mão do meu sogro no meu braço.

Eles chegaram não tem muito tempo. Fartaram-se de agradecer por ela estar a salvo e disse uma mentira de que o Viktor estava tendo reuniões importantes, mas que sentia muito.

- Ela vai acreditar em você. - Ele toca a bochecha da filha e se senta do lado dela. - Ela sai à sua avó. Ela sempre compreendia as situações e consegue ver o certo e o errado.

Aceno e olho seu rosto adormecido.

- Eu não sei o que fazer com aquela humana. - Suspiro. - Vou deixar vocês decidir.

- Sabe... eu adoro ter quem limpe as minhas casas. - Ele sorri. - E acredita o quarto é pior que um corral de porcos. Acho que ela se daria bem num deles.

- Eu acho que sim. - Sorrio e vejo ela se mexer. - Está acordando... - Sussurro, vendo ela abrir lentamente os olhos.

- Eu vou chamar os outros. - Beija a testa da filha e sai do quarto, me deixando sozinho com ela.

Ando até nossa cama e me sento do seu lado, pegando sua mão, enquanto ela pisca alguna vez os olhos, revelando seus olhos azuis exóticos.

Toco seu rosto com a minha outra mão e suspiro.

- Pensei que te ia perder... - Beijo sua mão, vendo ela sorrir calmamente.

- Estás aqui... - Sussurra com a voz rouca.

- Estou aqui... - Beijo novamente sua mão. - Eu não estive com a Alicia, Mary. - Mordo o lábio. - Foi tudo uma armadilha...

- Eu sei... - Ela suspira. - Eu confio em você. - Ela encosta sua bochecha na minha mão que acaricia seu rosto.

Escutamos a porta abrir e olho para lá, vendo todos entrando.

- MARY! - Madalena abraça ela quando entra, se atirando para cima de mim e rio.

- Ai... - Mary sussurra um gritinha de dor e sorrio afastando a mesma da minha noiva. - Quem foi que me trouxe de volta? - Ela me olha e sorrio.

- O Drogo encontrou você. - Sorrio. - Correu mais do que um próprio vampiro. Estás aqui por ele.

Ela olha para o Drogo com carinho.

- Obrigada... - Acena e o mesmo coça a nuca sem jeito.

- Hoje foste tu, amanhã posso ser eu.

- O importante é que estás aqui. - Sua mãe abraça seu pai, sorrindo para mim.

- É bom estares de volta... - Madalena toca sua perna.

- Mary... - Olho para o seu pai, que agora está sério. - Acho que agora podes nos contar o que aconteceu. - Olho para a mesma que acena.

- Foi armadilha... depois que vi a Alicia nesse quarto sai correndo para a floresta e fui capturada lá. Acordei num lugar estranho e tinha um saco preto na cabeça. Quem tirou ele de mim foi o pai da Alicia, que falou que ia pagar por me meter no caminho da filha... - Aperto os punhos. - Mas depois entrou um homem... pai do meu aluno, o Loan. - Ela para de falar de repente. - Oh, meu deus! - Se senta. - O Loan, ele sabe que eu sou vampira, ele vai nos entregar.

- Não mais... - Acalmo ela. - Loan ajudou-nos a te tirar de lá. - Ela me olha sem compreender e franze o cenho.

- Tenho que lhe agradecer então...

- Não agora... - Seu pai novamente fala. - Continua.

- Eu fiquei inconsciente novamente... eles injetaram uma substância de prata líquida. - Aperta sua mão e todos ao meu redor ficam assustados. - Senti o meu corpo todo a arder... Era como se me tivessem a queimar toda. - Passa a língua pelos lábios. - Deixei de ver bem, de ouvir... tive dores infernais. - Ela fica presa em pensamentos.

- Prata líquida. - O pai dela suspirou. - Avançaram muito.

- Avançaram sim... - Suspirou. - Uma bala, só te afeta no lugar onde foi metida, mas a prata não... ela espalha-se pelo corpo todo... tira-nos as forças todas, todo o poder que nos temos.

- Ele não te mataram... - Sua mãe suspira agradecida por sua filha ainda estar viva.

- Eles apenas queriam me tirar sangue para fazerem análises. Eles querem a imortalidade.

- Como foi que conseguiste sair de lá? - Pergunto, segurando sua mão.

- Não sei... talvez a quantidade que eles injetaram não foi tão forte, consegui voltar a mim... - Ela passa a língua pelos os lábios. - Depois foi só preciso dominar os homens.

- Se não fosses tão forte podias não estar aqui... - Peter concluí e ela acena.

- Eu não consigo me lembrar nem do sítio, nem de nada... Eu só queria fugir dali. - Ela aperta a minha mão. - Eu nem sequer conseguia ver bem... eu apenas queria fugir dali. - Acenamos e beijo sua testa.

- Você foi ótima. - Seu pai sorri.

- Obrigada, pai. - Ela sorri.

- Nós vamos deixar você descansar. - Sua mãe fala, saindo do quarto junto com todos os outros.

- Queria ter sido eu, ao invés de você. Encosto nossas testas.

- Está tudo bem. - Ela me abraça. - Estamos juntos.

- Eu te amo. - Beijo seus lábios.

- Eu também te amo.

Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora