Capítulo 17

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Mary Narrando

Estou regressando a casa. A rua está escura, quase sinistra.

Apresso-me para ir para casa. Mas não vou numa velocidade sobrenatural, poderia ser vista e as coisas ficariam ruins para meu lado.

Como ainda falta um pouco para chegar em casa decido pegar num atalho, o que eu não acho que foi uma ideia tão boa.

Sinto que estou sendo observada, olha em todos os lados, mas não vejo ninguém (Franzi o cenho). Continuo a andar e novamente a sensação de estar a ser observada me toma. Olha na direção oposta e não vejo ninguém, volto a olhar para a frente e me assusto.

Tem três caras me olhando com uma cara que dá nojo.

- Olá, gatinha... - O garoto do meio fala, suponho que seja o cabeça de tudo.

- O que faz aqui sozinha, numa hora tão tarde. - O outro comenta olhando meu corpo de cima abaixo (Reviro os olhos).

- Queres companhia? - O terceiro garoto comenta.

- Não obrigada, eu estou bem. - Começo a andar sem dar a mínima para eles, mas novamente o cabeça do grupo se coloca em minha frente.

- Ah, mas não é nada seguro uma menina tão... gostosa como você perambulando por uma rua tão... - Olha ao redor. - Deserta.

- Como eu disse, estou bem! - Fico com raiva e volto a andar. Paro no meu lugar com uma mão no meu braço. - Me solta! - Respiro fundo para não sucumbir à sede da matança.

- Ah... mas porquê? - Toca meu rosto e me afasto rápido. - Nós podíamos nos divertir tanto. - Ele sorri e quase vomito com seus dentes amarelos.

- É, podíamos nos ajudar mutuamente. - Sinto um corpo atrás de mim me segurando pela cintura e respiro fundo.

- Não iria doer nada. - O outro mostra uma pistola.

- Me soltem! - Me livro de cada um com um único empurro.

- Mas que porra! - O outro fala mais alto que o normal. - Travis, ela não quer ir a bem, então vem a mal!

O cara começa a correr para cima de mim e eu pego o pescoço dele com a minha mão, o levantando do chã.

- Chefe... e-ela... está... a... m-me... sufocar!! - Vejo pânico em seus olhos.

Olho em direção do seu chefe e sorrio de lado.

- Quanto valerá uma vida de estupradores? - Olho em seus olhos e começo uma hipnose. - Tu, vais embora daqui e levarás as tuas cobaias, nunca mais irão estuprar nenhuma garota e se entregaram à policia.

- Nos entregaremos à policia. - Sorri.

- M-mas chefe, com... Ahhh. - O cara grita, quando pressiono mais força em seu pescoço.

- Te peguei! - Sinto um disparo e logo em seguida, minha pele perfurar.

- Ahhh, seu fi-lho da mãe. - Atiro o garoto que antes estavas segurando e acerto um golpe no rosto do que garoto que disparou em mim por trás.

Vejo ele cair no chão inconsciente e faço o mesmo, ficando de joelhos. Toco o local atingido e gemo de dor.

Me levanto e controlo minha respiração, a dor é imensa. Sem me importar mais com o ser vista por alguém, começo a correr numa velocidade sobrenatural. Assim que chego à mansão, não entro imediatamente, temos a babá em casa, droga.

Me sento perto de um arbusto escondido e decido ligar para o Nicolae.

(Chamada On)

- Mary? - Escuto sua voz, mal atende a chamada.

- Nicolae... - Gemo de dor.

- Mary... o que se passa? Estás bem? - Encosto minha cabeça no ombro.

- Estou aqui em fora... - Solto um gemido de dor novamente. - Eu levei um tiro... - Aperto os olhos. - Preciso de sua ajuda!

- Entre em casa!

- Não posso, tem a babá, estou descontrolada por conta da dor!

- Entra em casa, Mary... - Diz impaciente. - Estou indo a teu encontro! - Ele desliga a chamada.

(Chamada Off)

Nicolae Narrando

Corro em direção da porta da saída, logo a seguir que desliguei a chamada.

- Mary! - corro em sua direção. - Quem fez isso? Me diz quem fez isso!

- Foi uns caras... precisamos remover a bala. Preciso beber sague, estou fraca. - Toco seu rosto.

- Claro! - Pego ela ao colo e corro em direção da biblioteca.

A Alicia não está em casa, mas pode chegar a qualquer momento. O melhor lugar para não sermos visto é na biblioteca.

Deito ela no sofá.

- Tenho que chamar meus irmãos, já volto! - Ela acena e corro para fora.

Subo as escadas do saguão e bato no quarto do Peter.

- Preciso da sua ajuda, vai chamar o Drogo, enquanto isso vou buscar nossa bolsa de emergência ao porão! - Ele me olha sem entender.

- O que houve?

- Mary, vai rápido... - Ele acena.

Entro no porão e pego todos os utensílios necessários.

Volto na biblioteca e vejo meus irmãos já lá dentro junto com a Mary.

- Porra, Mary, fala logo quem fez isso! - Escuto o Drogo refilar.

- Eu também quero saber isso! - Digo colocando os curativos em cima da mesa de centro. - Levante-se, Mary. - Faço o que ela pede e me sento. - Tira a blusa. - Vejo ela abrir os olhos assustada.

- Eu não vou me despir! - Respiro fundo.

- Ninguém vai olhar, Mary. - Ela fica relutante e leva as mãos à blusa.

- Não consigo. - Fecha os olhos com dor.

- Levanta os braços! - Ela faz o que eu mando e eu retiro sua blusa (Luta contra a vontade de baixar o meu olhar).

Caminho para trás dela e avalio o local baleado.

- Peter, vai buscar bolsas de sangue. - Ele acena. - Drogo, me dá a pinça. - Estendo a mão e ele me entrega.

Começo a tirar a bala de sua ferida, me matando por ouvir seu choramingo.

- Pronto, consegui... - Digo olhando a bala na pinça. - Dá o prato, Drogo. - Ele me estende o prato onde eu coloco a bala e a seringa. - Me dá uma fita liga! - Ele acena e me dá. - Bom, a ferida agora fechará com nossa habilidade de cura. - Pego na blusa novamente e passo ela por cima de sua cabeça, ajudando a se vestir. - Pronto. - Toco seu rosto.

- Está aqui o sangue. - Me viro para ele e pego.

- Obrigado. - Entrego para ela.

- Vais nos contar agora quem fez isso? - Ela acena.

- Vou, mas antes posso tomar um banho. - Sorrio.

- Claro, vai à vontade. - Ela se levanta com as bolsas de sangue na mão e caminha para fora do quarto. - Não te esqueças de beber o sangue, estás fraca. - Vejo ela sorrir.

- Podes ficar descansado. - Assim que ela sai da sala encaro meus irmãos.

- Quem vocês acham que fez isso? - Peter, pergunta.

- Eu não sei, mas magoaram nossa cunhadinha! - Raiva transparece da voz do Drogo.

- Assim que ela sair do banho nos contará! - Eles acenam e se sentam no sofá, enquanto eu arrumo tudo.

Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora