Capítulo 19

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Mary Narrando

3 dias depois

Vejo todos a começar a sair do ónibus e a buscar suas bagagens.

Estou com o Nicolae esperando que a Madalena desça do ónibus. Vejo uma loira sair de dentro do mesmo e assim que nossos olhares se cruzam, o seu grito ecoa por todo o espaço.

- MARYYYY! - Ela pega na sua mala, arrancando ela das mãos do coitado do condutor e corre para meus braços. (Sem se importar com a mala, pois ela deixou ela cair no chão para me abraçar.)

- Oi, sua linda. - Digo quase sem respirar. - Madalena, eu acho que já me podes soltar. - Olho na direção do Nicolae, que está literalmente rindo da minha cara.

- Ahh, mas nem nos vendo novamente você consegue ser fofa? – Diz se separando e me olha nos olhos, divertida. – Você está linda! – Volta a me abraçar. – Que saudades, senhor.

- Eu tinha tuas também, Mada. – Saio do nosso abraço e estendo o braço na direção do Nicolae. – Nicolae, essa é a Madalena, minha melhor amiga. – Me viro para a Madalena. – Mada, esse é o Nicolae, meu noivo. – A boca da minha melhor amiga cai aberta, enquanto ela passa os olhos pelo Nicolae.

- Mas você é mesmo uma vaca sortuda. – Abro a boca para responder, mas o Nicolae me interrompe, rindo.

- Prazer, Madalena. – Ele estende a mão para a mesma, que aceita prontamente.

- Tem três coisas que quero te falar. – Ah, não... - Primeiro, cuida dessa cabeça dura e mal-humorada. – Reviro os olhos. – Segundo, esse é mais um aviso para sua saúde mental. Ela pode ser meio chatinha, mas não a faz ser má pessoa. – Nicolae ri. – E terceiro, se eu vir você com olhinhos para aquela babá, eu corto o seu... - Arregalo os olhos.

- Vamos embora, gente? – Intervenho. – Ainda tenho que mostrar a casa e tudo mais.

- Isso pode esperar, deixa de ser chata. – Ela faz um gesto, como se estivesse tirando uma mosca de seu alcance. – Voltando ao assunto anterior... tenta não trair ela, era isso que queria dizer.

- Nunca faria isso para a Mary. – Coro e olho para o lado.

- Acho bem, eu tenho muitas facas na cozinha. – Fecho os olhos com força e puxo a mão dela.

- Podemos ir? – Olho para Nicolae, que sorri e assente.

Nicolae Narrando

A amiga dela era doidinha. Completamente o oposto dela.

É um pouco difícil de imaginar elas como melhores amigas, mas é isso que são mesmo.

Estamos chegando em casa já. As duas foram conversando sobre tudo e sempre me colocavam dentro do assunto.

A Madalena falava sobre os novos acontecimentos, mas já a Mary falava sobre o seu trabalho.

Adorava ver ela sorrir e era isso que estava fazendo agora, com algumas piadas que a amiga contava. (Uma coisa é certa, ela com certeza vai se sentir mais à vontade em nossa casa.)

Estaciono o carro em frente da mansão e escuto um "WOWW" vindo da Madalena.

- Nossa... - Saí do carro.

Olho para Mary, que sorri e acena para sairmos.

Já fora do carro olho para ambas.

- Quando você disse que a casa era gigante não pensei que fosse assim. – Rio e a Mary me acompanha.

- Eu falei. – Ela pisca para a amiga. – É linda, não é mesmo?

- É a puta de uma casa bonita. – Aperto os lábios para não rir. (Ela é bem espontânea.)

- Mada! – Mary repreende ela e logo me olha, vendo minha reação.

- Desculpa. – Ela ri e me olha. – Nicolae, espero que não seja igual à Mary, que fica toda assustada por ouvir um palavrão. – Rio e Mary revira os olhos, entrando dentro de casa. – Não falei? Mal-humorada! – Tranco o carro com o botão e sigo para dentro de casa, fechando a porta atrás de mim.

Madalena Narrando

Observo toda a futura casa da minha melhor amiga e nossa... ô luxo.

Deixo minha mala no hall e vejo a Mary conversando com um cara loiro. (Nossa, e que cara, hein!!)

Rapidamente passo as mãos pelo cabelo e vou até eles.

- Não me apresenta seu amigo, Mary. – Olho o loiro e mordo o lábio.

- Drogo, essa é a Madalena. – O mesmo olha para mim, sorrindo de lado.

- Oi, coisinha. – (Ah, não! Do quê ele me chamou?)

- Coisinha??? – Arregalo os olhos, chateada. – Você vai ver quem é a coisi...

- Pronto... - Mary intervém, antes que faça alguma asneira. – Não liga para ele, vamos. – Respiro fundo e olho com os olhos estreitos para o loiro gostosão. (Ah, mas fala a sério, Madalena! Ele acabou de chamar você de coisinha... C O I S I N H A!!!)

- Isso não fica assim, loiro de carteirinha. – Ele ri, fazendo um tchauzinho com a mão.

- Foi um prazer, coitadinha. – (Sério isso?)

- Está vendo isso? – Olho incrédula para a Mary. – Não vai fazer nada?

- Não vai valer a pena, Mada. – Ela abre uma porta. – Drogo é um pouco infantil. – (um pouco?)

- Reparei. – Reviro os olhos e entro no cômodo.

- Esse será seu quarto. – Aceno. – Tentei decorar ele da melhor forma possível. Ele antes era um quarto de limpeza. – Faço uma careta. – Nem vem, foi o melhor que encontramos em tão pouco tempo.

- Tudo bem. – Passo o dedo na mobília. – Faltou limpar o pó. – Rio e me atiro para a cama. – Minha mala?

- O quê? – Ela levanta uma sobrancelha. – Deus te deu duas mãozinhas, tem que fazer um bom uso delas. – Rio maliciosa.

- Minha querida, Mary... - Me levanto, para ir buscar a mala. – Eu faço e se aquele loiro não fosse tão criança, utilizaria elas nele. – Mary cora. (Ah, vida... porque tenho uma amiga tão inocente.) – Adeus, gata. – Mando um beijo para ela e saio do quarto.  

Notas:

Então gente... antes de tudo, desculpem por não ter postado o capítulo ontem, mas tenho tido umas falhas de ideias.
Estou quase sem inspiração.
Por isso, vou fazer algo para me ajudar. Os dias das postagens passam a não ter data e sempre que conseguir escrever algo eu trago aqui.

Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora